O mercado de ações é uma das principais ferramentas da economia brasileira, sendo responsável por atrair investimentos e fomentar o crescimento do país. Desde sua criação, o mercado de ações brasileiro passou por diversas transformações, se consolidando como um dos mais importantes da América Latina.
Neste artigo, vamos explorar o mercado de ações no Brasil, desde o que é o mercado de ações até como começar a investir nele. Se você está interessado em entender como o mercado de ações se tornou um pilar da economia brasileira, continue lendo para descobrir tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
O mercado de ações é o ambiente de negociações onde investidores, através das bolsas de valores, realizam operações de compra e de venda de suas participações acionárias de empresas que possuem capital aberto (as famosas S/A, ou Sociedades Anônimas). Isto além de títulos de dívidas dessas empresas e outros ativos relacionados às mesmas.
Vale destacar que por conta do seu dinamismo e sofisticação, o mercado de ações é, atualmente, um dos principais componentes e vetores que qualificam os pilares relacionados à conjuntura de livre mercado de uma economia. Afinal, nele os agentes podem negociar livremente seus ativos de forma instantânea e descentralizada.
Entre esses ativos negociáveis no mercado de ações, os principais são:
- Ações;
- Opções;
- ETFs (Exchange Traded Funds);
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
Vale destacar, ainda, que compreender a dinâmica do mercado de ações é fundamental para toda e qualquer pessoa. Independente da conjuntura econômica e das flutuações das taxas de juros, ter conhecimento sobre o mercado de ações é essencial para alcançar sucesso nos investimentos e obter uma valorização de patrimônio no longo prazo.
Por meio da análise de empresas, setores e indicadores econômicos, é possível identificar boas oportunidades de investimento e construir uma carteira de ações sólida e rentável.
Em outras palavras, o mercado de ações pode ser muito importante para que poupadores potencializem ganhos ao longo do tempo, formando um patrimônio que seja capaz, por exemplo, de gerar uma renda passiva suficiente para arcar com seus custos de vida.
Essa já é uma estratégia já muito utilizada em outros países, nos quais a população já entendeu o poder e a importância do investimento no mercado de ações. Nos Estados Unidos, cerca de 56% da população economicamente ativa investe na Bolsa, enquanto no Brasil esse número fica próximo de 3%
Existem diversos tipos de ações, todas elas com suas características próprias. Para saber em qual tipo de ação vale a pena investir, é preciso entender suas particularidades.
Primeiramente, existem as ações ordinárias, que são aquelas que dão direito a voto na assembleia de acionistas. Elas possuem a terminação de seu código com o número 3 (por exemplo: ITUB3).
Por outro lado, existem também as ações preferenciais, que pagam mais dividendos aos acionistas, mas não permitem que o acionista tenha voto na assembleia.
Essas ações podem vir com diversas numerações dependendo da quantidade a mais nos dividendos, mas as mais comuns são 4 e 6 (por exemplo: PETR4 e CPLE6).
Há, por fim, as units, que nada mais são do que um pacote com ações, tanto ordinárias quanto preferenciais. A quantidade de ações varia de empresa para empresa, mas elas sempre terminam com o número 11.
Por exemplo: a unit da Taesa possui o código TAEE11 e consiste em um pacote com 1 ação ordinária e 2 ações preferenciais. Já a unit da Klabin, a KLBN11, possui 4 ações preferenciais e 1 ordinária.
Para escolher o tipo de ação que é mais recomendado, o investidor deve saber se prefere ter poder de voto na assembleia, se deseja receber mais dividendos, ou pode ainda optar pela opção mais líquida (especialmente para quem tem muito patrimônio).
De fato, muitos investidores se questionam o porquê de uma empresa realizar a oferta pública de suas ações. Afinal, por que os controladores não prefeririam ficar com a totalidade da empresa?
O motivo é simples: por meio da venda de ações, as empresas podem aumentar o seu caixa e, assim, manter e expandir suas operações.
Ou seja: o IPO pode se tratar de uma estratégia de crescimento muito interessante para os gestores da companhia. Apesar do percentual dos controladores diminuir, a empresa ficará maior.
Além disso, o dono da empresa pode vender parte de suas ações para diversificar seu patrimônio e deixar de ter boa parte de seu capital atrelado a uma só companhia. Assim, ele pode investir em renda fixa, outras ações ou deixar como reserva de emergência.
Há também fundos e investidores de capital de risco que só acompanham as empresas em seus estados iniciais.
Assim, quando essas empresas abrem capital, esses investidores se desfazem de suas posições acionárias e realizam o lucro, buscando a partir de então outras oportunidades para investir.
O mercado de ações é, sem dúvida, um dos vetores mais importantes para o desenvolvimento da humanidade. Afinal, é com ele que as companhias conseguem captar recursos para financiar a criação de novos produtos, serviços e tecnologias.
Imagine, por exemplo, um cenário hipotético em que o mercado de ações nunca tenha existido. Neste caso, a Apple (AAPL34), a Microsoft (MSFT34), o Google (GOGL34), e todas as outras empresas de capital aberto com negociação na bolsa seriam companhias de capital fechado, o que dificultaria o investimento de fundos de investimentos e de outros investidores nessas empresas.
