acesso rápido

    Taxa Selic: entenda o impacto nos seus investimentos

    headerSP__illustration

    Quem acompanha o mercado financeiro ou pretende começar a investir já ouviu falar sobre a Taxa Selic. Sendo que a Selic ou a taxa básica de juro, está associada a várias outras taxas negociadas no mercado nacional.

    Assim, do crédito ao investimento, a Selic possui grande influência na vida dos brasileiros. Além disso, ela é o termômetro da economia, ditando muitas vezes os rumos do crescimento do país.

    Similar a outras taxas e índices, a Selic passa por ciclos. E para que você saiba aproveitá-los nos seus investimentos acompanhe o material preparado especialmente pela Suno.

    Clique aqui para se inscrever no grupo Suno no WhatsApp

    O que é a Taxa Selic?

    O que é a Taxa Selic?

    De forma simples e direta, a Selic é a taxa que o governo paga quando pega dinheiro emprestado. Determinada pelo Copom, a Selic é a taxa referencial de juros do Brasil.

    Assim, a taxa de juro é usada para controlar a inflação, além de garantir a segurança bancária, essencial para o controle econômico nacional.

    Em resumo, para simplificar a compreensão sobre como funciona a taxa Selic, o Banco Central tem autonomia para decidir se aumentará, manterá ou reduzirá a taxa básica de juro. Contudo, a principal missão do BC é de preservar o poder de compra da moeda nacional, o Real.

    Desse modo, um dos poderosos instrumentos do Banco Central para “controlar” a inflação é a taxa Selic. Então, quando a inflação está alta, o juro sobe. Quando a inflação está muito baixa, o BC reduz o juro com o intuito de estimular a economia, trazendo a inflação para um equilíbrio.  

    Qual a Taxa Selic hoje?

    Qual a Taxa Selic hoje?

    taxa Selic hoje é 13,25%.

    O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou dia 29/01/2025 o aumento da Selic para 13,25% ao ano, dando continuidade ao ciclo de três aumentos consecutivos na taxa. No comunicado, o comitê indicou novos aumentos no curto prazo.

    Como a Taxa Selic é Definida?

    Como a Taxa Selic é Definida?

    A taxa Selic Banco Central é definida através de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do próprio Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores. As reuniões do Copom para a definição da taxa Selic são realizadas 8 vezes ao ano, ou a cada 45 dias. As reuniões sempre acontecem em uma terça e uma quarta-feira.

    No primeiro dia de reuniões (terça), os membros do comitê analisam a conjuntura da economia com base em indicadores recentes. Para isso o Copom leva em consideração o desempenho de indicadores como:

    • Inflação;
    • Contas públicas;
    • Atividade econômica;
    • Cenário externo;
    • Operações de mercado aberto.

    Já no segundo dia,  baseado nas informações apresentadas no dia anterior, o diretor de política monetária apresenta as propostas além de mencionar alternativas para a taxa de juro. Após isso acontece a votação das propostas para a taxa.

    Por fim, a decisão sobre a taxa Selic é divulgada oficialmente nos meios de comunicação ao mesmo tempo em que é divulgada no Sisbacen.

    ?UTM_CAMPAIGN=_SNC97EF13F8_

      O que é Ata do Copom?

      A ata do Copom é considerada por alguns, como o item mais importante da reunião. Superando até mesmo a relevância da decisão em si. Por meio da Ata, que costuma ser divulgada na semana seguinte à reunião, os diretores justificam as decisões tomadas. Nela expressam as expectativas do Banco Central para o juro, a taxa de câmbio e a inflação.

      Além disso, por meio dela é possível entender o tom do Comitê. Se mais brando ou duro com a inflação. Com isso as instituições financeiras conseguem precificar, tanto as taxas de captação quanto as de empréstimos.

      Como o Banco Central garante a taxa Selic?

      O Banco Central controla a taxa por meio da oferta e procura de títulos públicos, comprando ou vendendo os mesmos para garantir uma taxa adequada. Caso a taxa suba, os novos títulos são emitidos com base na nova taxa. Já os títulos antigos, passam a se ajustar à nova taxa.

