Para quem pretende começar os investimentos no mercado financeiro, é essencial saber qual o seu perfil de investidor. Conhecer o seu vai te permitir investir com mais segurança, mais assertividade e mais resultados.
Acompanhe nosso guia definitivo do perfil de investidor e entenda o que o seu apetite para risco diz sobre você.
O perfil do investidor é uma forma de classificar o apetite a risco de cada pessoa. Ao identificar o seu perfil, você terá mais chances de evitar operações que resultem em prejuízos.
Inclusive, o perfil do investidor é um mecanismo importante de compliance dos bancos, portanto, a análise sobre o investidor deve ser respeitada. Pelo menos, se você quiser bons resultados na bolsa.
Como começou essa classificação?
Esse perfil surgiu como uma exigência de compliance da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para Instituições do Mercado Financeiro (IF’s). De acordo com a autarquia, um banco ou corretora não poderia fazer publicidade agressiva de produtos que vão contra o perfil do investidor.
Imagine que você não suporta ver seus ativos desvalorizando 50% – risco comum no mercado de ações. Ao mesmo tempo, você recebe publicidade de um IPO toda vez que abre seu app do banco. Confiante, você investe sem fazer o valuation.
No dia seguinte, as ações caem 50%. No outro, mais 10%. Você se desespera e vende tudo, para um mês depois, as mesmas ações dispararem 120%. Revoltante, não? É a partir disso que a regulação surgiu: a necessidade de direcionar a publicidade certa para a pessoa certa.
Qual a necessidade para você saber o seu perfil de investidor?
Embora essa regulação tenha partido da CVM para as Instituições Financeiras (IF’s), existe uma grande importância em você saber o seu perfil. Sendo que a análise do perfil do investidor pode lhe ajudar a cumprir duas das principais leis do Warren Buffett:
- Não perca dinheiro
Não esqueça a primeira lei
A ideia de ter consciência do seu perfil de investidor está em evitar que você entre em negócios nos quais não sabe navegar. Assim você se resguarda e não fere os próprios investimentos seguindo qualquer tendência. Investir de acordo com o seu perfil te dá um novo benefício: dormir com a cabeça tranquila, ciente do risco que está correndo.
O seu perfil do investidor pode ser classificado dentro de três macro categorias, dependendo do seu apetite para risco. São elas:
- Conservador;
- Moderador;
- Arrojado
Cada um desses perfis deve ser tratado, segundo a legislação, de maneira diferente pelas IF’s. E, como especialistas em finanças, podemos destacar que cada grupo deve manter uma carteira bem distinta. Respeitar o seu perfil é uma salvaguarda: conhecê-lo, uma necessidade.
Perfil do investidor conservador
O perfil do investidor conservador é aquele que opta pela segurança do seu capital acima das possibilidades de ganho. Apesar de não ser o perfil mais lucrativo, é aquele que dá mais certeza. Consequentemente, é o perfil mais adotado no começo da jornada do investidor.
Enquanto os investimentos estão rendendo dentro das expectativas, o investidor conservador tem uma noite de sono tranquila. Portanto, é natural que sua carteira contenha mais ativos de renda fixa. Assim, o investidor compensa o retorno menor com um risco proporcional.
O fator disponibilidade também está presente. Investidores considerados conservadores, dão prioridade a investimento com liquidez diária ou com prazos de vencimento mais curtos.
Sob essas perspectivas, fica ainda mais complexo investir em produtos de renda variável, ou mesmo de renda fixa, mas com liquidez restrita ao vencimento.
Um vício comum do perfil conservador é investir na poupança. Apesar de ser um investimento seguro, garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a poupança é pouquíssimo rentável.
Há, por outro lado, investimentos com a mesma segurança – a garantia do FGC – e rentabilidade consideravelmente maior, como os CDBs, Títulos do tesouro, Fundos DI e outras aplicações de renda fixa.
Em meados de 2023, a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) anunciou a alteração na identificação do perfil conservador. Além de considerar questões como a liquidez do investimento e sua segurança, o conhecimento do investidor também passou a ser alvo de análise. Portanto, o investidor que detém pouco conhecimento sobre o mercado financeiro, também poderá ser reconhecido, como de perfil conservador.
