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    O que é inflação: um guia para entender o impacto no dinheiro

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    A inflação é um dos termos sobre economia mais falados no dia-a-dia. Além disso, os efeitos dela são facilmente sentidos pela população em geral. Mas o que é inflação?

    Ao falar sobre a inflação, podemos destacar como um dos principais efeitos dela a perda do poder de compra por parte da população.  Contudo, muitas pessoas não compreendem como ela funciona e quais são as consequências dela na economia.

    Controlar a inflação é um dos objetivos da imensa maioria dos países. O Brasil, ao longo dos anos teve problemas com essa questão, mas passou por melhorias após o Plano Real.

    Nesse contexto, é importante conhecer as causas, o que é, como ela funciona, como pode ser controlada e também como se defender em situações de alta desse índice. Assim, para saber mais, acompanhe o nosso artigo.

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    O Que É Inflação?

    O Que É Inflação?

    A inflação significado é o índice que apresenta o aumento de preços de bens e serviços. É importante destacar, contudo, que esse importante conceito não diz respeito ao aumento de apenas um bem ou serviço específico, e sim a uma média da maioria dos produtos e serviços consumidos ao longo de determinado período.

    É aquela sensação que você sente quando vai ao supermercado e volta com menos do que imaginava que teria.

    O conjunto de bens e serviços incluídos nessa lista é chamado de cesta de produtos. Cada índice de inflação usa uma cesta diferente para mensuração do cálculo inflacionário. Além disso, cada índice possui um foco diferente, dessa forma há índices para análise mais geral dos preços da economia, como índices para análises setoriais.

    Quem vai ao mercado comprar comida para 5 faz uma compra diferente de quem faz uma compra para 2. Quem tem animais de estimação pode ter outro foco de consumo do que quem frequenta academia. As cestas vão medir os diferentes comportamentos da sociedade e dos grupos que a compõem.

    A cesta de produtos analisadas pode ser alterada a depender da mudança de hábitos no consumo da população.

    Além disso, o cálculo da inflação é feito de forma ponderada com relação ao peso que cada item possui no orçamento das famílias. Ou seja, os índices não contabilizam somente a variação absoluta dos preços de cada item, mas também a relevância que cada item possui no consumo da população em questão.

    Para ilustrar a ponderação de cada item nos índices de inflação, consideremos que em determinado período houve aumento de 1% no preço do arroz. Além disso, houve um aumento da mesma magnitude nos serviços de streaming.

    Nesse cenário, o impacto do aumento do arroz será maior no índice de inflação, dado o peso que esse item possui no orçamento das famílias brasileiras.

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    Qual a inflação hoje?

    Qual a inflação hoje?

    Atualmente, o IPCA – principal índice de mensuração da inflação – encontra-se em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se refere ao mês de fevereiro.

    Como a Inflação Funciona?

    Como a Inflação Funciona?

    Como já mencionado, a inflação influencia no aumento dos preços em geral. Desse modo, quando os preços de produtos e serviços sobe, o dinheiro que era utilizado para adquirir tais bens e serviços passa a ser insuficiente para adquiri-os. Desse modo, dizemos que o poder de compra do dinheiro diminui devido à inflação.

    Para ajudar a entender a inflação como funciona, veja o seguinte exemplo. No início do Plano Real, R$ 100,00 poderia comprar mais de 166 litros de gasolina. Sendo que hoje, 31 anos após a criação do Real, os mesmos R$ 100,00 mal consegue comprar 16 litros. Portanto, podemos identificar nessa diferença o fator da inflação sobre o poder de compra do dinheiro.

    No entanto, é importante destacar que o aumento dos preços provocados pela inflação impacta os produtos e serviços de diferentes formas. Se para a gasolina a inflação ocasionou uma depreciação do poder de compra de mais de 90%, para a garrafa de 2 litros de refrigerante a diferença foi ainda maior. Em 1994, uma garrafa de 2 litros de Coca-Cola poderia ser adquirida por aproximadamente R$ 0,80, enquanto hoje é adquirida por R$ 10,50.

    Ou seja, o poder de compra referente à R$ 100,00 nesse caso caiu aproximadamente 92,5% com relação à garrafa de 2 litros de Coca-Cola.

    Tipos de Inflação

    Tipos de Inflação
    inflação

    A inflação em determinado país pode ter diagnósticos distintos, como uma pressão na demanda ou um aumento dos custos. Há outros tipos, como a inflação inercial e a hiperinflação. Esses são mais comuns em países que têm ou tiveram maiores problemas com esse índice. Desse modo, conheça a seguir algumas causas da inflação:

      Inflação de demanda

      Em linhas gerais, a inflação de demanda é aquela cujo diagnóstico da alta da inflação é um aumento da demanda maior que o aumento da oferta em determinado país. Esse tipo de inflação é mais comum em situação na qual há uma expansão do PIB da economia em questão.

