A maioria dos investidores tem dúvidas sobre como investir o próprio dinheiro, onde investir e como conseguir mais retorno nos investimentos. A resposta não é tão simples. Isso porque o mercado financeiro envolve muitos aspectos que precisamos considerar.
Nesse sentido, antes de começar a investir, é importante entender como o mercado financeiro funciona e quais são os principais ativos negociados. Querendo ou não, há diversos fatores envolvidos no mercado financeiro que vão além dos próprios investimentos, como taxa de juros, crescimento econômico, PIB e demais aspectos financeiros.
Desse modo, para conhecer o que é, como funciona e as principais tendências para o futuro do mercado financeiro, acompanhe o nosso guia completo e fique por dentro desta importante área de nossa economia.
Em economia, o mercado financeiro é o ambiente onde ocorre a negociação de ativos — como títulos, moedas, ações, derivativos, mercadorias, commodities entre outros bens e ativos com algum valor financeiro.
Outra forma de definir o que é mercado financeiro é através dos agentes econômicos. O mercado financeiro nada mais é do que um sistema que viabiliza a troca de recursos entre agentes econômicos. Sendo que esses agentes são os investidores e demais “players”, como instituições financeiras, bancos e demais.
Dessa maneira, normalmente cada país possui o seu próprio ambiente financeiro, o que geralmente, não é restrito somente à negociação de valores oriundos do mercado interno.
A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em conjunto com os mercados cambiais, são um dos maiores representantes dos mercados financeiros do planeta. Neles, são negociados trilhões de dólares diariamente.
No mercado financeiro brasileiro, a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, cumpre esse mesmo papel, e seu principal índice é o Ibovespa.
Assim, o mercado tem como objetivo facilitar a alocação eficiente de capital, além de garantir liquidez à economia.
A função do mercado financeiro é possibilitar o encontro entre vendedores e compradores. Em economias de livre mercado, essa interação é fundamental. Logo, nesse ambiente, a troca de bens ocorre de forma livre, sem grandes intervenções externas (como do Estado, por exemplo).
Normalmente dividimos as partes envolvidas no mercado financeiro em duas: os credores (ou investidores) que fornecem o capital, e os captadores (ou mutuários) que captam os recursos em troca de juros ou parte dos lucros do negócio com os novos acionistas.
Entre essas negociações podemos também observar diversas instituições responsáveis por viabilizar um ambiente de negócios para que essas trocas aconteçam. Além disso, tais órgãos têm como função regular e fiscalizar o correto andamento de todo o processo.
Portanto, o mercado financeiro permite que seus participantes:

Como já falamos, o mercado financeiro é responsável pelo fluxo da economia. Isso acontece, pois ele aproxima investidores e tomadores de recursos.
Nesse sentido, compreender como funciona o mercado financeiro não é uma tarefa difícil.
Sendo assim, os participantes do mercado financeiro não necessitam estabelecer contato entre eles. Essa ponte é realizada via instituição financeira.
Assim, o dinheiro investido em uma modalidade de renda fixa, por exemplo, acaba sendo destinado para que o empresário faça o giro de seu negócio. O banco, dessa forma, serviu como um intermediário oferecendo um empréstimo.
Para exemplificar, vamos supor que você invista R$ 5 mil em um CDB de determinado banco. Se mantiver seu dinheiro até a data de vencimento, vai receber juros prefixados de 9% ao ano.
Dessa maneira, um empresário procura a mesma instituição bancária e solicita o mesmo valor para conseguir dar andamento em seus trabalhos.
O banco faz o empréstimo e assim, cobra uma taxa maior de juros, quando comparado à taxa oferecida no investimento. Dessa forma, o mercado financeiro brasileiro uni duas pontas da economia.
Mas além dos bancos, há outras instituições financeiras que atuam como intermediárias no mercado financeiro. Elas são as corretoras de valores mobiliários e a própria bolsa de valores.
As corretoras atuam diretamente com os investidores, dando acesso a bolsa de valores e diversos outros tipos de investimentos, como os mais variados títulos de renda fixa, além dos ativos de renda variável.
Desse modo, a bolsa de valores é o ambiente que faz a intermediação entre investidores e emissores de títulos, ações e demais ativos financeiros.
