Diferente das linhas de crédito tradicionais, o consórcio é uma alternativa mais barata em comparação aos financiamentos e empréstimos. Mas, você sabe o que é, como funciona e quando vale a pena fazer um consórcio?
Nos últimos meses, o consórcio tem se tornado assunto entre investidores, devido às estratégias de investimento. Principalmente, relacionado a alavancagem financeira.
Contudo, as pessoas ainda utilizam o consórcio de forma tradicional, ou seja, sem o aspecto de “investimento”, mas sim como uma maneira de adquirir um bem de alto valor.
Nesse sentido, acompanhe o artigo a seguir, e veja mais detalhes sobre o que é, e como funciona o consórcio.
Consórcio é uma modalidade de compra realizada conjuntamente por um grupo de pessoas (físicas ou jurídicas) que estão interessadas em adquirir o mesmo tipo de bem ou serviço.
Logo, um consórcio pode ser formado para adquirir veículo, imóvel, equipamento agrícola, curso de pós-graduação, cirurgia plástica, entre outros.
Sendo assim, um número de compradores se reúne para contribuir mês a mês para um fundo em comum, que irá comprar os bens ou entregar o crédito para todos os membros do grupo.
Todos os meses (ou conforme estipulado em contrato), o dinheiro pago pelos consorciados é utilizado para que, pelo menos, uma pessoa do grupo possa fazer sua aquisição.
Com isso, a distribuição dos bens ou valores vai acontecendo progressivamente, até que no final do consórcio todos os cotistas sejam contemplados.
O consórcio permite que o interessado tenha total liberdade de escolha para optar pelo plano que mais se encaixa em suas necessidades.
No entanto, há uma série de aspectos peculiares que precisam ser compreendidos antes de tomar a decisão de adquiri-lo.
Sendo assim, as principais características do consórcio são:
Administração
Todo consórcio deve, obrigatoriamente, ser organizado por uma instituição administradora de consórcios com autorização do Banco Central para funcionar.
Essa instituição é a responsável por ofertar produtos à clientela, além de coordenar todas as etapas da compra colaborativa.
Cada administradora de consórcio pode criar sua própria carteira de produtos ou serviços, com diferentes valores de créditos, parcelas e prazos de pagamento.
Regulação
Além de respeitar a legislação do setor dada pela lei 11.795/2008, todo consórcio segue as regras do estatuto que regulamenta o seu funcionamento.
Por meio desse instrumento são definidos os direitos, os deveres e as obrigações tanto da administradora quanto dos consorciados.
Por fim, o Bacen atua como órgão regulador, tornando a fiscalização mais efetiva, o que gera maior segurança aos consorciados.
Sorteio
A principal forma de entrega dos bens e serviços em um consórcio acontece por sorteio.
Logo, via de regra, a administradora sorteia mensalmente um ou mais consorciados para serem contemplados naquele momento.
Esse processo se repete regularmente, até que no final do consórcio todos recebam o seu bem ou serviço. Por isso, o consorciado pode ter que esperar um longo tempo para ser contemplado.
Vale destacar que, para fazer parte do sorteio, o consorciado precisa estar com o pagamento das parcelas em dia.
Contemplação
A contemplação corresponde ao momento em que o consorciado recebe a carta de crédito, ou carta de consórcio, para adquirir tão desejado bem ou serviço.
Vale destacar que o crédito a que faz jus o consorciado contemplado será o valor equivalente ao do bem ou serviço indicado no contrato.
A contemplação ocorre por meio de sorteio ou de lance, então todos aqueles que vêm quitando em dia os seus compromissos participam do sorteio.
O número de pessoas contempladas por mês varia conforme a administradora do consórcio e o tipo de contrato.
Leilão
Todos os meses, após a contemplação por sorteio, o consórcio organiza uma assembleia, onde os participantes do grupo podem comprar e vender as cartas de crédito recebidas.
A negociação é feita por meio de um leilão.
Dessa forma, quem oferecer o maior lance ou adiantar mais parcelas do seu consórcio adquire o consórcio contemplado.
Custos e taxas
Não existe incidência de juros em um consórcio.
Porém, os consorciados precisam pagar, de forma diluída durante o período de contrato, custos como taxa de administração, seguro e fundo de reserva.
Quando somados, esses valores podem representar até 20% a mais no valor do bem.
Inadimplência
Em caso de desistência ou atraso no pagamento, o comprador pode ser retirado do consórcio e perder tudo que investiu.
Nesse caso, ele só poderá reaver seu dinheiro se conseguir vender sua cota para outra pessoa ou quitar todos os pagamentos.
Como vimos, para ser contemplado em um consórcio, existem basicamente duas formas: sorteio ou lance.