Neste cenário hipotético, as companhias teriam muita dificuldade de captar dinheiro com sócios. Afinal, não seria possível realizar um processo de follow-on ou de abertura de capital (IPO) com emissão primária de ações para milhões de diferentes investidores no mercado de ações.
Por isso, se essas companhias precisassem de capital para investir em crescimento, em produtos ou em tecnologia, teriam que captar esse dinheiro com bancos, possuindo limitações e custos. Em outras palavras, essas empresas teriam uma importante opção de financiamento a menos.
Portanto, podemos afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que as empresas que conhecemos hoje não seriam o que são sem o mercado de ações. Nesse sentido, talvez a Apple não tivesse desenvolvido o iPhone, ou a Microsoft não teria conseguido desenvolver tão bem o Windows.
Esses são apenas alguns exemplos. Agora imagine o impacto da inexistência do mercado de ações para todas as empresas de capital aberto que conseguiram se financiar por meio do mercado de ações. A humanidade, sem dúvida, não seria a mesma.
Para entender como funciona o mercado de ações, os investidores devem conhecer e saber as características de cada um dos mercados integrantes. São eles: o mercado primário, o secundário e o mercado balcão.
A seguir, as principais características e como acontece o funcionamento de cada um desses três tipos de mercados.
1. Mercado primário
O mercado primário é o mercado em que empresas podem negociar com as empresas. Suponha, por exemplo, que uma companhia deseje realizar um grande projeto, mas que para isso ela necessite de um grande volume de capital.
Caso essa empresa não deseje pegar todo esse capital emprestado, por meio de dívidas, ela pode ir ao mercado primário e emitir novas ações da empresa. E como é a própria empresa que emite as novas ações, o dinheiro das vendas é destinado para o seu caixa, podendo ser utilizado para o empreendimento proposto.
Nessa situação, o investidor que comprou as novas ações emitidas no mercado primário acabou negociando diretamente com a companhia. Com isso, a negociação se deu no mercado primário, ao contrário das outras negociações, as quais acontecem no mercado secundário.
2. Mercado secundário
Diferente do mercado primário, no mercado secundário as negociações não acontecem entre os investidores e as empresas, mas única e exclusivamente entre os investidores. Com isso, ao comprar uma ação nesse mercado, o dinheiro da venda não vai para a empresa, mas para o antigo investidor que tinha a posse do papel.
Vale destacar que é no mercado secundário onde ocorre a maioria das negociações dos ativos do mercado de ações. Além disso, é possível afirmar também que o mercado secundário é responsável por dar liquidez (capacidade de negociação) para os ativos emitidos no mercado primário pelas companhias.
Afinal, é no mercado secundário é o ambiente onde os investidores compram e vendem ativos que já foram, na ocasião do mercado primário (ou oferta primária), emitidos pelas empresas em momentos anteriores. O mercado secundário é, portanto, a conjuntura em que a maioria das pessoas acredita que, de fato, se define o mercado de ações.
3. Mercado balcão
Não há como falar em mercado de ações sem citar, claro, o mercado balcão. Esse mercado é menos conhecido por parte dos investidores, mas também é um ambiente em que ações e outros ativos podem ser negociados, assim como na bolsa de valores.
Contudo, ao contrário da bolsa, o mercado balcão é mais flexível e menos rigoroso nas negociações. Uma das principais características desse mercado é que quando há uma negociação entre dois investidores, os demais não precisam ficar cientes de quais foram as condições de preço estabelecidas.
Pode-se dizer, portanto, que no mercado balcão as negociações não são tão transparentes como na bolsa de valores, justamente pela menor regulamentação e pela maior flexibilidade possibilitada. Apesar de parecer estranho, esse tipo de mercado é muito importante para o mercado de ações.
Isso porque muitas companhias ficam de fora da bolsa de valores pelos altos custos para listagem em um mercado com tantas exigências e regulamentações. Então, uma alternativa para essas empresas terem acesso aos investidores (normalmente mais experientes) é por meio do mercado balcão.
Após conhecer os diferentes tipos de mercados, é fundamental entender também quem participa do mercado de ações e de que forma, e com qual objetivo, essa participação de cada um dos agentes acontece.
Basicamente, os agentes de mercado são os negociadores, os reguladores e os investidores. Abaixo, as funções e o objetivo de cada um desses três principais agentes do mercado de ações.
Negociadores
Os negociadores do mercado de ações são as bolsas de valores, as quais são as responsáveis por intermediar as transações financeiras e a troca dos ativos entre os diferentes investidores.
Em alguns países, como nos Estados Unidos, o mercado de ações pode conter mais de um negociador (bolsa de valores). Isto faz com que haja uma competição maior no mercado e que as empresas e os investidores possam escolher em qual bolsa atuar.
No Brasil, contudo, há apenas uma bolsa de valores, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Antes conhecida como Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, a B3 – que possui sede na cidade de São Paulo (SP) – é a única bolsa de valores de mercadorias e futuros em operação atualmente no país.
Isso significa que todas as companhias de capital aberto no Brasil devem abrir capital nessa única empresa. Além disso, destaca-se que, curiosamente, a própria bolsa de valores do Brasil possui negociação na bolsa pelo ticker B3SA3 (código de negociação da ação da B3).