      A inflação da demanda é quando pessoas demais estão comprando, e há poucos produtos para atender essa necessidade. Assim, os artigos que sobram ficam mais caros. Os preços tornam os artigos menos acessíveis, e menos pessoas compram.

      Com a economia em expansão, o efeito imediato é um aumento dos investimentos, redução do desemprego e consequentemente elevação dos salários. Esse fator gera um aumento da demanda agregada. Caso a oferta agregada não consiga acompanhar o ritmo do aumento da demanda, acarretará em uma inflação de demanda.

      Inflação de custos

      inflação de custos em suma ocorre quando a demanda de determinada economia permanece constante, mas os custos de produção dos empresários aumentam. Esse tipo de inflação pode ser gerado pelo aumento de qualquer um dos custos de produção, como: salários, insumos ou impostos.

      Por exemplo, se antes custava R$ 2,00 para produzir um saco de arroz, devido à alta do grão, o custo passou para R$ 2,30. Assim, o preço final do arroz pode subir de R$ 2,60 (valor inicial que dava R$ 0,60 de lucro ao dono das fazendas e fábricas de arroz) para R$ 2,90 – mantendo o lucro do produtor, mas onerando o consumidor.

      Com o aumento dos custos de produção a reação dos produtores é reduzir a oferta de bens no mercado. Com a redução da oferta, os bens em questão ficam com preço mais elevado para o consumidor final. Portanto, nesse cenário, a economia desse país irá se deparar com uma inflação de custos.

      Inflação inercial

      A inflação inercial é um diagnóstico menos difundido da inflação, todavia tem um caráter explicativo importante, sobretudo no caso brasileiro. A inflação inercial se refere à memória inflacionária. Ou seja, a inflação atual é decorrente do índice passado somado à expectativa de inflação futura.

      Imagine que um fazendeiro sabe que a inflação está subindo a 0,5% a.m. Esse mesmo fazendo vai querer se antecipar à inflação do mês seguinte, para não ter uma janela de prejuízo. Para isso, ele se antecipa ao que acredita que será a inflação do mês seguinte e irá aumentar seus preços para já cobrir a diferença. Vira uma profecia auto-realizável.

      Esse tipo de inflação não guarda qualquer relação com aumento da demanda ou dos custos nessa economia. Portanto ela é decorrente, além do medo da inflação futura, da indexação dos preços da economia. Assim, em uma economia onde os preços são reajustados automaticamente de um período para outro, há a ocorrência de inflação inercial.

      Hiperinflação

      hiperinflação é um nível de inflação considerado muito acima do tolerável. O autor Gustavo Franco, em seu livro “A moeda e a Lei”, destaca que o número oficial usado em estudos econômicos para caracterizar uma hiperinflação é de 50% mensais. Entretanto, quadros em que a inflação está fora de controle já podem – e muitas vezes são – enquadrados como hiperinflação.

      Além da alta elevada dos preços, esse cenário tende a gerar uma forte desvalorização da moeda local e pode gerar recessão econômica. A hiperinflação é um fenômeno menos comum nos dias atuais, mas já atingiu diferentes países ao redor do mundo. Seja no Brasil durante a década de 1980 ou no caso clássico da Alemanha no início da década de 1920, após a Primeira Guerra Mundial.

      Inflação Estrutural

      A Inflação Estrutural está associada a problemas estruturais da economia do país, como gargalos de produção ou falta de infraestrutura. Quando um país possui uma infraestrutura de baixa qualidade, que não atende as necessidades das empresas, os custos vinculados a transporte podem ser extremamente caros, inflacionando os preços de produtos e serviços.

      A falta de indústrias e de produção no país, também pode gerar problemas de abastecimento, ocasionando falta de produtos e consequentemente, mais inflação.

      Causas da inflação

      Causas da inflação

      A partir dos tipos de inflação apresentados acima, é possível inferir quais as causas da inflação. A inflação de demanda, por exemplo, pode ter vários fatores geradores. Normalmente, esses geradores da inflação de demanda estão atrelados a estímulos à economia que não conseguem fazer com que a oferta de produtos tenha o mesmo ritmo.

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      Nesse contexto, duas medidas da autoridade monetária podem influenciar negativamente esse índice, as quais são:

      • Emissão de papel-moeda;
      • Redução da taxa básica de juros
      Emissão de moeda Emissão de moeda

      A emissão de papel-moeda injeta mais liquidez na economia e como consequência tende a elevar a demanda por bens e serviços. Essa elevação na demanda ocorre porque a emissão faz com que haja mais moeda na economia do que o necessário para o nível de transações.

      Dessa forma, a emissão de moeda gera um estímulo à economia que não é acompanhado pela oferta de bens e serviços. Esse descompasso entre oferta e demanda, gera efeitos negativos com relação à inflação.

      A emissão de moeda normalmente é um recurso utilizado pelos governos em situações de déficit público. Dessa forma, é possível afirmar também que indiretamente os déficits públicos são causas da inflação.