No sorteio, o consorciado precisa contar com a sorte para ser contemplado. Então ele precisa esperar de forma passiva as assembleias mensais realizadas pela administradora do consórcio.
Quanto ao lance, pode existir modalidades diferentes, de acordo com a administradora escolhida, mas basicamente se divide em três:
Lance Embutido
No lance embutido a administradora autoriza o consorciado a utilizar entre 10% a 20% do valor da própria carta de crédito para oferecer o lance na assembleia mensal. Mas, existem algumas administradoras que podem estender esse limite até 50% do valor.
Para ilustrar, se um consorciado adquiriu um consórcio para compra de um imóvel de R$ 200 mil e oferecer um lance de 10% do valor da carta de crédito, ao final terá R$ 180 mil para a compra do bem, se for contemplado.
Como resultado, é possível concluir que o lance embutido beneficia, sobretudo, as pessoas que não possuem dinheiro para antecipar o pagamento de parcelas.
Lance Livre
O lance livre é a modalidade mais comum e conhecida entre todos.
Por meio dele, o consorciado define quantas parcelas poderá antecipar naquele mês para tentar levar a carta de crédito.
Então, se o valor oferecido estiver entre os mais altos no seu grupo de consorciados, o consorciado será contemplado e poderá adquirir o seu bem.
Uma dica aqui é estudar os lances ofertados em meses anteriores para ter uma base de comparação com seu próprio lance.
Além disso, evite dar lances no fim do ano pois é uma época onde os “concorrentes” possuem mais dinheiro, como 13º salário (alguns até 14º), férias, bônus.
Por outro lado, meses como fevereiro podem ser uma boa época para fazer lances já que a maioria das pessoas gastaram dinheiro para cobrir as despesas de início de ano, como IPTU e material escolar.
Lance Fixo
No lance fixo a própria administradora do consórcio fixa, previamente, o valor que deve ser oferecido como lance.
Caso mais de um ofertante se manifeste, será feito um sorteio para decidir quem vai ser contemplado.
Vale lembrar que não são todas as administradoras que oferecem essa modalidade de lance.
Tipicamente brasileiro, o consórcio é uma forma de aquisição muito utilizada na compra de bens com valor elevado.
Dentre os tipos de consórcio mais comuns, estão os seguintes:
-
Imobiliário
Por meio de um consórcio imobiliário é possível realizar a aquisição de casa, apartamento ou imóvel comercial.
Além disso, essa modalidade de consórcio permite ainda realizar reformas, bem como construir ou comprar um terreno com prestações sem juros, de maneira acessível.
Além do sorteio mensal, o consorciado pode ainda fazer a oferta de lances. Algumas administradoras de consórcio permitem que seja utilizado o FGTS, fato que aumenta as chances de ser contemplado. -
Carro
O consórcio de carro pode ser usado tanto para a compra do veículo novo quanto do veículo usado.
As parcelas nessa modalidade variam de acordo com a administradora, podendo chegar a planos de até 120 meses.
Então, é só escolher as parcelas que melhor cabem no bolso e o valor do crédito que deseja pagar.
A contemplação da carta de crédito pode ocorrer por meio de sorteios ou de lances mensais. -
Moto
É possível ainda investir em uma motocicleta nova por meio do consórcio.
Em geral, planos de consórcio de motos costumam ser acessíveis. De modo que alguns chegam a ter parcelas a partir de R$ 140,00 por mês.
Ao ser contemplado, o consorciado terá a flexibilidade para escolher o modelo, a marca e a cor da motocicleta desejada. Desde que esteja de acordo com o valor da sua carta de crédito. -
Caminhão
Para quem deseja expandir sua frota de caminhões, o consórcio de caminhão também pode ser uma boa alternativa para alavancar o negócio.
O período de duração desse tipo de consórcio varia entre as administradoras. Mas em média fica em torno de 120 meses. -
Náutico
Para quem está pensando em trocar ou comprar lancha, jet-ski, barcos e veleiros, o consórcio náutico pode ser a melhor opção.
Isso porque ele é isento de taxa de juro e oferece um longo prazo de pagamento, tornando as parcelas acessíveis.
A essa altura você já sabe que a contemplação no consórcio pode ser feita por meio de lance ou sorteio.
A diferença é que, se no sorteio todos concorrem em condições de igualdade. Já no lance a situação se assemelha mais a um leilão.
Sendo assim, para ser contemplado por sorteio o consorciado precisa contar com uma ajudinha da sorte. Tendo em vista que não há muito o que fazer nesse caso.
Por outro lado, no lance, o consorciado consegue aumentar suas chances de ser contemplado ao realizar o pagamento das parcelas futuras.
Vale destacar que, independentemente da modalidade a ser escolhida, o vencedor só terá que pagar o lance caso ele seja o vencedor.