Perfil do investidor moderado
O perfil do investidor moderador é o meio termo entre o conservador e o arrojado. Ele não abre mão da segurança, porém se arrisca em operações mais lucrativas.
Logo, enquanto parte de sua carteira é mais “defensiva” – com títulos atrelados a IPCA+ ou correções monetárias – ele não se furta a ter os atacantes em campo. Nesse sentido, os “atacantes” podem ser ações, fundos imobiliários e fundos multimercado, por exemplo.
A diversificação do perfil moderado é mais abrangente que a do conservador quando pensamos nas classes de ativos. Os prazos dos investimentos, também costumam ser diversificados. Enquanto seus CDB’s podem ter prazo de 2 a 4 anos, uma debênture e CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) podem ter um prazo maior.
Perfil do investidor arrojado
O investidor de perfil arrojado, por outro lado, direciona todos os seus esforços para fazer a maior quantidade de dinheiro. Tem baixa aversão ao risco, o que se traduz em operações mais arrojadas. Ao mesmo tempo que um investidor conservador vai procurar se defender da inflação, o arrojado pode estar apostando na sua alta.
Seus empreendimentos envolvem operações com derivativos e alavancagem. Eventualmente pode ter uma grande concentração da carteira, de modo a maximizar os lucros esperados. É um perfil que alinha muito capital e conhecimento, no melhor dos casos, e muita insensatez, se não tiver as duas coisas.
Com apetite maior aos riscos, o investidor arrojado também não se preocupa muito com a liquidez dos investimentos, tendo uma visão de longo prazo para sua carteira.
Você já reparou que cada perfil de investidor tem uma tendência a alguns ativos. É da natureza do investidor, assim como é da natureza do ativo, fornecer mais ou menos segurança, e mais ou menos rentabilidade. Por isso, separamos algumas das principais características – ou como se pareceriam as carteiras de pessoas que seguissem a risca seus perfis de investidores.
Carteira de investimento conservadora
A carteira de investimento do perfil de investidor conservador é composta quase que exclusivamente de ativos de renda fixa. Lembre-se: o objetivo do conservador é segurança. E nada mais seguro do que ter um FGC afirmando: vou pagar as contas se algo der errado.
Entre os principais ativos que podem compor a carteira de investimento conservadora, estão:
- Títulos do tesouro;
- CDBs;
- Fundos de renda fixa e fundos DI;
- Entre outros ativos de renda fixa que apresentem ganhos acima da inflação.
Se, contudo, o investidor quiser começar a se expor à renda variável, há jeitos de fazer isso, mesmo dentro do perfil conservador. O investimento em FIIs, ETFs e fundos de investimento em ações, ou multimercado, podem ser ótimas opções, para aqueles que buscam entrar na renda variável. Esses investimentos contam com um bom grau de segurança, principalmente, derivado da diversificação que eles podem proporcionar. Assim, o investidor conservador, poderia alocar até 5% da carteira em tais ativos.
Outro dado importante sobre o investidor conservador envolve o prazo dos investimentos e da carteira em si.
Um investidor conservador costuma dar mais prioridade a ativos de alta liquidez, ou seja, CDBs, letras do Tesouro e demais ativos, com vencimento curto, ou liquidez diária.
Investimentos de prazo mais longo, dificilmente fazem parte da carteira do investidor conservador, ou pelo menos, possuem espaço mais limitado dentro do portfólio.
Desse modo, até o investimento em produtos de renda variável é impactado, uma vez que é prudente adotar uma visão de longo prazo para investir em ativos como ações, fundos imobiliários e derivados.
Nome do Ativo | Porcentagem da Carteira |
---|---|
CDB | 40% |
Tesouro Direto | 40% |
Fundos DI | 18% |
ETFs | 2% |
Explicação:
- CDB (40%): Certificados de Depósito Bancário são investimentos seguros e oferecem rendimentos acima da poupança. São ideais para investidores conservadores que buscam baixo risco e liquidez.
- Tesouro Direto (40%): Títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros do mercado. O Tesouro Direto oferece diferentes tipos de títulos que podem ser adequados para diferentes objetivos, prazos e tolerâncias ao risco.
- Fundos DI (18%): Estes fundos investem em ativos atrelados ao CDI e são conhecidos por sua liquidez e segurança. São uma boa opção para diversificar a carteira sem assumir riscos significativos.