O mercado financeiro pode ser subdividido em sete partes: Monetário, Crédito, Capitais, Derivativos, Câmbio, Futuros e Balcão. Veja a seguir mais detalhes sobre cada um dos tipos de mercado financeiro
Mercado Monetário
O mercado monetário tem como propósito regular a liquidez e a taxa de juro nacional. Dentre os ativos que são negociados nesse mercado, há os títulos públicos, como as letras do Tesouro Direto.
Mercado de crédito
Também conhecido como mercado de dívida. A partir dele os investidores podem comprar títulos de dívida de empresas, por exemplo.
É nesse mercado em que são negociados recursos para que empresas possam se capitalizar e conseguir capital de giro. Ou seja, são operações de financiamento, empréstimo e arrendamento, entre outros.
A intermediação de recursos pode ser de curto, médio ou longo prazo.
Mercado de capitais
É um mercado que permite que os investidores comprem ou vendam participações societárias em empresas de capital aberto através de uma plataforma muito prática chamada de home broker.
Destacando que o Mercado de capitais, também é chamado mercado de ações. Portanto, nele, é possível negociar títulos, ações e derivativos.
Assim, quando você investe nesse mercado, o investidor normalmente compra um lote de ações na Bolsa ou então investe em produtos como LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio, respectivamente), debêntures, dentre outros.
Mercado de derivativos
No mercado de derivativos são negociados títulos que derivam seu preço de um ativo subjacente. Nele podemos realizar negócios como operações a termo, opções, futuros, swaps, entre outros exemplos.
Mercado de Câmbio
Uma das subdivisões do mercado financeiro é a que trata do câmbio. Esse mercado é formado pelas negociações que envolvem a troca de duas moedas distintas.
Ou seja, no mercado de câmbio, as cotações das moedas aparecem em relação umas às outras: por exemplo, dólar por euros, euros por reais, reais por dólar.
O valor pago para converter uma moeda estrangeira em uma moeda nacional leva o nome de taxa de câmbio. No Brasil e na maior parte dos países, essa taxa não é fixa e sim flutuante. Dessa forma, o preço de troca é estabelecido por meio da negociação entre compradores e vendedores.
Parte das operações do mercado de câmbio envolve instituições como bancos, casas de câmbio, corretoras e agências de turismo. Além do comércio da moeda em espécie, há também como fazer investimentos nessa área.
Aqui no país, existem 3 formas de se aplicar dinheiro no mercado de câmbio:
Fundos cambiais: essa modalidade de fundo de investimento é recomendada para quem pretende proteger o capital. Com esses fundos, você consegue manter o poder de compra dos valores investidos. Isso ocorre em momento que o investidor avalia que a moeda local vai sofrer desvalorização.
Minicontrato de câmbio: trata-se de um tipo de derivativo, ou seja, um acordo de negociação da moeda para um período no futuro. Em outras palavras, os minicontratos funcionam como uma aposta, em que o investidor tenta prever quanto a moeda pode valer algum tempo para frente.
Operação Forex: essa é a sigla para Foreign Exchange Market. Sendo assim, o Forex é um mercado de especulação. Nele, investidores negociam as moedas de forma eletrônica e sem interrupções. O Brasil, no entanto, não possui corretoras autorizadas para operar esse mercado. Mesmo assim, é possível atuar nele seguindo trâmites legais para se investir no exterior.
Mercado Futuro
O mercado futuro é o ambiente do mercado financeiro em que são feitas negociações de compra e venda que serão realizadas apenas no futuro.
Os produtos negociados são vários:
Negociam-se os contratos parcialmente e não pelo valor total, o que aumenta a possibilidade de participação. Além disso, não existe a entrega de produto. O que se compra, de fato, é o direito sobre a variação de valor sobre ele.
Assim como em títulos de investimento e no mercado de ações, o ativo muda de preço conforme a oferta e a procura.
No mercado futuro, os produtos são negociados em lotes mínimos. Para começar o investimento, é necessário ter uma margem de garantia, uma espécie de caução. Isso faz com que o investidor demonstre ter capacidade de arcar com as oscilações do mercado.
Veja outras características do mercado futuro:
- Contratos têm ajustes diários;
- Alta liquidez;
- Ativos podem ser negociados a qualquer instante;
- Negociação ocorre apenas na Bolsa.
Denominamos os valores negociados de preços futuros à data do vencimento. Ou seja, se um contrato de café é negociado a R$ 50,00 a saca para setembro de 2019, dizemos que o preço futuro do café para setembro é de R$ 50,00.