      O mesmo ocorre com a queda, gerando flutuações nos preços de títulos pré e pós fixados.

      Quais fatores causam aumento ou redução da taxa Selic?

      As alterações na taxa Selic ocorrem, principalmente, por conta de dois gatilhos: inflação e nível de atividade. Para cada um há um tratamento específico da taxa.

      Em caso de alta da inflação acima da meta, a Selic é acionada para controlar os valores. Se mantendo acima, ela encarece a tomada de empréstimo e retira dinheiro de circulação. Isso leva a uma diminuição do consumo e aumento da oferta, baixando os preços.

      Já se o nível de atividade está muito baixo, a Selic cai para facilitar a tomada de empréstimo tornando a economia mais aquecida. Com uma Selic baixa, empresas preferem se endividar para crescer com mais velocidade, e com isso empregam, contratam e compram mais.

      Como a Taxa Selic Afeta a Economia?

      Como a Taxa Selic Afeta a Economia?

      Apesar de ter grande influência sobre investimentos, a taxa Selic tem a capacidade de impactar toda a economia. Portanto, qualquer alteração na Selic pode afetar a economia como um todo, de forma encadeada. Isso porque ela representa também um instrumento de política monetária.

      Então é sempre importante compreender algumas das múltiplas finalidades que a taxa Selic impacto na economia, bem como sua influência sobre a criação de empregos, consumo e poupança da população em geral.

      Por exemplo, ao reduzir a Selic o juro dos empréstimos acabam reduzindo também, isso estimula o consumo mas pode provocar um aumento da inflação.

      Por isso, é tão importante a análise da situação econômica conduzida pelo Copom. Através dessa análise, é possível determinar se haverá necessidade de alterar ou não a taxa básica de juros.

      Além disso, uma Selic alta pode desestimular o crescimento econômico. Para ficar mais fácil entender imagine a seguinte situação:

      Pedro é um investidor e tem R$1.000.000 separado para pensar em seu futuro. Imagine que ele pode escolher entre investir em uma empresa ou em comprar títulos do Tesouro.

      Se esses títulos estiverem pagando juros de cerca de 15% ao ano, Pedro se sentiria desestimulado a investir em qualquer companhia por dois motivos principais:

      Primeiro porque pouquíssimas empresas conseguiriam dar um rendimento anual de 15%.

      Segundo, porque existe o risco atrelado a todo investimento, que é menor em títulos públicos. Pedro poderia ganhar mais do que os 15%, mas também poderia ganhar menos – o que já seria um cenário ruim – ou ainda pior, perder parte e até tudo o que investiu.

      Então Pedro escolheria investir no governo em vez de direcionar seus recursos para a empresa. Assim, o efeito disso, em uma escala maior, seria a desaceleração do crescimento econômico.

        Taxa Selic e a inflação

        A Selic é o principal instrumento usado pelo Bacen para controlar a inflação. Foi isso que vimos, por exemplo, durante a crise que iniciou em 2013. A inflação, que estava em 6,5% em meados de 2013 atingiu 10% em 2015.

        Ao mesmo tempo, a Selic, que estava em 7,25%, logo começou a subir, até atingir 14,25% em setembro de 2015.

        Em outras palavras, quando a Selic reduz, o consumo da população acaba aumentando, já que o juro ficou menor. Como consequência, as pessoas se sentem estimuladas a comprarem mais.

        Então, comprando mais, a demanda por produtos pode superar  o que o mercado tem para ofertar. Para equilibrar esse descompasso entre oferta e demanda é necessário aumentar o preço dos produtos e isso acaba levando ao aumento da inflação.

        Mas onde a Selic entra nessa história? Para conter a inflação, é necessário desestimular o consumo, então o Copom aumenta a Selic. Com essa medida as pessoas se sentem mais estimuladas a investir do que a gastar. Então ao diminuir a demanda por produtos a inflação acaba reduzindo também.

        Em resumo, esta é uma representação mais simples, da dinâmica entre Selic e inflação. Na prática, esse sistema é muito mais complexo e envolve outras variáveis.

        Mas a grosso modo, o que você precisa entender é que Selic alta controla a inflação e Selic baixa, se não for bem administrada provoca inflação.