- ETFs (2%): Embora os ETFs possam ser mais voláteis, uma pequena alocação em uma carteira conservadora pode oferecer um potencial de crescimento sem expor o investidor a riscos excessivos.
Carteira de investimento moderada
A carteira do investidor moderado reflete o equilíbrio entre os ativos. Essa carteira pode ser composta com uma porcentagem na renda fixa e outra na renda variável, por exemplo. O importante é que não hajam extremismos para um dos lados.
Dentro da renda variável, o investidor moderado começa a expandir seus horizontes. Além dos já comentados FIIs, ETF e fundos de investimento, ele também pode mirar nas ações.
Ao comprar ações, o investidor moderado poderá obter ganhos consideráveis, se beneficiando da valorização e consequente, distribuições de proventos, como os dividendos e o juro sobre capital próprio. Contudo, as ações possuem um grau de risco maior e por isso, devem ser bem avaliadas antes de serem adquiridas.
Além disso, o investidor arrojado terá uma tolerância maior com investimentos de vencimentos mais longos.
Assim, o leque de alternativas na renda fixa e variável aumenta. Inclusive, as ações se beneficiam dessa tolerância maior, já que o investidor terá uma estratégia de longo prazo para elas. Absorvendo a volatilidade do mercado e compreendendo a flutuação dos preços.
Obviamente, por não ter um perfil arrojado, essas ações representam uma parcela menor do grupo de ativos de renda variável.
Então, no perfil moderado, temos um investidor que já compreende mais sobre o mercado e por isso, possui uma tolerância maior aos riscos. Porém, o investidor ainda não está totalmente “tranquilo” para ter uma carteira mais arrojada, do que equilibrada. Enxergar a carteira tendo menos volatilidade, ainda é uma prioridade.
Nome do Ativo | Porcentagem da Carteira |
---|---|
Tesouro IPCA+ | 25% |
CDB | 20% |
Fundos Multimercado | 20% |
Ações | 15% |
Fundos Imobiliários | 10% |
ETFs | 5% |
Fundos DI | 5% |
Explicação:
- Tesouro IPCA+ (25%): Este título público oferece uma rentabilidade atrelada à inflação, mais uma taxa fixa. É uma boa opção para proteger o poder de compra do investidor a longo prazo.
- CDB (20%): Ainda uma opção segura, mas com uma alocação menor em comparação com a carteira conservadora. Permite diversificar as fontes de renda fixa.
- Fundos Multimercado (20%): Estes fundos investem em diversos tipos de ativos e estratégias, oferecendo um equilíbrio entre risco e retorno. São uma boa opção para diversificar a carteira.
- Ações (15%): Investir uma parte da carteira em ações pode oferecer um bom potencial de valorização. No entanto, é importante diversificar e talvez optar por ações de empresas mais estáveis.
- Fundos Imobiliários (10%): Estes fundos investem em imóveis ou títulos imobiliários e podem oferecer uma renda passiva através de dividendos.
- ETFs (5%): Um pequeno percentual em ETFs pode oferecer diversificação de carteira e a possibilidade de ganhos atrelados a diferentes índices ou setores.
- Fundos DI (5%): Mantendo uma pequena parcela em Fundos DI, o investidor ainda conta com a segurança e liquidez desses fundos, mas em menor proporção em relação a uma carteira conservadora.
Carteira de investimento arrojada
Aqui a carteira pode seguir um modelo agressivo de investimentos. O investidor arrojado pode escolher tanto uma concentração agressiva quanto ativos de alto risco. É uma carteira com um beta – índice de variação – altíssimo, na maior parte dos casos.
Nesse sentido, o investidor terá um apetite muito maior por ativos com vencimento mais longo.
Querendo ou não, quanto mais longo for o prazo de vencimento de um título de renda fixa, mais arriscado ele se torna ao investidor. Já na renda variável, é fundamental ter uma estratégia de longo prazo, a fim de se beneficiar da evolução do ativo, ao longo dos anos.
Assim, com uma tolerância superior aos investidores de perfil conservador e moderado, o investidor arrojado poderá aportar uma parcela maior de sua carteira em ativos de alto risco.