      Queda da taxa de juros Queda da taxa de juros

      Outra medida que pode ter efeitos negativos com relação à inflação é a queda da taxa de juros. A redução nos juros é comumente utilizada para estimular a economia. Normalmente, é usada visando aumentar o crédito produtivo.

      O caminho é fácil de entender. Com crédito mais baixo, se diminui o custo de capital de terceiros. Assim, se torna interessante pegar empréstimo. As empresas começam a pegar empréstimo e a gastá-lo com maquinário, contratações, marketing, etc. Esse dinheiro começa a ser capilarizado na sociedade. E isso leva a um aumento de consumo.

      Todavia, a queda nos juros também pode gerar um aumento maior no consumo via crédito. Nesse caso, há também um desnível entre oferta e demanda. Ou seja, com o aumento do consumo não acompanhado por aumento da oferta, há uma alta nos preços.

      Outro fator que pode ser relacionado às causas da inflação é o aumento nos custos de produção que ocasiona, por consequência, aumento nos preços finais ao consumidor. Dessa forma, se o preço dos insumos que as empresas usam aumentam, os seus custos de produção tenderão também a aumentar e, com isso, essa diferença é repassada ao consumidor final na forma de aumento dos preços.

      O aumento nos custos pode ser algo pontual, como um problema em uma safra devido ao clima ou de caráter mais estrutural, como aumento nos impostos. O horizonte temporal da inflação tanto de custo quanto de demanda depende da intensidade da causa do efeito inflacionário.

      Em situações de déficits públicos recorrentes, é possível afirmar que isso está afetando os índices de inflação no longo prazo. Todavia, um aumento nos preços derivado de um aumento pontual nos custos ou do aumento temporal da demanda de determinado bem tendem a vigorar apenas no curto prazo.

      Como a Inflação é Medida?

      Como a Inflação é Medida?

      A inflação é calculada a partir de índices de preços, que medem a variação de preços de um conjunto de bens e serviços ao longo do tempo.

      No Brasil, o índice mais utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

      IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): Para calcular o IPCA, o IBGE coleta mensalmente preços de diversos produtos e serviços em estabelecimentos comerciais de diferentes regiões do país. São considerados itens como alimentação, habitação, transportes, saúde, educação, entre outros. A partir daí, é calculada a variação percentual média dos preços em relação ao mês anterior.

      IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): Outro índice de inflação utilizado no Brasil é o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que mede a variação de preços de produtos e serviços no atacado, e o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços dos produtos agropecuários e industriais no atacado. O IGP-M também é popularmente conhecido como “a inflação do aluguel”.

      INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): O INPC é muito usado para realizar o reajuste do salário mínimo. Sendo que o cálculo leva em consideração o custo de vida de famílias que ganham de 1 a 5 salários mínimos. Desse modo, o IBGE (instituto responsável por realizar o cálculo do índice) analisa os preços de uma cesta de produtos e serviços.

      Já em outros países, são utilizados diferentes índices de preços para medir a inflação, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na Espanha, o Consumer Price Index (CPI) nos Estados Unidos e o Consumer Price Index (CPI) no Reino Unido.

      Como a Inflação Impacta a Economia?

      Como a Inflação Impacta a Economia?

      Os impactos da inflação na economia funcionam como um efeito em cadeia. Em um primeiro momento, a inflação reduz o poder de compra da população em geral. Isso ocorre porque, devido à alta nos preços, o mesmo salário passa a comprar uma cesta de produtos cada vez menor.

      Queda do poder de compra

      Por mais que geralmente haja reajustes salariais todos os anos, esses reajustes não são realizados ao mesmo tempo em que os preços são reajustados. Dessa forma, invariavelmente a inflação gerará uma perda real de consumo.

      A queda no poder de compra gera uma redução geral no consumo. A redução do consumo também reduz a expectativa de vendas das empresas, dado que o mercado consumidor está sofrendo os efeitos negativos da economia. Dessa forma, após gerar uma queda no consumo, a inflação tende a gerar uma queda nos investimentos.

      Impactos negativos no PIB

      A queda no consumo e na taxa de investimento geram, por sua vez, impactos negativos no PIB do país. Os principais componentes do PIB de um país são: consumo das famílias, investimento privado, gastos públicos e saldo da balança comercial. Com consumo e investimento sofrendo uma queda, provavelmente haverá uma queda no crescimento econômico.

      Encarecimento da dívida pública

      Além disso, a inflação mais alta tende a ter impactos negativos na economia pública também. A remuneração dos títulos públicos está diretamente relacionada à inflação. Pois, além de remunerar, essa taxa tem que compensar a inflação corrente.

      Portanto, quanto maior a inflação, maiores serão os gastos do governo para se financiar. Dessa forma, com o crescimento dos gastos com serviços da dívida pública, a recorrência de déficits públicos pode ser facilitada.