Algumas das outras bolsas de valores do mercado de ações mundial são:
- NYSE (bolsa de Nova York);
- NASDAQ (bolsa americana que concentra empresas de tecnologia);
- LSE (bolsa de Londres);
- TSE (bolsa de Tokyo).
Reguladores
Os reguladores do mercado de ações são fundamentais para o bom funcionamento do mercado. Afinal, eles fiscalizam as negociações para evitar, por exemplo, o acontecimento de Insider Trading (negociações em que há o uso de informações privilegiadas).
Além disso, os reguladores também são responsáveis por fiscalizar as companhias com ações na bolsa, verificando o cumprimento, por parte delas, das exigências específicas para empresas de capital aberto. Isto para proteger o investidor minoritário, que não possui controle sobre a companhia e que precisa de ser resguardado por alguma instituição.
É importante mencionar, ainda, que o mercado de ações do Brasil possui o controle por uma autarquia especial através de um órgão ligado ao governo federal. Essa entidade é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A organização é responsável por disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobiliários. Além disso, vale destacar que a instituição está ligada ao Governo Federal pelo Ministério da Economia. Pode-se conferir o mapa estratégico com o impacto, resultados e objetivos da CVM abaixo:
Investidores
Por fim, outro agente de mercado fundamental para o funcionamento do mercado de ações é, claro, o investidor. Afinal de contas, sem eles os ativos não possuiriam negociação, o que dispensaria a necessidade dos participantes acima elencados.
Vale destacar, ainda, que dentro da categoria de investidores do mercado de ações também existem diferentes agentes. São eles os investidores:
1. Investidores individuais
Os investidores individuais, também conhecidos por investidores de varejo, basicamente são as pessoas físicas que investem na bolsa. Historicamente, essa classe de investidores tinha pouca relevância e participação no volume de negociações da bolsa.
Contudo, com a queda sistemática da Taxa de Juros do Brasil, a Taxa Selic, do início de 2017 (quando estava 14,25% a.a.) até meados de 2020 (quando ficou próxima de 3% ao ano), os investidores individuais acabaram entrando com força nas negociações da bolsa de valores, alcançando os investidores institucionais.
Para se ter uma ideia, em maio de 2020, os investidores individuais representaram 23,06% do volume de compras e vendas da bolsa, contra um percentual de 23,58% para os investidores institucionais. Um grande progresso, como pode ser observado na tabela abaixo disponibilizada pela B3:
2. Investidores institucionais
Os investidores institucionais, tão citados no tópico anterior, são também muito relevantes para o bom funcionamento do mercado de ações. Afinal, por conta do grande volume negociado por eles, a liquidez do mercado (volume de negociações) aumenta.
Entre esses investidores institucionais podemos citar, por exemplo:
Grandes companhias;
Hedge Funds;
Seguradoras;
Fundos de investimentos;
Fundos de pensão.
3. Investidores estrangeiros
Por último, mas não menos importante, estão os investidores estrangeiros. A relevância desses investidores é tremenda no mercado de ações brasileiro, afinal eles são os responsáveis pelo maior volume de negociação dos ativos, tendo uma fatia que fica sempre próxima de 40 e 50% do total.
Um ponto importante a ser ressaltado em relação aos investidores estrangeiros no mercado de ações brasileiro é como o mercado observa as movimentações desse agente do mercado. Não é raro, nesse sentido, ver notícias e chamadas dizendo que os investidores estrangeiros “sacaram” ou “ingressaram” com tantos bilhões de reais na bolsa.
Esse tipo de notícia é utilizada como uma espécie de “termômetro” pelo mercado para tentar decifrar a expectativa desses investidores com relação ao mercado de ações brasileiro. Então, quando os investidores retiram dinheiro, identifica-se um pessimismo; e quando eles ingressam com capital, verifica-se um otimismo com relação ao futuro.
Tendo em vista as informações passadas, se torna necessário, também, conhecer um pouco melhor sobre os ativos negociados no mercado de ações.
Nesse sentido, abordaremos as ações, as opções, os ETFs e os BDRs.
Ações
O primeiro, e também mais importante, dos ativos negociados no mercado de ações são, obviamente, as próprias ações, também conhecidas como papéis. O termo “papel” vem do fato de que antigamente as ações eram negociadas em verdadeiros pedaços de papéis, como pode ser observado na imagem abaixo na ação da antiga Companhia Cervejaria Brahma:
Basicamente, os antigos pedaços de papel e as atuais ações negociadas eletronicamente representam uma pequena fração do capital social de uma empresa de capital aberto. Por conta disso, é possível afirmar que aquele que possui a ação de uma empresa é considerado sócio.
Os códigos das ações são códigos que permitem que investidores comprem e vendam seus ativos no home broker de sua corretora de valores.
Por exemplo: se o investidor quiser comprar uma ação da Ambev, basta ele procurar o ativo digitando ABEV3. Nesse caso, esse código representa a ação que a empresa negocia em bolsa.
Cada empresa tem seu próprio código para negociação no homebroker. Além disso, outros ativos possuem códigos diferentes. Por exemplo: BDRs têm código com o número 34, enquanto fundos imobiliários têm o fim com o número 11.