Ações são o padrão de um investidor arrojado. Fundos inovadores, como fundos temáticos, multimercado e operações com opções e derivativos também constam no “kit”. Porém, é importante destacar que essa carteira também terá uma parte dos investimentos em ativos de liquidez.
É a famosa reserva de oportunidade, natural para quem opta por trades ocasionais.
Nome do Ativo | Porcentagem da Carteira |
---|---|
Ações | 40% |
Fundos Multimercado | 20% |
Fundos Temáticos | 15% |
Operações com Derivativos | 10% |
Criptomoedas | 5% |
Reserva de Liquidez (CDB) | 5% |
ETFs | 5% |
Explicação:
- Ações (40%): O principal componente da carteira, focando em empresas com alto potencial de crescimento ou setores específicos que o investidor acredita ter grande potencial.
- Fundos Multimercado (20%): Estes fundos oferecem uma diversificação em diferentes tipos de ativos e estratégias, permitindo ao investidor arrojado explorar oportunidades em várias frentes.
- Fundos Temáticos (15%): Estes são fundos que investem em setores ou temas específicos, como tecnologia ou energia renovável, e podem oferecer retornos significativos.
- Operações com Derivativos (10%): Inclui opções, futuros e outros instrumentos financeiros que podem amplificar os ganhos, mas também os riscos.
- Criptomoedas (5%): Embora arriscadas, as criptomoedas podem oferecer retornos significativos e já são consideradas uma classe de ativo legítima.
- Reserva de Liquidez (CDB) (5%): Mesmo uma carteira arrojada deve ter uma pequena parcela dedicada à liquidez para aproveitar oportunidades de mercado.
- ETFs (5%): Um pequeno percentual em ETFs pode oferecer diversificação e a possibilidade de ganhos atrelados a diferentes índices ou setores.
Conhecer o seu perfil de investidor é fundamental para que você possa escolher os investimentos mais adequados ao seu perfil, e assim obter o melhor resultado. Isso porque cada investimento tem características específicas, como nível de risco, prazo de investimento e rentabilidade esperada. Desse modo, é importante escolher os ativos que concordem com o seu perfil.
Vamos imaginar que você é um investidor conservador. Não gosta de ver desvalorizações no seu patrimônio. Caso você invista em ações, que tem alta volatilidade, você poderia ficar nervoso ao ver uma queda e acabaria vendendo elas – só para vê-las valorizarem 3 vezes o que caíram no dia seguinte.
O perfil também pode lhe ajudar a definir uma estratégia com relação aos prazos dos investimentos. Muitas vezes, ao procurar por opções de produtos de renda fixa ficamos “deslumbrados” com algumas rentabilidades que são oferecidas.
Porém, às vezes, tais rendimentos estão atrelados a títulos de longo prazo, com vencimentos para mais de 2, 3, ou até 10 anos.
Desse modo, mesmo que seja um ativo de renda fixa, o investidor precisa ter ciência que o ativo só se tornará líquido, ou seja, disponível, quando o vencimento chegar.
Contudo, ao traçar o perfil do investidor, ficará mais fácil identificar os ativos e os prazos mais apropriados para a sua carteira.
Outra vantagem de conhecer seu perfil de investidor é que você poderá traçar um plano de investimentos personalizado, que concorde com as suas necessidades e expectativas. Isso significa que você terá mais controle sobre o seu dinheiro e poderá alcançar seus objetivos financeiros com mais facilidade.
Através de um simples diálogo com um investidor é possível detectar em quais dos perfis enquadrar o mesmo.
Isto porque, normalmente, por meio de algumas respostas relacionadas a perguntas básicas, é possível entender suas preferências, objetivos e o nível de aversão ao risco
Por exemplo, hoje em dia, existem diversos questionários que visam descobrir o perfil do investidor.
As perguntas até podem mudar entre os questionários, mas o intuito delas costuma ser igual. Com as respostas em “mãos” é possível identificar o perfil do investidor.
Então, para saber qual é o seu perfil de investidor você pode seguir esse passo a passo:
-
1.
Identifique sua tolerância a risco
Saiba o que você faria se o valor caísse -
2.
Entenda para que você quer investir
Renda passiva, aposentadoria, patrimônio, ou objetivos específicos -
3.