        Taxa Selic e os juros

        Quem faz um empréstimo, realiza uma compra no crédito ou paga uma conta parcelada, geralmente paga juros também.

        Sendo que esses juros têm como base, a taxa Selic. Destacando que a taxa Selic influencia todas as taxas de juros do país. Desde os juros cobrados em empréstimos e financiamentos, até aqueles ofertados em aplicações financeiras.

        Então, podemos concluir que os juros seguem alinhados com a taxa Selic.

        Sendo assim, se a Selic sobe, o custo de captação dos bancos aumenta e o acesso ao crédito fica mais caro, já que o juros do empréstimo está mais caro.

        Como consequência, o consumo diminui e a roda da economia desacelera.

        Taxa Selic e o emprego

        Por fim, a taxa de emprego segue caminho contrário à Selic. Nesse sentido, quando a Selic cai, a tendência é de aumento das vagas de trabalho e redução do desemprego.

        Isso acontece porque, como vimos, uma redução na Selic estimula o consumo.

        Como efeito, as empresas produzem e consequentemente, contratam mais. Ou seja, a redução da Selic provoca uma reação em cadeia na economia de um país.

        Por outro lado, se a Selic subir, o consumo tende a cair. Desse modo, as empresas deixarão de contratar e podem até começar a demitir, já que não há mais tanto consumo.

        Taxa Selic e o câmbio

        Em determinados momentos a economia brasileira pode estar bem, inflação controlada e taxa de juro estável, dentro de um patamar de neutralidade, contudo, o cenário externo pode exigir mudanças na política de juros. Ou seja, o câmbio também influencia na decisão do COPOM referente aos juros.

        Mas qual é a influência? Grande parte de nossa economia, como a do mundo, é influenciada pela cotação do dólar. Já que quase tudo, é cotado em dólar.

        Nesse sentido, se o dólar se valorizar muito, os preços de diversos produtos e serviços no Brasil, poderão subir. Assim, a inflação subirá e a moeda estará em risco.

        Desse modo, para evitar que a inflação seja contaminada pelo câmbio, o COPOM pode subir os juros e atrair capital estrangeiro para o Brasil. Esse capital entrando, provavelmente vai valorizar o Real e assim, estabilizar qualquer oscilação no câmbio.

        Como a Taxa Selic Impacta os Investimentos?

        <strong>Como a Taxa Selic Impacta os Investimentos?</strong>

        A taxa Selic nos investimentos pode influenciá-los de duas formas: diretamente, quando a rentabilidade do título está atrelada à Selic, ou indiretamente, quando o título compete com os de renda fixa.

        Não precisa ir muito longe para comprovar esse comportamento do investidor. Atualmente a letra do Tesouro Selic está rendendo algo próximo dos 13,25% ao ano, e assim, a procura pela letra, como por outras referentes ao Tesouro Direto, está cada vez maior. Algo similar aconteceu entre 2015 e 2016.

        Por outro lado, em 2019 como uma Selic de 5,5% o que se viu foi um número cada vez maior de investidores migrando para a renda variável. Então fique atento, pois mudanças na taxa Selic podem servir para que você revise seus investimentos.

          Títulos públicos

          Nem todo o título público é influenciado diretamente pela Selic. Isso acontece porque existem hoje no mercado três tipos de títulos que diferem quanto à forma como rendem. São eles:

          O título do Tesouro Selic está em linha com a taxa Selic, então ele vai se comportar de forma idêntica ao desempenho da Selic. Ou seja, se a Selic cai, a rentabilidade do título também cai e vice-versa.

          Já o Tesouro IPCA e Prefixado não sofrem influência direta da Selic, pois remuneram por outros caminhos, como o índice IPCA e a taxa fixa de rentabilidade.

          Caderneta de poupança

          A taxa Selic também influencia diretamente as variações no rendimento da poupança de duas formas diferentes.

          No primeiro caso, se a taxa Selic estiver em um patamar maior que 8,5% ao ano, a poupança terá rendimento de 0,5% ao mês + a TR (taxa referencial).

          No segundo caso, se a taxa de juro for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança terá um rendimento equivalente a 70% da taxa Selic vigente no período + TR.