Por exemplo: o fundo imobiliário de logística da Credit Suisse tem o código HGLG11. Já os BDRs do Google têm o código GOGL34.
O investidor precisa digitar o código do ativo e selecionar o número de ações que pretende comprar ou vender. Assim, ele pode negociar seus ativos em bolsa.
Vale destacar, ainda, que existem algumas diferentes classes de ações que possuem características distintas. São elas as ações ordinárias, preferenciais e units.
1. Ações ordinárias
As ações ordinárias, também chamadas de ON, são todas aquelas ações que possuem o dígito 3 ao final do ticker (código de negociação). Basicamente, esses são os papéis que capazes de auferir direito a voto ao seu possuidor.
Por isso, quanto mais ações, mais votos o investidor terá nas votações que acontecem nas assembleias das empresas de capital aberto. Por outro lado, essas ações ordinárias (ON) não conferem ao investidor a preferência no recebimento de dividendos.
Alguns exemplos de ações ordinárias negociadas na B3 são:
- VALE3 (ação ordinária da Vale);
- PETR3 (ação ordinária da Petrobras);
- ITUB3 (ação ordinária do Itaú);
- BBDC3 (ação ordinária do Bradesco);
- CIEL3 (ação ordinária da Cielo);
- CVCB3 (ação ordinária da CVC).
2. Ações preferenciais
As ações preferenciais, também conhecidas por PN, são aquelas que, como o próprio nome diz, dão preferência aos investidores em algumas compensações. Esse tipo de ação pode terminar com o dígito 4 (mais comum) ou então com o dígito 5 e 6.
Entre as compensações prioritárias das ações preferenciais, a principal delas é a prioridade que o investidor possui no recebimento de dividendos da companhia. Essa vantagem, contudo, não existe sozinha.
Isso porque, apesar da preferência no recebimento de dividendos, as ações preferenciais, ao contrário das ordinárias, não auferem direito ao seu possuidor de voto. Em outras palavras, o investidor com ações PN não pode votar nas assembleias da companhia, devendo aceitar as decisões tomadas pelos investidores com ações ON.
Alguns exemplos de ações preferenciais negociadas na B3 são:
- ITUB4 (ação preferencial do Itaú);
- BBDC4 (ação preferencial do Bradesco);
- PETR4 (ação preferencial da Petrobras);
- ITSA4 (ação preferencial da Itaúsa);
- USIM5 (ação preferencial da Usiminas).
3. Units
Por último, as units são outro tipo de ações negociadas na bolsa. Basicamente, elas representam uma espécie de “pacote” fechado de ações ON e PN. Sendo que cada unit pode ter um número diferente de ações ordinárias e preferenciais.
Por exemplo, a unit da AES Tiete (TIET11) representa 1 ação ON + 4 ações PN. Por outro lado, a unit da Alupar (ALUP11) representa ação ON + 2 ações PN. E apesar de serem um pacote de ações, os papéis ordinários ou preferenciais não podem ser negociados individualmente.
Isso significa que o investidor que possui uma ação unit não pode desmembrá-la para vender separadamente as ações ordinárias ou preferenciais. Por fim, algumas das ações units negociadas na B3 são:
As opções fazem parte de outro tipo de ativo negociado no mercado de ações. Basicamente, as opções fornecem o direito do investidor comprar ou vender determinado ativo por um determinado preço em determinada data.
Ao adquirir uma opção, o indivíduo paga um determinado valor para ter o direito de comprar (para as opções de compra), ou o direito de vender (para as opções de venda) determinado ativo. Sendo que essas opções são conhecidas como:
Tanto as calls quanto as puts fazem parte daquilo que é conhecido no mercado como derivativos. Afinal, o desempenho das operações deriva (depende) da performance de outro ativo. Por exemplo, uma opção de compra da Petrobras vai derivar (depender), logicamente, do preço da ação da empresa.
1. Opções de compra (calls)
Nas opções de compra, as calls, o indivíduo investe acreditando que o preço da ação que a opção está atrelada subirá. Para entender como o ganho com as opções de compra funciona, suponha o seguinte:
Preço da ação hoje: R$30;
Preço alvo da opção: R$34;
Vencimento: em 2 meses;
Custo da opção de compra: R$0,18.
Neste caso, o investidor deve pagar 18 centavos pelo direito de compra da ação por 34 reais daqui a 2 meses, mesmo que hoje a ação esteja cotada a 30 reais. Suponha, então, que algumas semanas depois a ação esteja cotada a R$33,50. Com isso, o valor daquela opção de compra adquirida não será mais de 18 centavos, mas de, por exemplo, 47 centavos.
Esse aumento se deve pelo fato de que o preço alvo da ação (que era de 34 reais) se tornou mais factível, mais próximo de acontecer. Com isso, o investidor que comprou a opção por 18 centavos teria agora um ativo que é negociado a 47 centavos, tendo um lucro de 161%, enquanto a ação atrelada aquela opção obteve uma alta de apenas 15% (de 30 para 33,50 reais).
Por outro lado, caso a ação tivesse caído abaixo dos 30 reais, o preço da opção, que era de 18 centavos, teria sido reduzido. Neste caso, o investidor teria prejuízo, afinal o preço-alvo daquela ação ficou menos possível de ser atingido, por isso a opção valerá menos.