Meça o seu patrimônio
Acima de R$ 1 milhão você é considerado investidor qualificado -
4.
Avalie quanto sabe sobre investimentos
Nunca invista em algo que você não conhece -
5.
Você possui um prazo para os seus investimentos
Fique atento aos prazos dos investimentos e se há restrições com relação à liquidez.
Conhecer o seu perfil de investidor é fundamental para começar a investir bem. Quer começar nos investimentos com o pé direito? Então baixe o Ebook Comece a Investir na Bolsa da Suno Research.
O perfil de investidor muda ao longo do tempo?
Muitas pessoas têm dúvidas se o seu perfil de investidor pode mudar ao longo do tempo.
Portanto, verdade é que o investidor pode sim alterar o seu perfil, já que seus objetivos podem estar sujeitos a mudanças, assim como a sua forma de encarar os riscos associados aos investimentos.
De conservador a moderado
É comum que, quanto mais tempo e experiência no mercado financeiro o investidor tem, mais compreensível e resistente à volatilidade o indivíduo fique. Por isso migrar para ativos como fundos multimercado ou começar a investir em FIIs pode ser o primeiro passo para ir de conservador a moderado.
De moderado a arrojado
Com o tempo, é comum que investidores de perfil conservador se tornem moderados ou arrojados, à medida que aprendem mais sobre o mercado de capitais. Entendendo, por exemplo, o que são opções e como elas podem te proteger. Além disso, a tolerância ao risco e a possibilidade de investir visando prazos maiores, também ajudam nessa mudança de perfil.
De arrojado para conservador
Assim como, também é possível que investidores arrojados, após já terem construído um patrimônio suficientemente grande, queiram tornar suas aplicações mais estáveis e seguras, tornando-se mais moderados ou conservadores. É o caso de aposentados ou idosos, que não querem a perspectiva de mais vinte anos esperando o investimento deslanchar para colher os frutos.
Depois de conhecer o seu perfil de investidor, chegou o momento de começar a investir. Então, se o investidor é conservador, ele provavelmente aplicará seus recursos em soluções de renda fixa com boa segurança e alta liquidez. Considerando a atual situação econômica nacional e as alternativas existentes, o investidor teria ótimas oportunidades através do Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs. Com a Selic em 10,75%, tendo projeções de aumentar ainda mais em 2024, a rentabilidade da renda fixa está ótima.
Mas se for de perfil moderado, o investidor terá uma carteira mais equilibrada, contando com diferentes ativos. Dentre os ativos, temos os de renda fixa já mencionados, além de fundos de crédito privado, que normalmente investem em debêntures, além do próprio fundo imobiliário e dos ETFs.
Já o investidor arrojado, dará preferência por ativos que possam gerar ótimos retornos no longo prazo, como as ações, fundos de ações e demais. Além disso, o investidor arrojado pode aproveitar a volatilidade do mercado, para fazer dinheiro com as opções e os derivativos.
Nesse sentido, cada um desses perfis proporcionaram um resultado no longo prazo. Contudo, nem sempre este resultado estará em linha com a expectativa dos investidores.
Ou seja, normalmente, uma pessoa de perfil conservador tem a expectativa de auferir bons ganhos no longo prazo. Mas nada exuberante. Já o investidor moderado espera ter retornos maiores que o conservador, uma vez que tem ativos de grau de risco maior. Por fim, o arrojado espera ter ótimos retornos, podendo multiplicar o patrimônio várias vezes.
Contudo, nada disso poderá ser concretizado, se o investidor não tiver conhecimento e não alocar os ativos de forma estratégica e coerente.
Assim, considerando que o conhecimento e a estratégia são pilares fundamentais para auferir bons retornos, um investidor de perfil conservador pode ter retornos maiores do que aquele de perfil arrojado, por exemplo. Mas, se o investidor arrojado tiver conhecimento e uma boa estratégia, sem dúvidas, ele será aquele com os maiores retornos.
Importância do Perfil na Escolha de Fundos de Investimento
O mercado financeiro está repleto de ativos dos mais variados, sendo que os fundos de investimentos são uma das categorias mais amplas.
De fundos DI, até de criptomoedas, o mercado está repleto de opções, sendo que o perfil do investidor pode auxiliar na escolha do melhor fundo para determinada pessoa.