          Renda Fixa

          Servindo como base para os juros no país, a taxa Selic é uma das principais métricas utilizadas para a remuneração de investimentos em renda fixa como:

          No caso dos títulos como LCI, LCA e o CDB, a mudança na Selic ao longo do tempo pode influenciar o rendimento do investimento. Isso porque, se ela cai, a remuneração sobre o valor investido é menor. O mesmo acontece se ela sobe.

          Ações

          Diferente do que ocorre com os ativos de renda fixa, as ações e demais ativos de risco apresentam um efeito inverso às alterações da Selic.

          Quando a taxa básica da economia está baixa as empresas tendem a apresentar um crescimento maior, tornando as ações mais valorizadas. Já quando os juros estão altos, as empresas tendem a diminuir seu crescimento enquanto investimentos de baixo risco apresentam grande retorno nominal.

          Fundos Imobiliários

          Similar às ações, os fundos imobiliários também sofrem os efeitos das variações da taxa de juro. Quando a taxa de juro está baixa, os fundos imobiliários se tornam mais vantajosos, já que a renda fixa está pagando menos e os ganhos oriundos dos proventos mensais dos FIIs se tornam ainda mais vantajosos.

          Mas, quando a taxa de juro está em alta, então os investidores tendem a priorizar a renda fixa, retirando recursos do mercado de fundos imobiliários.

          Linha de crédito

          Quando a Selic está alta os bancos a transformam em taxa mínima de empréstimos, demandando um spread (diferença entre o juro aplicado e o recebido) que encarece as linhas de crédito. Logo, uma Selic alta significa um empréstimo caro, enquanto uma Selic baixa se traduz em empréstimos baratos.

          Nível de consumo

          Similar ao funcionamento das ações, o nível de consumo flutua em ordem inversa à Selic. Uma alta da Selic tira dinheiro de circulação – e, consequentemente, o consumo diminui – enquanto uma baixa torna o crédito barato e a empregabilidade cresce, o que se traduz em mais consumo.

          Qual a relação entre a Selic e o CDI? Qual a relação entre a Selic e o CDI?

          O Certificado de Depósito Interbancário-CDI é um recurso que os bancos utilizam para emprestar dinheiro uns para os outros. A taxa do CDI é calculada diariamente pela Cetip (atual B3), mas em regra é muito parecida com a taxa Selic, geralmente ficando 0,2p.p abaixo da própria.

          Como investir na Selic? Como investir na Selic?

          Investir diretamente na taxa Selic é possível via títulos públicos federais, através do Tesouro Selic, que paga exatamente a remuneração da taxa básica de juros da economia.
          Entretanto, existem outras formas de se expor a taxa Selic: os Certificados de Depósitos Bancários, as LCAs, LCIs, a LIG, às CRIs e CRAs, entre outros ativos da “sopa de letrinhas” da renda fixa.

          Qual é a Relação Entre Taxa Selic e Inflação?

          <strong>Qual é a Relação Entre Taxa Selic e Inflação?</strong>

          A Taxa Selic é a principal forma e, a mais rápida, do governo impactar a economia, uma vez que o juro influencia diretamente os mais diversos setores da economia.

          Dessa maneira, ela é um importante instrumento para o controle da inflação, já que tem impacto direto sobre o consumo das famílias e, principalmente, a oferta de crédito na economia.

          Com uma taxa de juros elevada, a oferta de crédito não encontra demanda suficiente, já que os tomadores entendem que o custo está muito elevado e, assim, postergam investimentos em seus negócios.

          Nesse sentido, a relação entre taxa Selic e inflação se torna importante, uma vez que o aumento no juro, influenciará em empréstimos e financiamentos cada vez mais onerosos aos empresários. Fato que culminará com o aumento dos custos de produção, o que deságua nos preços finais.

          Com preços maiores, o consumidor pensa duas vezes antes de gastar, o que retrai a economia e, dessa maneira, controla os níveis de inflação.

          Assim, a taxa Selic é fundamental para que o governo, por meio do Banco Central, consiga controlar as distorções econômicas, tanto retraindo quanto expandindo o nível de consumo da população e a oferta e demanda por crédito.