E na hipótese de o vencimento da opção chegar e a ação tiver sendo negociada por um valor abaixo do preço-alvo, então o investidor perde tudo, afinal o valor da opção vira pó (chega à zero). Isto porque o valor do direito de comprar um ativo por um preço maior do que o de mercado é zero.
2. Opções de venda (puts)
Já as opções de venda, as puts, funcionam com o raciocínio inverso. Afinal, aquele que compra esse tipo de opção está acreditando que o preço da ação a qual ela está vinculada irá cair no futuro.
O ganho neste tipo de opção, portanto, acontece com a queda nos preços dos ativos. Veja como isso pode acontecer no exemplo a seguir:
Preço da ação hoje: R$30;
Preço alvo da opção: R$25;
Vencimento: em 2 meses;
Custo da opção de venda: R$0,05.
Nesse caso, a pessoa que compra essa opção paga 5 centavos para poder vender uma ação por 25 reais daqui a 2 meses. Sendo que hoje a ação custa 30 reais. Pode parecer estranho, mas imagine que aquela realmente caia e chegue em 20 reais no vencimento da opção.
Nesse valor, de 20 reais, o dono da opção teria direito de vender um ativo por 25 reais, sendo que, no mercado, ele estaria sendo negociado por um valor muito inferior a esse. Com isso, o lucro da operação seria:
+ R$25,00 preço de direito de venda da ação;
– R$20,00 preço da ação no mercado;
– R$0,05 preço pago pela opção;
Lucro: 4,95.
Ou seja, o investidor teria um lucro de 4,95 por ação, tendo investido apenas 5 centavos naquela opção. Pode parecer tentador, mas esse tipo de situação é muito difícil de ocorrer e, ao longo do tempo, a maior parte das pessoas que se aventura no universo de opções acaba perdendo dinheiro com isso.
Não à toa, Warren Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos, disse:
“Derivativos são armas de destruição em massa das finanças”.
Os ETFs (Exchange Traded Funds) fazem parte de outro conjunto de ativos negociados no mercado de ações. Basicamente, eles podem ser considerados fundos de investimentos passivos, ao contrário dos fundos de ações de gestão ativa.
Essa diferença ocorre pelo fato de que cada ETF possui uma metodologia específica de investimento que deve ser seguida. Em outras palavras, o gestor do ETF não pode fazer stock picking (seleção de ações) com base nos seus próprios critérios e nas suas análises.
Ao contrário disso, o gestor deve seguir a metodologia de investimento do ETF e comprar apenas os ativos que se enquadram nesses critérios pré-estabelecidos. Por isso, a alocação do capital dos cotistas é considerada passiva. Afinal, não há um trabalho ativo de investimento, mas passivo, que segue critérios já definidos.
Vale destacar, ainda, que os ETFs são negociados em cotas no mercado de ações, na bolsa. Por isso, ao comprar uma única cota, o investidor se expõe a um grande número de ativos diferentes. Isto é, naqueles que se enquadram na metodologia de investimento do Exchange Traded Fund.
Alguns dos principais ETFs negociados na B3 (bolsa brasileira) e suas respectivas metodologias de investimento são:
- BOVA11 – investe nas ações do índice Ibovespa (IBOV);
- SMAL11 – investe nas ações do índice de Small Caps (SMLL);
- DIVO11 – investe nas ações do índice de dividendos (IDIV);
- FIND11 – investe nas ações do índice financeiro (IFIN).
Por último, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) fazem parte de outra classe de ativos do mercado de ações. Em suma, os BDRs representam uma espécie de ações de companhias estrangeiras negociadas no Brasil.
Isto da mesma forma que existem os ADRs (American Depositary Receipts), ações de companhias listadas fora dos Estados Unidos que podem ser compradas a partir de alguma bolsa de valores norte-americana. Este é o caso dos ADRs do Itaú, do Bradesco, da Petrobras e de tantas outras companhias brasileiras que podem ser investidas pelos EUA.
Da mesma forma que os americanos podem comprar ações dessas companhias brasileiras de capital aberto por meio do mercado acionário dos Estados Unidos e dos ADRs, os investidores brasileiros também podem investir neste tipo de ação estrangeira por meio da B3, investindo em BDRs.
Esses BDRs terão desempenho na bolsa brasileira atrelado à performance das ações “oficiais” das empresas na bolsa em que são negociadas. Isso significa que se a ação do Google subir na bolsa de NASDAQ, o BDR dessa companhia também tende a subir.
Essa tendência acontece porque o preço do BDR também fica atrelado ao câmbio. Afinal, os Brazilian Depositary Receipts são negociados em reais, enquanto as ações estrangeiras, em sua maioria, são negociadas em dólar nos Estados Unidos.
Por isso, se a ação nos EUA subir 1% e o dólar cair 1%, a cotação do BDR tende a se manter estável, por conta de um ganho de um lado e de uma perda de outro. Por fim, alguns dos BDRs negociados na B3 são:
- AAPL34 – BDR da ação da Apple;
- GOGL34 – BDR da ação do Google;
- DISB34 – BDR da ação da Disney.