Esse preço futuro equivale ao preço à vista somado aos custos de carregamento da mercadoria até a data de vencimento.
Esse é um tipo de mercado que apresenta ótimas oportunidades. Por outro lado, também existem riscos. Até por isso, a indicação é apenas para investidores mais experientes e familiarizados.
Mercado de balcão
É um mercado secundário onde os investidores realizam negócios com participações societárias em empresas que não possuem ações em bolsa de valores.
Como dissemos, a abrangência do conceito de mercado financeiro pode ser bastante extensa e envolve uma série de empresas, instituições e até mercados distintos.
Dentro do mercado de capitais brasileiro, é normal existir a divisão dos investimentos em duas categorias distintas: a renda variável e a renda fixa.
A renda fixa, como muitos conhecem, é onde ocorrem os investimentos que possuem rendimentos muito mais estáveis e pré-determinados.
Já a renda variável, ou bolsa de valores, é o ambiente onde encontramos as ações, opções e derivativos. Contudo, a bolsa de valores ainda é muito pouco utilizada em nosso país. Principalmente quando comparada a outras nações, como os Estados Unidos.
Além dos mercados mencionados, há também os principais investimentos contidos neles. Eles são divididos em dois grandes grupos, os de renda fixa e aqueles de renda variável. Veja mais detalhes sobre eles a seguir:
Mercado de Renda Variável

Investimento em renda variável é aquele em que a rentabilidade não é conhecida no momento da aplicação do dinheiro.
Ou seja não há garantia de quanto será a rentabilidade do investimento. Nesses casos, o investidor pode ter lucro ou prejuízo no final do período.
É importante mencionar que o investidor desse mercado precisa estar bastante cético quanto a promessas de dinheiro fácil, pois é bastante comum observarmos promessas de retornos extraordinários em um curto espaço de tempo. Fato que, obviamente, não acontece na realidade.
Ações na bolsa de valores
Ações são uma parte de uma empresa. Dessa forma, ao comprar ações, o investidor se torna sócio da instituição.
Como dono da empresa, o investidor tem direito a dividendos e espera que o patrimônio se valorize. Só que para que isso aconteça, muitos fatores devem existir.
Os valores das ações podem subir, descer ou se manter estáveis. Portanto, trata-se de um ativo, que não conta com garantia de valorização.
Até por conta disso, é importante que a seleção das ações a serem compradas seja feita após muito estudo. O ideal é avaliar os riscos, sempre buscando pela melhor oportunidade.
Nesse sentido, antes da decisão, a grande dica é ver o histórico dos resultados e conhecer fatores que podem impactar no sucesso do negócio. No ebook Como Analisar uma Ação, você tem essas e muitas outras informações valiosas para fazer o melhor investimento. É de graça.
Fundos imobiliários
Os Fundos de Investimento Imobiliários, também conhecidos pela sigla FII, são um fundo financeiro que tem como objetivo colocar o dinheiro em ativos imobiliários.
Existem dois tipos. Os chamados fundos de tijolo, que investem em imóveis de fato e conseguem rendimentos por meio da venda das unidades adquiridas ou através da renda de aluguéis.
O outro tipo é o fundo de papel, que investe em títulos como LCI, LCA e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Nos dois casos, podemos considerar que o investimento é de renda variável. Isso ocorre porque o valor de mercado dos imóveis oscila conforme passa o tempo. O mesmo acontece com a renda dos aluguéis.
Fiagro
Semelhante aos fundos imobiliários, o Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), é um tipo de fundo, que investe, predominantemente, em ativos associados ao agronegócio.
Ou seja, dentro do Fiagro, temos fundos que investem em propriedades agrícolas, valores mobiliários, cotas e direitos creditórios do agronegócio .
Portanto, ao considerar a força do setor no Brasil, os Fiagro’s representam uma chance, para o brasileiro, de aproveitar os lucros oriundos de um dos segmentos da economia mais pujantes.
Desse modo, como as cotas dos Fiagro’s são negociadas em bolsa, esse investimento também é considerado de renda variável.
Opções e derivativos
As chamadas opções são contratos em que se negocia o direito de compra e venda de um lote de ações por um preço fixo. Nesse mercado, o investidor tem o direito de executar a compra ou venda, mas não é obrigado a fazer isso.
Essa é uma alternativa de investimento utilizada como instrumento de alavancagem ou hedge. Ou seja, os derivativos são utilizados como proteção contra as variações de preços de um ativo.