          Portanto, dentre os instrumentos de política econômica e monetária, a Selic é a mais eficiente e rápida, gerando efeitos imediatos na economia.

          Diferença Entre Taxa Selic Meta e Taxa Selic Efetiva

          <strong>Diferença Entre Taxa Selic Meta e Taxa Selic Efetiva</strong>

          A taxa Selic é dividida em duas outras taxas, de acordo com sua finalidade. Então como funciona essa divisão?

          Ela funciona da seguinte forma: Uma dessas outras taxas é a taxa Selic Meta, sendo a meta deliberada em reuniões do Comitê de Política Monetária, que serve para balizar os juros no país. A segunda é a taxa Selic Over, utilizada como juros nos empréstimos interbancários de curta duração.

            Taxa Selic Meta

            A taxa Selic Meta é aquela, que normalmente é citada em noticiários e tem maior importância no dia a dia dos brasileiros.

            Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária e corresponde ao valor que o governo paga quando pega dinheiro emprestado.

            Como os juros em geral estão diretamente ligados ao risco de não pagamento, convencionou-se que o risco do Estado ficar inadimplente é o menor possível. E, como pagador mais seguro, o governo tem a prerrogativa de determinar a própria taxa de juros a ser paga.

            Por ser a de menor risco, ela é considerada o ponto de partida para todas as demais taxas de juros da economia.

            Taxa Selic Over

            A taxa Selic over atua como um referencial no mercado interbancário do Brasil, facilitando operações de financiamento de curto prazo lastreadas em títulos públicos. Os bancos são obrigados a manter uma porcentagem específica (17%) de seus fundos sob custódia em uma conta especial com o Banco Central do Brasil (Bacen).

            No entanto, essa porcentagem flutua diariamente devido às atividades financeiras dos bancos. Para cumprir essa exigência, os bancos com déficit emprestam daqueles com fundos excedentes em transações overnight.

            Essas transações são praticamente isentas de risco e são garantidas por títulos do Tesouro, estabelecendo assim o cenário para a taxa Selic over. Essa taxa é determinada diariamente com base na média dos juros pagos nessas transações interbancárias e geralmente é muito próxima às taxas de juros pagas em títulos públicos federais.

            A taxa é divulgada diariamente pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), uma unidade subordinada ao Bacen, fornecendo um mecanismo transparente para os participantes do mercado.

            ?UTM_CAMPAIGN=_SNC51F78254_V2

            Qual a Taxa Selic hoje?

            Qual a Taxa Selic hoje?

            Abaixo disponibilizamos o histórico da taxa Selic mensal dos últimos anos:

            DataPeríodo de vigênciaMeta Selic % a.a
            29/01/202530/01/202513,25%
            11/12/202412/12/2024 – 29/01/202512,25%
            06/11/202407/11/2024 – 11/12/202411,25%
            18/09/202419/09/2024 – 06/11/202410,75%
            31/07/202401/08/2024 – 18/09/202410,50%
            19/06/202420/06/2024 – 31/07/202410,50%
            08/05/202409/05/2024 – 19/06/202410,50%
            20/03/202421/03/2024 – 08/05/202410,75%
            31/01/202401/02/2024 – 20/03/202411,25%
            13/12/202314/12/2023 – 31/01/202411,75%
            01/11/202302/11/2023 – 12/12/2312,25%
            20/09/202321/09/2023 – 06/11/202312,75%
            02/08/202303/08/2023 – 20/09/202313,25%
            21/06/202322/06/2023 – 02/08/202313,75%
            03/05/202304/05/2023 – 21/06/202313,75%
            22/03/202323/03/2023 – 03/05/202313,75%
            01/02/202302/02/2023 – 22/03/202313,75%
            07/12/202208/12/2022 – 01/02/202313,75%
            26/10/202227/10/2022 – 07/12/202213,75%
            21/09/202222/09/2022 – 26/10/202213,75%
            03/08/202204/08/2022 – 21/09/202213,75%
            15/06/202217/06/2022 – 03/08/202213,25%
            04/05/202205/05/2022 – 16/06/202212,75%
            16/03/202217/03/2022 – 04/05/202211,75%
            2/2/2203/02/2022 – 16/03/202210,75%
            8/12/2109/12/2021 – 02/02/20229,25%
            27/10/2128/10/2021 – 08/12/20217,75%
            22/9/2123/09/2021 – 27/10/20216,25%
            4/8/2105/08/2021 – 22/09/20215,25%
            16/6/2117/06/2021 – 04/08/20214,25%
            5/5/2106/05/2021 – 16/06/20213,50%
            17/3/2118/03/2021 – 05/05/20212,75%
            20/1/2121/01/2021 – 17/03/20212,00%
            09/12/2010/12/2020 – 20/01/20212,00%
            28/10/2029/10/2020 – 09/12/20202,00%
            16/09/2017/09/2020 – 28/10/20202,00%
            05/08/2006/08/2020 – 16/09/20202,00%
            17/06/2018/06/2019 – 05/08/20202,25%
            06/05/2007/05/2019 – 17/06/20203,00%
            18/03/2019/03/2019 – 06/05/20203,75%
            05/02/2006/02/2019 – 18/03/20204,25%
            11/12/1912/12/2019 – 05/02/20204,50%
            30/10/1931/10/2019 – 11/12/20195,00%
            18/09/1919/09/2019 – 30/10/20195,50%
            31/07/1901/08/2019 – 18/09/20196,00%
            20/06/1921/06/2019 – 31/07/20196,50%
            09/05/1910/05/2019 – 20/06/20196,50%
            20/03/1921/03/2019 – 09/05/20196,50%
            06/02/1907/02/2019 – 20/03/20196,50%
            12/12/1813/12/2018 – 06/02/20196,50%
            31/10/1801/11/2018 – 12/12/20186,50%
            19/09/1820/09/2018 – 31/10/20186,50%
            01/08/1802/08/2018 – 19/09/20186,50%
            20/06/1821/06/2018 – 01/08/20186,50%
            16/05/1817/05/2018 – 20/06/20186,50%
            21/03/1822/03/2018 – 16/05/20186,50%
            07/02/1808/02/2018 – 21/03/20186,75%
            06/12/1707/12/2017 – 07/02/20187,00%
            25/10/1726/10/2017 – 06/12/20177,50%
            06/09/1707/09/2017 – 25/10/20178,25%
            26/07/1727/07/2017 – 06/09/20179,25%
            31/05/1701/06/2017 – 26/07/201710,25%
            12/04/1713/04/2017 – 31/05/201711,25%
            22/02/1723/02/2017 – 12/04/201712,25%
            11/01/1712/01/2017 – 22/02/201713,00%
            30/11/1601/12/2016 – 11/01/201713,75%
            19/10/1620/10/2016 – 30/11/201614,00%
            31/08/1601/09/2016 – 19/10/201614,25%
            20/07/1621/07/2016 – 31/08/201614,25%
            08/06/1609/06/2016 – 20/07/201614,25%
            27/04/1628/04/2016 – 08/06/201614,25%
            02/03/1603/03/2016 – 27/04/201614,25%
            20/01/1621/01/2016 – 02/03/201614,25%
            25/11/1526/11/2015 – 20/01/201614,25%
            21/10/1522/10/2015 – 25/11/201514,25%
            02/09/1503/09/2015 – 21/10/201514,25%
            29/07/1530/07/2015 – 02/09/201514,25%
            03/06/1504/06/2015 – 29/07/201513,75%
            29/04/1530/04/2015 – 03/06/201513,25%
            04/03/1505/03/2015 – 29/04/201512,75%
            21/01/1522/01/2015 – 04/03/201512,25%
            03/12/1404/12/2014 – 21/01/201511,75%
            29/10/1430/10/2014 – 03/12/201411,25%
            03/09/1404/09/2014 – 29/10/201411,00%
            16/07/1417/07/2014 – 03/09/201411,00%
            28/05/1429/05/2014 – 16/07/201411,00%
            02/04/1403/04/2014 – 28/05/201411,00%
            26/02/1427/02/2014 – 02/04/201410,75%
            15/01/1416/01/2014 – 26/02/201410,50%
            27/11/1328/11/2013 – 15/01/201410,00%
            09/10/1310/10/2013 – 27/11/20139,50%
            28/08/1329/08/2013 – 09/10/20139,00%
            10/07/1311/07/2013 – 28/08/20138,50%
            29/05/1330/05/2013 – 10/07/20138,00%
            17/04/1318/04/2013 – 29/05/20137,50%
            06/03/1307/03/2013 – 17/04/20137,25%
            16/01/1317/01/2013 – 06/03/20137,25%
            28/11/1229/11/2012 – 16/01/20137,25%
            10/10/1211/10/2012 – 28/11/20127,25%
            29/08/1230/08/2012 – 10/10/20127,50%
            11/07/1212/07/2012 – 29/08/20128,00%
            30/05/1231/05/2012 – 11/07/20128,50%
            18/04/1219/04/2012 – 30/05/20129,00%
            07/03/1208/03/2012 – 18/04/20129,75%
            18/01/1219/01/2012 – 07/03/201210,50%
            30/11/1101/12/2011 – 18/01/201211,00%
            19/10/1120/10/2011 – 30/11/201111,50%
            31/08/1101/09/2011 – 19/10/201112,00%
            20/07/1121/07/2011 – 31/08/201112,50%
            08/06/1109/06/2011 – 20/07/201112,25%
            20/04/1121/04/2011 – 08/06/201112,00%
            02/03/1103/03/2011 – 20/04/201111,75%
            19/01/1120/01/2011 – 02/03/201111,25%
            Fonte: Bancco Central