Outro ponto importante ser conhecido pelos investidores diz respeito aos tipos de oferta do mercado de ações. Afinal de contas, existem diferentes formas pelas quais os ativos podem ser ofertados no mercado, por exemplo, por meio de um IPO ou de um follow-on.
IPO
O IPO é a sigla para Initial Public Offering, que significa oferta pública inicial de ações. Esse processo é o responsável por transformar uma companhia de capital fechado em uma empresa com capital aberto com ações negociadas na bolsa de valores.
Por isso, é possível dizer que todas as empresas que possuem ações na bolsa já passaram por um IPO em determinado momento de sua história. Sendo que é a partir dessa data que os investidores podem aproveitar para se tornarem sócios de negócios que antes nem todos poderiam investir.
Além disso, o IPO também é responsável por democratizar o investimento em empresas. Afinal, o custo unitário de uma ação na bolsa de valores é infinitamente menor do que o capital necessário para realizar um aporte e um investimento em uma companhia de capital fechado.
Vale destacar, por fim, que um IPO pode acontecer com uma oferta primária ou secundária de ações. Sendo que esses dois tipos de oferta do mercado de ações terão sua explicação em seguida com mais profundidade.
Oferta primária
A oferta primária é uma modalidade de ofertas do mercado de ações que ocorre quando uma empresa de capital aberto opta por emitir novos papéis para captar recursos. Com esse mecanismo, a companhia consegue arrecadar dinheiro sem precisar, por exemplo, emitir títulos de dívida (debêntures) ou pegar empréstimo com bancos.
Funciona assim: a empresa cria ações e estipula um preço de venda um pouco abaixo da cotação do mercado para atrair o investimento de investidores. Esses investidores, por sua vez, compram as novas ações da empresa, fazendo com que o dinheiro da compra vá para o caixa da companhia.
Com esse recurso captado, a companhia pode crescer nas suas operações, aumentar o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), quitar dívidas de alto custo e adquirir de outras empresas. Enfim, pode usar o recurso da forma que achar melhor, para gerar valor para seus acionistas.
Oferta secundária
Diferentemente da oferta primária, na oferta secundária de ações não há a emissão de novos papéis da companhia. Na verdade, nesse tipo de oferta a companhia oferece ações que já existiam e que pertenciam a algum dos sócios.
Por isso, a venda dessas ações não faz com que o dinheiro arrecadado seja destinado para o caixa da empresa, mas sim para aquele sócio que se desfez de parte de sua posição acionária na companhia.
Esse tipo de operação é muito comum com empresas que eram de capital fechado e que abrem capital por meio de um IPO. Isto porque os sócios da empresa podem desejar se desfazer de uma parte de suas ações da companhia como forma de realizar parte do investimento que fizeram no passado na companhia.
Esse tipo de venda chama-se, portanto, de oferta secundária, no qual sócios da empresa vendem suas ações no mercado para outros investidores por meio de uma oferta secundária. Este caso ocorreu, por exemplo, com a Vivara (VIVA3) em seu IPO.
No evento de abertura de capital, que ocorreu no último trimestre de 2019, os antigos acionistas controladores e fundadores da empresa se desfizeram de quase 52 milhões de ações. Sendo que o total de ações ofertadas no IPO era próximo de 71 milhões. Veja como foi essa oferta:
- Total de ações ofertadas: 70.854.983 (100%);
- Oferta secundária: 51.960.321 (73,3%).
- Oferta primária: 18.894.662.
Nesse caso verídico, os sócios da companhia propuseram no prospecto do IPO a venda de quase 52 milhões de ações já existentes e que pertenciam a eles como oferta secundária. O restante, próximo de 19 milhões de ações, foi proposto como oferta primária, com a emissão de novos papéis.
Follow-on
Por fim, o follow-on, também conhecido como oferta subsequente de ações, é outra forma pela qual podem ocorrer ofertas no mercado de ações. Este processo acontece de maneira similar ao IPO, sendo que a principal diferença é que ele ocorre com aquelas companhias que já possuem capital aberto na bolsa.
Por isso, caso uma empresa de capital aberto deseje emitir novas ações no mercado (oferta primária), ela deve realizar um follow-on. Da mesma forma, caso algum acionista relevante da companhia deseje se desfazer e vender parte relevante de sua posição acionária, a oferta subsequente também pode ser realizada.
Após saber como o mercado funciona, quais são os agentes que participam dele e os ativos possíveis de serem negociados, muitos se questionam: mas como investir no mercado de ações?
Basicamente, para começar a investir no mercado de ações, o investidor iniciante deve seguir os seguintes passos:
- 1. Criar conta em uma corretora
- 2. Escolher o ativo a ser investido
- 3. Comprar o ativo pelo home broker
1. Criar conta em uma corretora
O primeiro passo para investir no mercado de ações é ter uma conta em uma corretora de valores. Afinal, será por meio dela que o investidor terá acesso aos ativos negociados na bolsa de valores.
Para saber como escolher uma corretora, o investidor deve analisar o seu perfil e o volume de capital que possui para investir. De maneira genérica, investidores iniciantes, com menos capital, devem criar contas em corretoras sem taxas de corretagem, para não gastar com taxas um dinheiro relevante frente ao valor que está sendo investido.