      Queda no poder dos investimentos financeiros

      Os rendimentos de investimentos financeiros também não são imunes aos efeitos da inflação. O rendimento real de um ativo deve ser calculado subtraindo do rendimento bruto a taxa de inflação, chegando ao rendimento líquido. O rendimento líquido de um investimento é o que representa o aumento real no poder de compra do investidor.

      Ao passo que a economia está vivendo um processo de alta inflação, os rendimentos reais se tornarão cada vez menores. Dessa forma, apesar dos ativos financeiros serem um bom mecanismo de defesa da inflação, os rendimentos derivados desses investimentos não estão imunes aos efeitos inflacionários.

      Aumento dos juros pelo Banco Central

      A relação entre a inflação e taxa de juros é muito próxima, sendo que normalmente, o juro é elevado quando temos um cenário de alta inflação.

      Nesse sentido o COPOM (Comitê de Política Monetária), órgão constituído pelo Banco Central, faz reuniões a cada 45 dias, para decidir qual será o rumo da política monetária nacional. Sendo que nessas reuniões é definido se a taxa básica de juro será alterada, ou permanecerá como está. Assim, quando a tendência da inflação é de “alta”, o COPOM costuma elevar a taxa de juro. Com juros maiores, o crédito tende a encarecer, reduzindo o consumo. Dessa maneira, a inflação costuma cair.

      Índices de inflação

      Índices de inflação

      Há vários índices que medem a inflação. Cada um possui alguma especificidade com relação à abrangência ou então são direcionados para preços de um determinado setor da economia ou de determinada cidade ou região.

      Dentre esses índices há dois que possuem um maior destaque no Brasil: IPCA e IGPM.

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      IPCA

      IPCA

      Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal índice de inflação para o Brasil. Esse índice inclusive é utilizado como índice oficial da inflação no Brasil. Ele é a referência para traçar as metas de inflação, bem como para as alterações na taxa de juros.

      O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE. O cálculo é realizado do primeiro ao último dia de cada mês a partir da cesta de consumo pré-determinada. Além disso, esse índice abrange as famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos. Essa abrangência faz com que o IPCA seja um índice mais geral da economia.

      As áreas de medição do custo de vida são as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. Além dessas regiões, são levadas em conta na análise Brasília e as cidades de Goiânia e Campo Grande.

      Os índices do IPCA são enviados todo meio e fim de mês. Sendo que o primeiro é referente ao IPCA-15 – indicador parcial dos resultados do mês importante para balizar as expectativas de mercado – Já no final do mês tem o IPCA, que agrupa o mês anterior.

      A cesta de consumo analisada é escolhida a partir da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada pelo próprio IBGE. Tanto a lista quanto o peso de cada produto pode variar ao longo dos anos a depender dos hábitos de consumo da população. Os grupos de produtos e bens analisados e o peso de cada um em 2019 pode ser visto na tabela abaixo:

      Bens e serviços no IPCA (Por participação %)
      Alimentação e bebidas24,63%
      Habitação16,16%
      Artigos de Residência3,93%
      Vestuário5,62%
      Transportes18,14%
      Saúde e cuidados pessoais12,21%
      Despesas pessoais10,86%
      Educação5,01%
      Comunicação3,44%
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      IGP-M

      IGP-M
      Inflação

      Outro índice de inflação que também é muito utilizado é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Esse índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-M é composto por outros três índices e cada índice possui um peso específico na formação do IGP-M:

      O IGP-M também é calculado de forma mensal. Esse índice foi criado na década de 1980 por solicitação do setor empresarial, sobretudo do setor financeiro. Dado o período de alta inflação no Brasil e mudanças recorrentes nos índices oficiais, eles solicitaram a criação de um índice com maior independência.

      Na atualidade, o IGP-M é mais utilizado para reajustes de contrato de aluguéis, seguros de saúde e tarifas públicas.

      Além desses dois índices há outros índices que são menos utilizados como o INPC, que realiza uma pesquisa similar ao IPCA mas com menor abrangência, sendo a medição da inflação apenas para famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos. Há também o IPP, índice de preços ao produtor, voltado sobretudo para a indústria.

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      Como a Inflação é Controlada?

      Como a Inflação é Controlada?

      O controle da inflação é uma das metas institucionais do Banco Central do Brasil e da maioria dos países do mundo. Em geral, as medidas utilizadas para controle da inflação são no âmbito das políticas monetárias. Todavia, o governo e o BACEN não conseguem exercer controle total sobre a inflação.

      Por exemplo, considere que em um dado setor industrial os custos sejam em grande parte dolarizados. Dessa forma, uma alta na cotação do dólar pode gerar um aumento nos custos de produção e inflação no Brasil. Esse fato seria um efeito exógeno à política interna.