Por exemplo, um investidor conservador dará preferência por fundos seguros, de boas instituições, com carteira focada em títulos de renda fixa e ótima liquidez. Observando essas características, fundos DI e referenciados podem ser soluções.
Agora o investidor moderado tem mais tolerância ao risco, assim, outros fundos poderão fazer parte de sua carteira, como os multimercados, ETFs, fundos imobiliários e os de crédito privado.
Por fim, o investidor arrojado, poderá ampliar ainda mais seu escopo, buscando fundos de criptomoedas, cambiais, de ações, dentre outros.
Adoção de Tecnologia e Automação para Perfis de Investidor
Com a entrada da inteligência artificial no mercado financeiro, conhecer o perfil do investidor tornou-se mais fácil e prático.
Ao responder os questionários de bancos e corretoras, a IA interpretará as respostas, chegando ao resultado do perfil.
Assim, com a identificação do perfil, fica mais fácil para a IA avaliar quais são as alternativas de investimentos, mais apropriadas ao investidor.
Tributação e Perfil de Investidor
Além do conhecimento e apetite por risco, a tributação também pode influenciar no perfil do investidor.
Por exemplo, um investidor conservador, poderá aplicar seus recursos em uma LCI, mesmo sabendo que a mesma só vencerá após 1 ano. Mas como ela é isenta de IR, o rendimento final compensa a falta de liquidez.
Já para um investidor moderado, a compra de FIIs pode ser totalmente coerente, visto que as distribuições são isentas de impostos. Desse modo, ao invés de comprar títulos de renda fixa, com objetivo de construir uma espécie de “renda”, o investidor pode aplicar os valores em FIIs e auferir rendimentos mensais isentos de IR.
Para o investidor arrojado, existe a possibilidade de realizar vendas de ações de até 20 mil por mês. Dessa maneira, há como ficar livre do recolhimento de IR sobre os lucros, sem perder bons negócios.
Antes de sair investindo e comprando diferentes ativos, o investidor precisa conhecer o seu perfil. Será através do perfil, que o investidor poderá definir os melhores ativos para comprar.
Sem conhecer o perfil, o investidor pode ter grandes problemas, e inevitavelmente, prejuízos. Portanto, busque fazer a análise de perfil junto às corretoras e bancos. Não deixe de responder tais análises, porque através delas você e as instituições financeiras saberão em qual perfil você se encaixa.
Esse artigo te ajudou a entender melhor o que é perfil de investidor? Deixe comentários e dúvidas no espaço abaixo.
O que é perfil do investidor?
Perfil do investidor é um conjunto de características que definem a tolerância ao risco, conhecimento sobre o mercado, objetivos e expectativas de um investidor em relação aos seus investimentos.
Quais os tipos de perfil do investidor?
Existem basicamente três tipos de perfil de investidor: conservador, moderado e arrojado (ou agressivo).
Como saber meu perfil de investidor?
Você pode preencher testes em sites de bancos ou de corretoras, assim como ler este texto e se identificar com as características de um perfil.
Porque meu teste de perfil de investidor deu “conservador”
Esse resultado ocorreu porque você se encaixou em algumas características, como alta aversão ao risco, pouco conhecimento sobre o mercado ou prazo limitado para permanecer investido. Desse modo, o melhor é optar por investimentos de renda fixa, que tenham alto grau de segurança e liquidez.
Porque meu teste de perfil de investidor deu “moderado”
Esse resultado ocorreu porque você demonstrou uma aversão a risco média, tendo mais conhecimento sobre o mercado e um horizonte mais longo para seus investimentos. Portanto, você pode estudar mais para se qualificar como arrojado ou optar por fundos multimercado ETFs, ou FIIs.
Porque meu teste de perfil de investidor deu “arrojado” ou “agressivo”
Isso significa que você tem alta tolerância a risco, tem muito conhecimento sobre o mercado financeiro e pode permanecer investido no longo prazo. Contudo, ainda assim, é preciso ter cuidado para saber em qual ativo está investido.
Porque os bancos tem um teste de perfil de investidor?
A CVM obriga as instituições financeiras a manter um registro do seu perfil de investidor para recomendações direcionadas e educação financeira.