            Conforme podemos ver na tabela, a taxa de juro é bem volátil, passando por momentos de alta e outros de queda. Isso porque a taxa Selic reflete diretamente o cenário econômico do país.

            Se você observar, no período entre 2015 e 2016 a Selic ficou acima de 14%. Ao mesmo tempo, esse período coincidiu com inflação acima de 10% e recessão econômica. Então, o recurso usado pelo governo na época era aumentar a Selic para tentar conter a inflação.

            Além disso, o ano de 2020 foi marcado pela Selic no menor patamar histórico, 2% a.a.

            Por outro lado, no início de 2022, com a alta da Selic, a taxa anual voltou a ter 2 dígitos, ficando em 10,75% a.a. Desse modo, a taxa Selic permaneceu em 13,75% de 04 de agosto de 2022 a 02 de agosto de 2023. A partir de agosto de 2023, a Selic começou a cair, passando por cortes de 0,5 p.p em sequência chegando até os 10,50% ao ano. Contudo, devido ao aumento da inflação, a Selic interrompeu sua tendência de queda e voltou a subir, chegando aos atuais 13,25% ao ano.

            Ao comparar a nossa taxa de juro com a de outros países, temos uma grande surpresa. O Brasil possui uma das maiores taxas de juro do mundo atualmente. Veja algumas taxas de juros de alguns dos mais importantes países do mundo:

            • Estados Unidos: 4,5% ao ano;
            • Alemanha: 2,65% ao ano;
            • Reino Unido: 4,5% ao ano;
            • Japão: 0,5% ao ano;
            • Rússia: 21% ao ano;
            • China: 3,1% ao ano;
            • Índia: 6,25% ao ano;

            Junto da Rússia (que está em guerra atualmente), o Brasil é um dos países com uma das maiores taxa de juros na atualidade. Os demais países possuem taxas que não chegam a 2 dígitos.

            Como ganhar mais do que a Selic?

            Como ganhar mais do que a Selic?

            Acompanhar com frequência o patamar da Selic é algo fundamental e básico para quem é investidor. Justamente porque ela pode indicar qual é o melhor investimento naquele momento.

            O investidor tem basicamente dois caminhos a seguir quando o objetivo é ganhar da Selic: Ele pode escolher a opção mais segura que é optar por aplicações que paguem acima de 100% do CDI. Entretanto, você precisa ter em mente que ainda assim os rendimentos serão baixos.

            O outro caminho é migrar aos poucos para a renda variável. Por exemplo, em um cenário de Selic em baixa, a tendência é que os investimentos em renda variável valham mais a pena do que em renda fixa.