      Uso da Política Monetária para Controlar a Inflação de Demanda

      A política monetária é uma das ferramentas mais comuns usadas pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando há um excesso de demanda na economia, o Banco Central pode optar por uma política monetária restritiva, que envolve o aumento da taxa básica de juros. Isso torna o crédito mais caro e desestimula o consumo.

      Suponha que a empresa de varejo Magazine Luiza esteja experimentando um aumento nas vendas devido ao excesso de demanda no mercado. Se o Banco Central aumentar a taxa de juros, os consumidores terão menos incentivo para financiar suas compras, o que pode levar a uma redução nas vendas da empresa.

      Dessa forma, a política monetária restritiva pode ajudar a equilibrar a demanda, reduzindo a pressão inflacionária e impactando tanto consumidores quanto empresas.

      Intervenção Governamental em Setores Controlados para Mitigar a Inflação de Custos

      A inflação de custos ocorre quando os preços dos insumos aumentam, levando a um aumento nos preços dos produtos finais. O governo pode intervir diretamente em setores controlados, como energia e combustíveis, para manter os preços estáveis.

      Considere a Petrobras, uma empresa estatal responsável pela produção de petróleo e gás. Se os custos de produção aumentam devido a fatores externos, como uma alta no preço internacional do petróleo, o governo pode decidir não repassar esse aumento para os preços dos combustíveis.

      Ao fazer isso, o governo ajuda a conter a inflação de custos, mas essa estratégia pode ter consequências negativas para a saúde financeira da empresa no longo prazo.

      Ajuste de Taxas de Juros como Ferramenta Anti-Inflacionária

      O ajuste de taxas de juros é outra forma eficaz de controlar a inflação. Ao aumentar a taxa de juros, o Banco Central torna o crédito mais caro, o que desestimula o consumo e o investimento, reduzindo assim a pressão inflacionária.

      Imagine um pequeno empresário que planeja expandir seu restaurante. Se o Banco Central aumentar a taxa de juros, o custo para financiar essa expansão se torna mais alto. Isso pode fazer com que o empresário adie seus planos de expansão.

      Nesse sentido, o ajuste de taxas de juros pode ser uma ferramenta eficaz, mas também tem o potencial de desacelerar o crescimento econômico, o que deve ser considerado cuidadosamente pelo Banco Central.

      Política fiscal e controle de gastos do governo

      Uma forma eficiente de reduzir os riscos inflacionários, como também hiperinflacionários, está associada ao controle rígido das contas públicas.

      Quando um governo faz muitos investimentos no país, estimulando diversos setores, os impactos iniciais podem ser bons, como a queda do desemprego, aumento da renda da população e a melhoria da infraestrutura do país.

      Contudo, quando tudo isso é feito de forma “descontrolada”, os custos de tais investimentos podem aparecer nas contas públicas através de déficit fiscal. Desse modo, quando o governo “gasta demais”, ele pode estar estimulando a inflação. Portanto, o controle das contas públicas também é uma forma de inibir a inflação e até a hiperinflação.

      Histórico da inflação no Brasil

      Histórico da inflação no Brasil

      Histórico Inflação BrasilA questão inflacionária no Brasil é um problema antigo que remonta até a República Velha ou até mesmo aos tempos do império. Os problemas com a alta inflação não são exclusividade brasileira, até mesmo os países desenvolvidos já tiveram grandes problemas desse tipo, sobretudo em períodos de Guerra.

      Os problemas de alta inflação no Brasil podem ser inferidos pela quantidade de planos de estabilização realizados no país entre a década de 1960 e 1990. São eles:

      • Plano Trienal;
      • PAEG;
      • Plano Cruzado;
      • Plano Bresser;
      • Plano Verão;
      • Plano Collor;
      • Plano Real;

      O processo inflacionário brasileiro vive o seu pior momento durante a década de 1980. Década na qual o país chegou a vivenciar um período de hiperinflação. Os planos Cruzado, Bresser e Verão realizados nessa época não obtiveram sucesso em controlar a espiral inflacionária que o Brasil vivia.

      Nesse período, o Brasil experimentou altas taxas de inflação e queda no crescimento da economia. Dentre os muitos diagnósticos da inflação nesse período, um deles era o da inflação inercial. Como a memória inflacionária brasileira era muito alta e havia uma série de preços indexados havia um efeito em espiral da inflação.

      Ou seja, o fato de ter havido inflação no passado e a perspectiva de que esse processo não fosse cessado era uma das razões para continuação das altas taxas de inflação. Essa lógica passa a mudar a partir da execução do Plano Real em 1994.

      A partir do Plano Real, o Brasil passa a atuar com taxas mais controladas de inflação. E essa busca pelo controle inflacionário é institucionalizada com a criação do tripé macroeconômico em 1999, no qual as metas de inflação passam a ser um dos pilares de manutenção da política econômica do governo.

      No caso brasileiro, a meta de inflação é feita de forma anual, na qual há o centro da meta e existe um intervalo de tolerância para cima e para baixo. Caso a inflação ultrapasse o intervalo de tolerância, a autoridade monetária deve prestar esclarecimentos sobre os motivos para a meta não ter sido alcançada.