Por outro lado, investidores mais maduros, com mais capital, podem priorizar aquelas corretoras mais consolidadas no mercado, que possuem mais suporte e plataformas de negociação mais robustas. Este serviço mais elaborado, é claro, custará mais caro.
2. Escolher o ativo a ser investido
O segundo passo para começar a investir no mercado de ações é escolher o ativo a ser investido. Afinal, o investidor terá de escolher qual ação, opção, ETF ou BDR deseja investir.
No longo prazo, os melhores resultados em rentabilidade foram conquistados por aqueles investidores que fizeram análises fundamentalistas dos ativos investidos. Isto é, uma análise que considerava fatores como:
– Perspectivas de crescimento;
– Métricas de rentabilidade;
– Qualidade da governança;
– Valuation.
Realizando uma análise fundamentalista, considerando o potencial de resultados das ações no longo prazo, as chances de o investidor obter bons retornos aumentam consideravelmente.
3. Comprar o ativo pelo home broker
Por fim, o último passo para o investidor começar a investir no mercado de ações é comprar o ativo escolhido após sua análise pelo home broker. Sendo que essa é a plataforma de negociação eletrônica disponibilizada pelas corretoras para que investidores realizem as compras e as vendas de seus ativos.
Seguindo as normas estabelecidas pela B3, as operações no mercado de ações ocorrem das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira, no horário de Brasília.
No entanto, é possível que o horário sofra alterações, especialmente em função do horário de verão norte-americano. É importante ressaltar também que o horário de funcionamento da B3 é dividido em diferentes fases de negociação, tais como a pré-abertura, fechamento e aftermarket.
Cada uma dessas fases pode influenciar de forma significativa o processo de negociação de ativos financeiros. Se você deseja investir no mercado de ações, é essencial estar atento a essas particularidades e compreender como cada fase de negociação pode impactar suas estratégias de investimento.
Circuit breaker é o nome dado a um mecanismo usado por diversas bolsas de valores ao redor do mundo. Esse mecanismo interrompe a negociação de ativos no mercado por um tempo determinado.
Essa pausa acontece quando a bolsa sofre grandes movimentações de queda. Assim, as negociações cessam para o mercado ficar menos especulativo
O mecanismo de circuit breaker é muito importante, uma vez que ajuda a evitar baixas ainda maiores do mercado em momentos de queda generalizada.
Uma vez que ele tenha sido acionado, as negociações cessam e é possível que investidores e economistas consigam avaliar mais as perspectivas de mercado e entender se há motivo para o pessimismo de mercado ou não.
Caso esse mecanismo não existisse, seria possível ter quedas muito relevantes que acabariam por distorcer de sobremaneira o valor das ações.
De fato, existem muitos fatores no mercado de ações que fazem entender mais facilmente como é possível se tornar sócio de uma empresa.
Além de ganhar com a valorização das ações, é possível receber parte dos lucros das companhias através de mecanismos chamados de proventos. Com eles, é possível ganhar renda passiva independente da cotação da ação.
O que são Proventos?
Proventos tratam-se da distribuição dos lucros de uma empresa aos seus acionistas. É uma forma de remunerar os acionistas da empresa com a geração de valor da companhia.
Esses proventos podem ser distribuídos com periodicidades variadas: existem empresas que distribuem mensalmente, outras que distribuem trimestralmente e assim sucessivamente.
Existem empresas que possuem o foco na distribuição de dividendos. Ou seja: suas ações podem não valorizar tanto, mas elas geram renda passiva.
Por outro lado, existem algumas empresas que não distribuem tantos proventos e preferem reinvestir em suas operações para crescer.
Outras empresas, ainda, preferem optar pelo mecanismo de recompra de ações, que acaba por aumentar a porcentagem de participação acionária dos acionistas que mantiverem seus ativos.
No Brasil, existem duas formas de proventos: os dividendos e juros sobre capital próprio. Cada uma tem suas particularidades.
O que são Dividendos?
Em primeiro lugar, os dividendos são um mecanismo de distribuição do lucro aos acionistas usados em ações de todo o mundo. Não há regularidade para os dividendos: cada empresa escolhe com que frequência distribuí-los.
Existem investidores que buscam empresas com foco em dividendos para gerar uma renda passiva de forma recorrente. No geral, são empresas de setores mais tradicionais, como bancos, infraestrutura e commodities.
É possível que o investidor que esteja no início de sua vida de investimentos prefira reinvestir os dividendos para fazer os juros compostos trabalharem para aumentar o patrimônio.
Tudo dependerá da estratégia de investimentos de cada um. Existem aqueles que preferem colher seus rendimentos e receber renda passiva sem reinvestir esse dinheiro.
Juros Sobre Capital Próprio (JCP)
Além disso, existe um mecanismo de distribuição de proventos exclusivo do Brasil. Ele se chama Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Há um benefício tributário na distribuição desse provento. No entanto, é preciso avaliar quando vale a pena e quando não vale distribuir proventos através de Juros sob Capital Próprio.
Ou seja: dependendo de cada caso, pode ser mais interessante distribuir dividendos ou JCP. Os gestores da empresa definem qual o momento propício para cada um.