            Isso porque o acesso a crédito tende a ser facilitado, além de ficar mais barato. Dessa forma, as empresas podem alavancar seu crescimento.

            Além disso, a Selic baixa também representa um cenário de mais estabilidade econômica no país, o que é bom para as empresas, que podem planejar bem seu futuro.

            Por consequência, esse cenário também é bom para o mercado de capitais, já que as empresas tendem a produzir mais e consequentemente, acabam ganhando mais valor no mercado.

            Isso cria um ciclo virtuoso, já que um mercado competitivo e eficiente é o motor para que o país se mantenha estável economicamente.

            Expectativas Para a Taxa Selic em 2025

            <strong>Expectativas Para a Taxa Selic em 2025</strong>

            A taxa Selic 2025 tende a ficar em um patamar elevado, superior aos atuais 13,25% ao ano. Segundo projeções do Boletim Focus, a Selic tem tudo para terminar 2025 em 15% ao ano.

            Desse modo, o mercado de juro ainda está muito volátil. Assim, os investidores que possuem posição na renda variável, continuaram a enxergar muita volatilidade, enquanto aqueles que estão focados na renda fixa, continuaram a lucrar com a alta dos juros.

            Inclusive, a taxa de juro maior, possivelmente provocará uma desaceleração na economia brasileira, levando a uma redução do PIB e até no aumento do desemprego.

            Mas para 2026, as expectativas são um pouco melhores. Existe a tendência de estabilização da inflação e também dos juros. Com isso, há possibilidade de redução da inflação e consequentemente dos juros.

            Tudo indica que a Selic permanecerá bois dois dígitos em 2026, mas haverá uma redução. Assim, com um cenário mais positivo para economia, a renda variável poderá ganhar força, atraindo os investidores novamente.

            Contudo, em 2026 teremos as eleições presidenciais, algo que pode influenciar o mercado, a inflação e os juros.

            ?UTM_CAMPAIGN=_SNC97EF13F8_

            Conclusão

            <strong>Conclusão</strong>

            Dentre todos os indicadores econômicos, a Selic é um dos mais relevantes. Ao saber sobre a Selic, o empresário terá uma noção sobre o custo de uma linha de crédito, o investidor poderá determinar quais serão seus ganhos com a renda fixa e se vale a pena “tomar risco na renda variável”. Portanto, a Selic é um verdadeiro “norte” para os investidores, empresários e demais “players” do mercado.

            Mas para se manter bem atualizado e alinhado com a condição econômica do país e sobre a taxa de juro, o interessado precisa acompanhar de perto as reuniões do COPOM e identificar qual é a taxa Selic praticada.

            Desse modo, os investidores e empresários estarão mais bem preparados para tomar suas decisões de investimento.

            Ficou alguma dúvida sobre como funciona a taxa Selic? Deixe nos comentários abaixo.

            Mas para saber mais sobre economia e investimentos, acompanhe os nossos conteúdos.

            Perguntas Frequentes sobre a Selic
            Qual é a taxa Selic hoje?

            A taxa Selic hoje, em abril de 2024, está fixada em 10,75%.

            O que é taxa Selic e para que serve?

            A Selic é a taxa básica de referência usada pela economia na totalidade. Então ela pode ser usada com diversos objetivos. Por exemplo, para indicar a rentabilidade de um investimento, como também, pode servir de instrumento de política monetária. Assim, a Selic auxilia no controle da inflação, além de atuar como referência para definir a taxa de juros de financiamentos e demais linhas de crédito.

            Qual o mínimo para investir no Tesouro Selic?

            Você não precisa comprar um título inteiro, ou seja, é possível adquirir frações a partir de 1% do título. Em abril de 2024 o investimento mínimo para adquirir o Tesouro Selic é de aproximadamente R$ 147,00.

            Bibliografia

            https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sistemaselic

            https://www.tesourodireto.com.br/

            Tags
            Tiago Reis
            Henrique Imperial
            Compartilhe sua opinião
            1 comentário

            O seu email não será publicado. Nome e email são obrigatórios *

            • Christian Motta 3 de setembro de 2024
              Difícil uma economia crescer com uma taxa de juros elevada como essa!Responder