      AnoMeta de inflaçãoInflação Efetiva
      199988,94
      200065,97
      200147,67
      20023,512,53
      200349,3
      20045,57,6
      20054,55,69
      20064,53,14
      20074,54,46
      20084,55,9
      20094,54,31
      20104,55,91
      20114,56,5
      20124,55,84
      20134,55,91
      20144,56,41
      20154,510,67
      20164,56,29
      20174,52,95
      20184,53,75
      20194,254,31
      20204,04,52
      20213,7510,06
      20223,505,79
      20233,254,62
      20243,004,83

      Como é possível verificar na tabela acima, desde a instituição das metas de inflação em 1999, o Brasil tem inflação acumulada relativamente sob controle. Salvo em raras exceções nesse período, o Brasil esteve ao mínimo, dentro do intervalo de tolerância da meta inflacionária.

      O que é a deflação?

      O que é a deflação?

      A deflação é o efeito inverso da inflação nos preços. Ou seja, a deflação é verificada quando há uma queda nos preços da economia. Apesar da alta inflação ser um fator negativo, a deflação também pode gerar efeitos tão negativos quanto a inflação na economia de um país.

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      Por que a deflação ocorre?

      Por que a deflação ocorre?

      A deflação pode ser gerada por alguns fatores, um deles é o aumento da oferta maior que a demanda. Nesse caso, há excesso de bens na economia e os produtores são levados a baixar seus preços.

      Contudo, outro fato que pode ser gerador da deflação é uma queda na demanda. A queda na demanda geraria efeito similar ao aumento da oferta, haveria mais produtos no mercado do que compradores com potencial para comprá-los.

      Uma queda na demanda e consequentemente ocorrência da deflação pode ser um dos primeiros sinais de uma recessão econômica. A queda na demanda nos preços pode gerar uma queda na produção, a qual por sua vez geraria um aumento no desemprego. Dessa forma, desencadearia um efeito em cadeia e a economia entraria em uma trajetória descendente.

      Outro fator que pode gerar deflação é uma queda generalizada dos custos de produção, o que ocasionaria uma deflação de custos. Todavia, apesar de possível, esse movimento na economia é bastante incomum.

      Dessa forma, assim como a inflação alta, a deflação também é prejudicial para a economia. O Brasil teve apenas episódios pontuais de deflação em sua história, o mais famoso durante a década de 1930 sob o Governo Getúlio Vargas após a Grande Depressão de 1929.

      Em relação à inflação e deflação, o ideal para um país é ter uma inflação controlada. Ou seja, executar políticas para que a inflação oscile dentro do menor intervalo possível. Essa estabilidade diminui a incerteza acerca daquela economia e gera maior segurança para a realização de investimentos.

      Como se proteger da inflação?

      Como se proteger da inflação?

      Apesar do aumento nos preços impactar praticamente todos os setores da sociedade, é possível tomar medidas que gerem uma proteção contra a inflação. Há caminhos mais simples como o pagamento da cota única de impostos como IPTU e IPVA ou pagamento em parcela única de mensalidades escolares.

      Contudo, esse tipo de medida nem sempre é possível, seja por disponibilidade de renda para pagamento de uma parcela anual única ou até mesmo pelo desconto não valer a pena. Dessa forma, o melhor caminho para minimizar os efeitos sentidos pela inflação é parar de guardar dinheiro em casa e fazer investimentos que possibilitem rendimento acima da inflação.

      Em geral, há uma gama de ativos financeiros que possibilitam alcançar esse tipo de objetivo. Ativos de renda fixa, por exemplo, costumam levar o índice inflacionário em questão. Em alguns casos isso é feito de forma direta, como em títulos do tesouro nacional que possuem sua rentabilidade diretamente atrelada aos índices de inflação.

      Mas também caso isso ocorra de forma indireta, por exemplo nos casos em que os ativos são remunerados pela taxa Selic. A fixação da meta para a taxa básica de juros é realizada levando o índice inflacionário em questão. Dessa forma, investimentos desse tipo também servem para se proteger contra uma alta inflação.

      Dessa forma, apesar dos ganhos reais dos investimentos em ativos financeiros também serem afetados pela inflação, a rentabilidade desse tipo de ativo contribui para a proteção nesse cenário. Em alguns casos, a inflação pode gerar até mesmo maiores ganhos a depender do ativo em questão.

      Como a Inflação Afeta os Investimentos?

      Como a Inflação Afeta os Investimentos?

      Proteger-se da inflação é uma preocupação comum entre os investidores, já que a perda de poder de compra do dinheiro pode prejudicar seus investimentos ao longo do tempo. Felizmente, existem diversas estratégias de investimentos que podem ajudar a proteger seu patrimônio da inflação. Sendo assim, veja a seguir como a inflação impacta os investimentos:

      Renda Fixa

      A renda fixa pode ser impactada tanto pelo lado negativo da inflação que é a perda do poder de compra (redução do ganho real), quanto pelo lado positivo, através dos ganhos com os títulos atrelados à inflação.