De fato, existem vários pontos positivos que fazem com que o investimento em ações torne-se interessante mesmo para quem quer investir com pouco dinheiro. Veja os principais:
Benefícios de acionista
O acionista, por mais que tenha apenas uma ação de uma empresa, pode participar da assembleia de acionistas – mas, se ele tiver apenas ações preferenciais, não tem poder de voto.
Além disso, ele pode participar ativamente dessas reuniões, tirando dúvidas com os gestores da companhia para saber seus próximos planos.
Por fim, o investidor tem direito a receber os proventos das ações, seja na forma de dividendos, juros sob capital próprio, recompra de ações e mais!
Participação nos lucros
De fato, talvez o benefício que a maioria dos acionistas busca ao comprar uma ação seja participar dos lucros da empresa.
Existem duas formas principais de ganhar dinheiro com a participação nos lucros das ações: com dividendos e juros sob capital próprio.
As duas formas deixam dinheiro no bolso do acionista, e a empresa seleciona entre as duas modalidades de acordo com o que for mais benéfico tributariamente.
Além disso, existe a recompra de ações, que acontece quando uma empresa recompra suas ações no mercado e as cancela, fazendo com que o acionista se torne dono de uma porção maior da companhia.
Potencial de valorização
Há, ainda, o potencial de valorização da ação, que acontece quando sua cotação aumenta em relação ao preço de compra.
Ou seja: se um acionista comprou uma ação por R$20 e ela subiu para R$40, ele duplicou o seu patrimônio investido naquele ativo específico.
Não existe valor mínimo
Antigamente, era comum que as corretoras exigissem um valor mínimo para investir no mercado acionário. No entanto, os investimentos estão mais democráticos e é possível investir com pouco dinheiro.
Existem ativos no mercado, por exemplo, que podem ser comprados por menos de R$10, como algumas ações e fundos imobiliários.
Quais são os riscos do mercado de ações?
Existem riscos do mercado de ações que o investidor deve considerar antes de alocar capital em suas ações. Veja abaixo os principais.
Risco de mercado
O risco de mercado é um risco de natureza macroeconômica que pode impactar as empresas. Por exemplo: inflação, variação na taxa de juros, preço de commodities, etc.
Sendo assim, a empresa que sofre o impacto não tem influência direta no que está acontecendo, mas ela deve conseguir contornar o problema com uma gestão eficiente.
Risco de liquidez
Por outro lado, o risco de liquidez ocorre quando o investidor não consegue resgatar o seu ativo com facilidade caso precise vendê-lo.
Por exemplo: alguns fundos de investimentos exigem que o investidor só possa sacar o seu valor depois de 30 dias ou mais. Além disso, alguns ativos de renda fixa também são ilíquidos.
Por isso, é preciso diversificar entre ativos de liquidez variada para ter sempre valor disponível para emergências. Mas o principal nesse caso é ter uma reserva de emergência.
Risco da empresa
Por fim, o risco da empresa acontece quando a empresa específica passa por dificuldades. Por isso, é preciso avaliar as demonstrações financeiras da companhia.
Dessa forma, é possível saber se uma eventual queda no preço da ação ocorreu por problemas na empresa ou apenas por notícias alarmistas ou cenários macro.
Dicas para investir com segurança
Existem várias formas de diminuir os riscos no mercado acionário, e a maioria delas tem alguma relação com o processo de diversificação.
Em primeiro lugar, se o investidor alocar capital em várias ações diferentes, as perdas de valor de uma ação não impactarão tanto o portfólio do investidor.
Além disso, o investidor pode deixar parte desse valor em renda fixa para servir como caixa em momentos em que os ativos estiverem mais baratos.
Por fim, é possível também investir em ativos no exterior, evitando uma queda geral no portfólio caso o Brasil passe por dificuldades econômicas.
Assim, é possível investir com muito mais segurança, pois a diversificação permite alocar capital em várias classes de ativos.
E então, conseguiu conhecer mais e saber como funciona o mercado de ações? Deixe abaixo suas dúvidas e comentários sobre o assunto!
O que é o mercado de ações?
O mercado de ações é o ambiente onde investidores podem ter acesso às negociações de participações acionárias de empresas de capital aberto e outros ativos financeiros negociáveis.
Quais são os ativos negociados no mercado de ações?
O principal ativo negociado no mercado de ações são, obviamente, as ações. Além desses papéis, também são negociados nesse mercado as opções, os ETFs (Exchange Traded Funds) e os BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
Quais as melhores ações para investir?
Não há uma resposta pronta para afirmar quais as melhores ações para investir. Isto vai depender do perfil do investidor e, claro, de uma análise que deve ser feita da empresa, considerando seus fundamentos e perspectivas futuras.
Quando abre o mercado de ações?
O mercado de ações abre às 10 horas e fecha às 17 horas. Durante esse período, os investidores e outros agentes do mercado podem realizar a compra e a venda dos ativos negociados no mercado.
Como está o mercado de ações?
O mercado de ações é muito sensível às notícias e aos acontecimentos no âmbito empresarial, político e econômico – não só do Brasil, mas do mundo todo. Por isso, para saber como está o mercado de ações, é preciso acompanhar de perto o gráfico de desempenho da bolsa.