Vamos imaginar que um investidor faz uma opção de compra futura de determinada ação a R$ 100. No dia do vencimento, o preço de mercado da ação chegou a R$ 120. Assim, o investidor executa a opção de compra no valor combinado de R$ 100,00 e lucra R$ 20.
Agora, se o preço de mercado tiver caído para R$ 80, a opção não deve ser exercida.
O mercado de opções e derivativos possui mais riscos e por isso, é indicado apenas para quem acompanha as negociações de perto.
Mercado de Renda fixa

Investimento em renda fixa é aquele em que existe a possibilidade de se prever quanto haverá de rendimento e quais índices e taxas serão aplicadas. A rentabilidade pode ser pós ou prefixada.
CDB
CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um tipo de investimento que é atrelado a títulos de dívida de instituições bancárias
Como toda aplicação da categoria de renda fixa, existe um prazo de investimento. Quando esse momento é alcançado, o valor investido é devolvido com o acréscimo de juros.
A rentabilidade vai seguir o que tiver sido contratado e pode ocorrer de forma pós fixada, prefixada ou híbrida.
Na comparação entre bancos grandes e pequenos, esses últimos pagam taxas maiores. Isso ocorre porque bancos de tamanho menor têm mais dificuldade para captar recursos. Dessa forma, remuneram o investidor com juros melhores.
Investimentos em CDB são garantidos pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito. Essa é uma entidade privada, cuja principal função é proteger o investimento dos investidores.
Caso o banco ou a corretora quebrem, ou peçam falência, créditos de até R$ 250 mil reais estão garantidos aos investidores. Por último a cobrança de imposto de renda do CDB é feita por meio da tabela regressiva.
Tesouro Direto
Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros no mercado atualmente. Apesar de não estar na lista do FGC, o risco é baixo pois a garantia é do próprio Tesouro Nacional.
No sistema do TD, é possível encontrar papéis pré-fixados e também os pós-fixados. As compras dos títulos são feitas por meio da internet. O investimento mínimo é de R$ 30.
LCI e LCA
Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio (LCI e LCA) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. As empresas emitem papéis para financiar dois segmentos da economia: valores de créditos imobiliários e do agronegócio.
A rentabilidade contratada pode ser pós-fixada ou prefixada. O indexador, em geral, é o CDI. O investimento é isento de imposto de renda. A liquidez, no entanto, é baixa.
O prazo para resgate varia entre seis meses e um ano. Portanto, este investimento é mais indicado, para quem não precisa resgatar os valores a qualquer momento.
CRI e CRA
CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio, respectivamente). são títulos com características semelhantes às do LCI e LCA.
A diferença é a emissão ser feita por companhias securitizadoras e não por bancos. Além disso, os CRI’s e CRA’s não fazem parte da lista de investimentos garantidos pelo FGC.
Dessa forma, os certificados têm risco elevado e pagam uma rentabilidade maior. Indicados para aplicações de longo prazo, os certificados estão disponíveis nas categorias prefixado ou pós-fixado.
Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio é um título de renda fixa emitido por empresas financeiras. Em geral, os rendimentos superam os de outras categorias porque as empresas de menor porte emitem os papéis. O pagamento de imposto de renda segue a tabela regressiva.
Debêntures
Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas do formato Sociedade Anônima. Comparado aos demais ativos de renda fixa, o risco associado às debêntures é maior. Além disso, essa aplicação não está protegida pelo FGC. Por outro lado, a rentabilidade costuma ser superior.
Poupança
A caderneta de poupança é a aplicação financeira com mais clientes no Brasil. Dessa maneira, a poupança possui liquidez diária e conta com isenção de imposto de renda. No entanto, considera-se o rendimento muito baixo em comparação com as demais aplicações disponíveis no mercado financeiro.
Por conta da fórmula utilizada, a poupança costuma render menos do que a inflação, em alguns momentos.
Existem alguns participantes do mercado financeiro muito importantes e fundamentais para o seu bom funcionamento. Veja abaixo quais são esses participantes:
O Banco Central ou Bacen é uma autarquia federal ligada diretamente ao Ministério da Fazenda. Muitas vezes, reconhecem-no como o ‘banco dos bancos’ por conta de suas funções.