      Portanto, é importante o investidor se manter bem informado para que a inflação não lhe surpreenda de forma negativa.

      Títulos do Tesouro Indexados à Inflação como Proteção

      Os Títulos do Tesouro Indexados à Inflação são uma forma segura de proteção contra a inflação. Esses títulos têm seu valor corrigido pelo IPCA, que é o índice oficial de inflação do Brasil. Isso significa que o retorno do investimento será sempre acima da inflação, preservando o poder de compra do investidor.

      Imagine um investidor que tem uma carteira diversificada e decide incluir Títulos do Tesouro Indexados ao IPCA. Se a inflação aumentar, o valor desses títulos também aumentará, protegendo o investidor contra a erosão do poder de compra.

      Dessa forma, esses títulos oferecem uma forma segura e de baixo risco para se proteger contra a inflação, sendo especialmente útil para quem busca preservar o valor do seu patrimônio a longo prazo.

      Contudo, vale destacar que títulos atrelados ao IPCA ou prefixados costumam estar mais sensíveis à volatilidade do mercado. Ou seja, se o investidor tentar vender o seu investimento antes do vencimento, é possível que o valor do título esteja desvalorizado.

      Mas se o investidor permanecer com o papel até o vencimento, ele ganhará o valor investido mais os rendimentos oferecidos no momento da aquisição do papel. Então concluímos, que ao procurar por opções prefixadas, fique atento ao vencimento do investimento. Dê preferência a títulos com prazos menores.

      Títulos pós-fixados

      Normalmente os títulos pós-fixados são atrelados ao CDI ou à própria Selic. Desse modo, a rentabilidade proporcionada por esses investimentos normalmente está em linha com as variações da taxa de juro. Como a política monetária nacional dá prioridade à proteção do poder de compra, podemos considerar que investir em títulos vinculados à Selic e o CDI pode ser uma ótima alternativa para se proteger da inflação. Visto que quando a inflação sobe, os juros tendem a subir também.

      Renda variável

      Na renda variável a inflação pode influenciar de diferentes formas. Por exemplo, quando tratamos de ações, as empresas negociadas em bolsa podem sentir os efeitos do aumento dos preços, através da elevação dos custos e consequente repasse aos clientes.

      Assim, pode ocorrer uma redução das vendas, como pode haver a manutenção dos negócios. Em um cenário de inflação elevada, dificilmente as empresas conseguem impor resultados maiores e melhores. Contudo, as companhias normalmente conseguem repassar a inflação ao consumidor, protegendo as margens de lucro. Coisa similar ocorre com os FIIs, já que os aluguéis costumam ser corrigidos pela inflação, como também o valor das propriedades.

      Ações de Empresas com Poder de Precificação como Defesa Inflacionária

      Investir em ações de empresas que têm poder de precificação é outra forma de se proteger contra a inflação. Empresas que têm a capacidade de repassar aumentos de custos para os consumidores tendem a manter suas margens de lucro mesmo em cenários inflacionários.

      Um investidor que possui ações da Ambev, uma empresa com forte poder de precificação, pode se beneficiar em cenários de inflação. Se os custos de produção aumentarem, a Ambev tem a capacidade de ajustar os preços de seus produtos, mantendo suas margens de lucro.

      Portanto, investir em empresas com poder de precificação pode ser uma estratégia eficaz para proteger seu portfólio contra os efeitos corrosivos da inflação.

      Fundos Imobiliários

      Os fundos imobiliários são outro investimento que pode ser eficiente para proteger o capital contra a inflação. Tanto os fundos que investem em imóveis físicos, quanto o de papéis, podem ser bem interessantes.

      Os FIIs que investem em imóveis normalmente vão conseguir repassar o aumento dos preços em seus aluguéis. Ou, caso haja uma venda, o valor da propriedade que faz parte do FII, possivelmente será reajustada incorporando a variação da inflação do período.

      Já os fundos de papel também têm a capacidade de proteger o capital do investidor, uma vez que diversos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) que fazem parte desses FIIs, estão associados ao IPCA ou IGPM. Há também CRIs vinculadas ao CDI (taxa do Certificado de Depósito Interbancário) e à Selic. Porém, como a taxa de juro costuma ser elevada quando a inflação está em alta, investir em títulos associados ao CDI e a Selic também não é uma má ideia.

      Investimento em Imóveis como Refúgio contra a Inflação

      Investir em imóveis é outra estratégia comum para se proteger contra a inflação. Os imóveis tendem a valorizar acima da inflação ao longo do tempo, além de gerar uma renda passiva por meio de aluguéis, que também podem ser ajustados pela inflação.

      Por exemplo: vamos imaginar um investidor que compra um apartamento para alugar. Ele pode condicionar o contrato de aluguel para flutuar com a inflação, garantindo que ele sempre tenha um ganho protegido da desvalorização.

      Investir em imóveis pode ser uma boa estratégia para quem busca uma proteção mais tangível contra a inflação, além de oferecer a possibilidade de diversificação de ativos.

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      Inflação no Brasil e no Mundo: Panorama Atual

      <mark class="annotation-text annotation-text-yoast" id="annotation-text-dec21604-d87e-4519-a78e-a04753d9745f">Inflação</mark> no Brasil e no Mundo: Panorama Atual

      O panorama atual referente a inflação no Brasil é de alta. Desde 2024, o Brasil está enfrentando um IPCA constantemente elevado. Assim, em 2024 a inflação medida pelo IPCA terminou o ano em 4,83%, sendo que a meta do Banco Central era de 3%, como uma margem de 1,5% para cima, ou para baixo.

      Portanto, já em 2024 o Banco Central não conseguiu entregar uma inflação dentro da meta. Fato que possivelmente ocorrerá em 2025, uma vez que o IPCA dos últimos 12 meses, terminados em fevereiro de 2025, está em 5,06%.

      Nos Estados Unidos e na Europa, a inflação está mais controlada. Por exemplo, a meta para inflação nos Estados Unidos é de 2%, sendo que a inflação de 2024 ficou em 2,9%. Porém, contando os últimos 12 meses a partir de fevereiro de 2025, a inflação norte-americana está em 2,8%, um pouco menor quando comparada ao ano de 2024.

      Na Europa, a meta para a inflação também é de 2%, segundo o Banco Central Europeu (BCE). Assim, em 2024 a inflação ficou em 2,4%. Sendo que nos últimos 12 meses, contando desde fevereiro de 2025, a inflação europeia ficou em 2,3%.

      Conclusão

      Conclusão

      A inflação é um dos principais indicadores dentro de uma economia. Através dele, diversos agentes econômicos, como o Banco Central, instituições financeiras e demais poderão acompanhar a alta dos preços.

      Contudo, é importante salientar que a inflação possui diferentes índices. Ou seja, a alta dos preços é contabilizada de diferentes formas, já que cada índice considera determinados produtos e serviços, com proporções diferentes em seus cálculos.

      Mas, no Brasil o principal índice é o IPCA, medido pelo IBGE. Inclusive, o IPCA é utilizado como meta do COPOM para avaliar sua política monetária.

      É com base nas projeções do IPCA que o Banco Central decide se haverá ou não, mudanças na taxa básica de juro, a Selic.

      Desse modo, as alterações com relação a inflação podem impactar todo o mercado, como investidores, empreendedores e a população em geral.

      Nesse sentido, acompanhar a inflação é fundamental, uma vez que através dela, a pessoa poderá mensurar a gravidade da alta dos preços. Assim, com tais informações será mais fácil tomar decisões com relação ao consumo, negócios e até sobre os investimentos.

      Você tem dúvidas sobre o que é inflação? Então deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder.

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      Perguntas frequentes sobre inflação
      O que é inflação?

      A inflação é o índice que apresenta o aumento de preços de bens e serviços. É importante destacar, contudo, que esse importante conceito não diz respeito ao aumento de apenas um bem ou serviço específico, e sim a uma média ponderada da maioria dos produtos e serviços consumidos ao longo de determinado período.

      Para que serve a meta de inflação

      A meta de inflação serve como uma forma de coordenar as expectativas dos agentes econômicos sobre a inflação futura. Dessa forma, através das suas políticas monetárias, com o objetivo de alcançar a meta, o Banco Central gera um cenário mais tranquilo para os consumidores e investidores.

      Quem define as metas de inflação e quem as executa?

      As metas de inflação são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), o qual é formado pelo Presidente do Banco Central, pelo Ministro da Fazenda e pelo Secretário Especial de Fazenda. A execução das metas de inflação fica a cargo do Banco Central.

      Qual o papel do governo sobre a inflação?

      O governo não possui total controle sobre a inflação. Todavia, ele pode utilizar instrumentos de política monetária para influenciar esse índice. Em um cenário de inflação de demanda o governo pode alterar a política monetária, tornando-a restritiva, aumentando os juros e reduzindo a liquidez da economia com o objetivo de conter a inflação.

      Qual é o índice utilizado pelo governo para definição da meta de inflação?

      O índice utilizado pelo governo para definir a meta de inflação é o IPCA. Esse índice é calculado mensalmente e é feito baseado em uma cesta de produtos pré-determinada. O peso de cada item dessa cesta no índice é ponderado pela sua participação no consumo da população.

      Quem faz o IPCA?

      O IPCA é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo que o índice é amplamente utilizado no mercado, inclusive por órgãos, como: CMN (Conselho Monetário Nacional) e o Copom (Comitê de Política Monetária).

      Tiago Reis
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