Assim é o Bacen o órgão responsável por autorizar e supervisionar o funcionamento das instituições financeiras que atuam em território brasileiro. Também faz parte de suas funções o monitoramento do mercado de crédito.
Outras atribuições desse banco são executar políticas monetárias, emitir papel moeda e garantir o equilíbrio do mercado.
Desse modo, os Bancos Comerciais trabalham na intermediação de operações de créditos. Ou seja, são essas instituições que vão liberar crédito às pessoas físicas e jurídicas, ampliando o consumo e os investimentos de famílias e empresas.
Já as Corretoras e Distribuidoras trabalham para facilitar a compra e venda de ativos dentro do mercado. Nesse sentido, são elas que vão intermediar as negociações entre investidores e emissores de títulos no mercado. Sendo que é através das corretoras que o investidor terá acesso a bolsa de valores, por exemplo.
Assim, os Investidores Individuais e Institucionais são formados por Pessoas físicas, fundos de investimento e hedge funds. É com ajuda dos investidores que todo o mercado financeiro consegue se financiar e movimentar bilhões de reais todos os dias.
E por fim, temos a CVM, Comissão de Valores Mobiliários. A instituição é uma entidade vinculada ao Ministério da Fazenda. Tem como principal função desenvolver, normatizar, fiscalizar e disciplinar o mercado de valores mobiliários (ações, debêntures, contratos futuros e cotas de fundo de investimento) no Brasil.
Sendo assim, é a CVM, a responsável por garantir que as operações ocorram de forma correta e desse modo, fiscalizar os participantes, evitando fraudes e manipulações. Essa entidade supervisiona outras instituições como:

O mercado financeiro brasileiro funciona de forma sincronizada através de uma rede complexa que envolve todos os principais agentes econômicos nacionais. Ou seja é através dos investidores, instituições financeiras, órgãos públicos e demais participantes que o mercado financeiro nacional funciona.
Mas, dentro desta complexa rede existe uma instituição extremamente importante e vital ao bom funcionamento dos mercados, ela é a bolsa de valores, a B3.
A B3 trabalha na organização, manutenção e emissão de novos títulos. Portanto, desde títulos de renda fixa até os de renda variável são de responsabilidade da B3. Sem falar que a bolsa de valores também é responsável por intermediar as negociações entre investidores e emissores de títulos.
Nesse sentido a B3 também atua na intermediação das negociações de dois importantes investimentos que atraem milhares de investidores, eles são as letras do Tesouro Direto e os fundos de investimento.
Segundo pesquisa realizada em 2024 pela própria bolsa de valores, 9% dos investidores possuem mais da metade da carteira alocada em fundos de investimento imobiliário. Enquanto o programa do Tesouro Direto conta com mais de 30 milhões de pessoas cadastradas, de acordo com dados divulgados pelo site da Fazenda, em 2024.
O mercado financeiro nacional está em constante evolução. Anos após ano, novas tecnologias são empregadas e mudanças importantes acontecem. Desse modo, conheça a seguir algumas importantes tendências do mercado financeiro:
Drex (Real Digital): O Drex é a primeira moeda digital do Brasil. Sendo que ela surge com um grande potencial para facilitar as transações financeiras e pagamentos. Assim, o Drex utiliza uma estrutura em blockchain, proporcionando mais segurança aos usuários, evitando fraudes e ataques de hackers. Há estimativas que o Banco Central possa lançar a moeda digital ainda em 2025.
Finanças Verdes: Na busca por desenvolver um mundo mais sustentável, o mercado financeiro tende a beneficiar as finanças verdes. Desse modo, empresas e instituições que possuem projetos ESG, estão crescendo e ocupando um espaço cada vez maior no mercado.
Reativação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro: Durante anos, a B3 foi a única bolsa brasileira, defendendo um monopólio no mercado de capitais brasileiro. Contudo, a Base Exchange pretende reativar a bolsa do Rio de Janeiro, abrindo uma grande concorrência com a B3. Fato que pode beneficiar os investidores. Neste primeiro momento, a Base está realizando testes em seus sistemas, junto a CVM e ao Banco Central. Mas até o final de 2025, a nova bolsa pretende iniciar suas operações. Destacando que neste primeiro momento, a Base vai atuar no mercado de ações, aluguel de ações e cotas de fundos de investimento.
Tecnologias Financeiras (Fintechs e Open Finance): As Fintechs surgiram e possibilitaram que milhares de brasileiros tivessem acesso ao mercado financeiro. Junto deste movimento, os custos e taxas de diversos produtos e serviços bancários também foram reduzidos. Porém, esse movimento ainda não terminou, e as fintechs, junto do Open Finance estão empregando novas tecnologias em busca de melhorar a experiência do investidor.
Quem busca realizar investimentos no mercado financeiro terá que seguir alguns passos para conseguir, de forma segura, conduzir suas negociações.
Assim, o primeiro passo é definir quais são os objetivos. Por exemplo, o investidor pretende construir uma nova fonte de renda? Quer poupar recursos para fazer a aquisição de algum bem como um imóvel, veículo dentre outros? Está planejando construir sua aposentadoria? Definir um objetivo é essencial, uma vez que dependendo do objetivo, o investidor terá que traçar uma determinada estratégia para alcançá-lo.
Em seguida é hora de abrir uma conta em uma corretora e conhecer qual é o perfil do investidor. Nesse sentido, antes de abrir a conta em qualquer corretora, procure aquela que possui as menores taxas e que tenha a melhor segurança, além de uma boa interface para investir e acompanhar a evolução da carteira.
Assim, com a conta aberta é hora de identificar o perfil do investidor. É por meio desse perfil que as instituições financeiras vão oferecer os produtos financeiros mais interessantes para o investidor. Dentre os perfis há: conservador, moderado e arrojado. Sendo que o conservador é considerado o perfil que tem a menor tolerância ao risco, moderado possui uma tolerância média e o arrojado é o perfil que está mais disposto a tomar risco.
Depois é o momento de conhecer mais sobre os produtos existentes no mercado financeiro, como os ativos de renda variável e fixa.
E para finalizar é hora de colocar em prática a sua estratégia, comprando os ativos e iniciando a construção da carteira.
No sistema capitalista, o mercado financeiro é essencial. Sem ele, praticamente todas as operações financeiras de um país e do mundo seriam bloqueadas quase que imediatamente. Portanto o mundo atual precisa do mercado financeiro funcionando. Mas isso não significa que o mercado não tenha suas desvantagens. Vamos conhecer quais são as vantagens e desvantagens.
Entre as vantagens, temos o acesso a diversas opções de investimentos, como produtos de renda fixa e variável, além do potencial valorização e diversificação da carteira de investimentos. Ou seja, o mercado financeiro oferece liquidez e um potencial de ganho muito vantajoso.
Assim, em questão de semanas, o investidor pode auferir ganhos compatíveis ou superiores à rentabilidade proporcionada pela taxa de juro ou até mesmo por empresas, por exemplo.
Por outro lado, as desvantagens estão associadas à volatilidade dos mercados. Querendo ou não, o mercado financeiro depende da interação entre investidores e isso, pode gerar volatilidade e fortes oscilações em momentos de crise e turbulência dos mercados globais.
Além disso, todas as pessoas que pensam em investir no mercado financeiro precisam ter um conhecimento prévio sobre ele. Infelizmente, não há como auferir ganhos no mercado financeiro sem conhecimento. O acompanhamento dos investimentos também se vê necessário. Portanto, não há como investir e “esquecer a carteira na corretora”. O investidor deverá acompanhar a evolução da carteira para alcançar bons resultados.
Devido à globalização, praticamente todos os mercados financeiros estão conectados entre si. Então, as oscilações de um mercado em específico, podem gerar volatilidade nos demais.
Desse modo, as políticas de juros, avanços tecnológicos e as crises econômicas podem influenciar os mercados, trazendo ganhos ou prejuízos aos investidores.
Por exemplo, a crise hipotecária de 2008 que aconteceu nos Estados Unidos gerou turbulências em todo o mundo. Apesar de ter sido uma grande crise norte-americana, em 2008, o Ibovespa perdeu mais de 41% do seu valor. Coisa semelhante ocorre em 2020, na pandemia da COVID-19. Neste evento que trouxe prejuízos no mundo inteiro, o Ibovespa perdeu no primeiro trimestre de 2020, um pouco mais de 39% do seu valor.
Portanto, os investidores precisam estar cientes que diversos fatores podem influenciar os mercados, como crises regionais, pandemias e guerras.
Assim, para evitar grandes prejuízos, os investidores podem recorrer à diversificação, adquirindo diferentes tipos de ativos que podem reduzir as perdas em caso de forte volatilidade nos mercados.
Outra forma de mitigar os prejuízos é acompanhando as tendências do mercado e se antecipando a elas. Apesar da dificuldade em conseguir se antecipar, o acompanhamento pode ser essencial, para que o investidor possa tomar algumas medidas a fim de reduzir eventuais prejuízos.
O tema mercado financeiro é inesgotável. São muitos aspectos diferentes que podem ser desenvolvidos. Por isso, quem quer saber mais deve ter contato com alguns livros que tratam do assunto.
- Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds – Charles MacKay: traz relatos de bolhas e as histerias que assolam os mercados. Mesmo com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, o comportamento humano se mantém o mesmo.
- More Money Than God – Sebastian Mallaby: traz um histórico dos hedge funds, um dos segmentos importantes do mercado financeiro.
- Faça Fortuna Com Ações – Décio Bazin: o livro retrata o passado da bolsa de valores e seus gloriosos pregões. Em linguagem acessível, o autor oferece uma abordagem racional para selecionar empresas.
- Fora Da Curva – Pierre Moreau: neste livro, diversos investidores contam sobre seus sucessos e fracassos. Uma das grandes contribuições dessa obra é mostrar que o mercado financeiro não é um jogo de azar.
- O Investidor Inteligente – Benjamin Graham: escrito por um dos maiores consultores de investimento do mundo, este livro aborda o conceito de valor de investimento. Além disso, ensina a desenvolver estratégias para aplicações a longo prazo.
A partir do que foi exposto podemos dizer que o conceito do mercado financeiro é bastante amplo e vale a pena ser estudado com mais profundidade em cada uma das suas vertentes.
O mercado financeiro é um ambiente enorme, dividido em diversos outros mercados, como o cambial, monetário, de crédito, capitais, derivativos, futuros e de balcão.
Sendo que hoje, o mercado financeiro é muito acessível e qualquer investidor que tenha ao menos R$ 1,00, já pode investir em algum produto financeiro, com os de renda fixa ou variável.
Mas para evitar perdas e eventuais surpresas ao investir no mercado financeiro é importante que o investidor acompanhe a evolução de sua carteira, como também se mantenha atualizado, sempre buscando mais conhecimentos sobre os ativos existentes. Ficar atento às tendências do mercado também é fundamental.
Desse modo, para conhecer mais sobre economia, investimentos e finanças pessoais, veja os conteúdos da Suno.
Se você tem dúvidas sobre o mercado financeiro, deixe uma pergunta abaixo que já vamos lhe responder.
O que é mercado financeiro?
Mercado financeiro é o espaço onde ocorrem negociação de títulos, moedas, ações, derivativos e mercadorias. Um mercado financeiro pode ser geral ou então especializado.
Cada país possui seu próprio mercado. No entanto, as negociações não são restritas e há intensa participação externa.
Como começar a investir no mercado financeiro?
Há diversas formas de fazer investimento no mercado financeiro. O primeiro passo é começar a poupar. Na sequência, é importante estudar quais são os ativos disponíveis. Depois, é fundamental a elaboração de um plano de investimentos.
Você pode escolher aplicar dinheiro em renda fixa, renda variável ou mesclar os dois tipos. O aporte inicial não precisa ser grande.
É seguro investir no mercado financeiro brasileiro?
Todo investimento envolve uma série de riscos. No Brasil, algumas questões macroeconômicas podem interferir como: inflação, juros, câmbio, mudanças na política e legislação.
Para ter mais segurança, é importante que o investidor estude e diversifique suas aplicações.
Quem quer fugir ao máximo de eventuais problemas, há alternativas. A solução pode ser optar por alguns investimentos de renda fixa que possuem garantia do FGC. Em caso de fechamento ou falência da instituição, aplicações de até R$ 250 mil reais estão protegidas.
O que é renda fixa?
Investimentos em renda fixa são aqueles que oferecem previsibilidade com relação ao rendimento. Como por exemplo, o Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA e Debêntures.
Nesses casos, o rendimento pode ser pré, pós-fixado, ou híbrido.
O que é renda variável?
Os investimentos em renda variável são aqueles em que não se sabe qual será a rentabilidade no momento em que o dinheiro é aplicado. Ações da bolsa de valores, opções e derivativos são exemplos desse tipo de investimento.
Como se trata de renda variável, o investidor pode ter lucro ou prejuízo. Por isso, a indicação no mercado financeiro é sempre pensar a longo prazo.