Se você ainda tem dúvidas sobre fazer um consórcio, conhecer suas vantagens e desvantagens pode te ajudar a tomar a melhor decisão:
Vantagens do consórcio
- Não é necessário juntar dinheiro antes de entrar em um grupo de consórcio. No entanto, uma reserva financeira pode ser muito útil na hora de dar lances para ser contemplado.
- O consórcio tem como uma de suas principais características a facilidade de ingresso, ou seja, a burocracia para entrar no grupo é menor.
- O consórcio é isento de juros, de modo que essa modalidade tem sido escolhida por muitos que desejam fugir das altas taxas de juros aplicadas nos financiamentos.
- No consórcio imobiliário o participante pode utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ofertar um lance. Lembrando que, caso o consorciado não seja contemplado usando o lance com FGTS, o dinheiro não é perdido.
- Em alguns consórcios, há opções para pagar uma parcela reduzida, até ser contemplado. Nesse caso, a redução pode chegar até 50% do valor comum da parcela;
Desvantagens do consórcio
- Se você tem urgência em obter o crédito, essa pode não ser a melhor opção. Isso porque, caso você não seja sorteado ou não consiga dar um lance, pode ter que esperar até o término do prazo para resgatar a carta de crédito, o que pode levar anos.
- Geralmente para ter seu lance contemplado é necessário fazer uma aposta alta, o que acaba exigindo um alto valor em dinheiro.
- A carta de crédito só é liberada se, no momento da concessão, o consorciado estiver adimplente, ou seja, com o “nome limpo na praça”.
O primeiro ponto importante ao tomar a decisão de fazer um consórcio é procurar uma administradora que tenha a autorização do Banco Central.
Em seguida, o interessado deve investigar se a referida administradora tem os planos disponíveis para o bem ou serviço que deseja adquirir.
Lembrando que o contrato precisa ser claro e preciso, com caracteres legíveis e cláusulas limitadoras de direitos bem destacadas.
Fique atento ainda a itens como: prazo de duração, valor e número de parcelas, número máximo de consorciados, taxa de administração do consórcio e condições de pagamento.
Vale observar também pontos como periodicidade de realização das assembleias, obrigações financeiras do consorciado e garantias para retirada quando a contemplação acontecer.
Esses cuidados são essenciais para não ter problemas no futuro.
Por fim, o ingresso pode ser feito por meio de um grupo em formação ou por um grupo que já esteja em andamento.
Neste caso, quando o grupo já está em andamento, essa operação é feita a partir de uma cota vaga. Assim, tal operação de entrada dependerá diretamente da administradora de consórcios.
Pelas vantagens apresentadas, muitas pessoas pensam que entrar em um consórcio seria uma espécie de investimento.
Porém, essa afirmação é equivocada pois o valor aplicado pelos consorciados não é rentabilizado, e sim utilizado para a aquisição de um bem.
Por isso, considera-se que o consórcio seja, na verdade, um tipo de “autofinanciamento” sem juros e de forma 100% parcelada.
Então, se você deseja adquirir um bem em um futuro distante, o consórcio pode ser uma excelente ideia, pois não tem o custo da taxa de juro embutida nas parcelas.
Para aqueles que encontram dificuldades para elaborar um planejamento financeiro e reservar uma parte do salário, vale a pena fazer consórcio.
Em outras palavras, o consórcio funciona como uma poupança obrigatória que facilita a concretização de sonhos daqueles que não têm a disciplina de guardar dinheiro.
Além disso, para quem não dispõe de um valor para dar de entrada, como normalmente é exigido nos financiamentos, o consórcio pode ser a solução. Isso porque, no consórcio, essa entrada não é necessária.
Diante desses fatos, se você não tem dinheiro para adquirir o bem à vista, não é disciplinado financeiramente e nem tem urgência para adquirir o bem, fazer consórcio pode ser uma excelente escolha.
Mas vale destacar que o plano escolhido precisa estar alinhado com seu orçamento familiar durante todo o período de duração do consórcio, e não somente no momento da contratação.
Além disso, é essencial conhecer todas as cláusulas do contrato de adesão ao consórcio para não ser surpreendidos no futuro.
Consórcio como instrumento de alavancagem financeira
Investidores, também enxergam o consórcio como uma ótima forma de alavancagem financeira.
Nesse caso, a estratégia está associada em fazer o consórcio e buscar ser contemplado. Com a carta de crédito, o investidor pode comprar o imóvel desejado e pagar as demais parcelas do consórcio com os recursos oriundos de um eventual aluguel.
Contudo, para fazer esse tipo de negócio, é importante que o investidor tenha uma boa situação financeira e não dependa exclusivamente de um possível aluguel no futuro.
No Brasil há duas formas populares para comprar bens de alto valor: consórcio e financiamento.
Diversas instituições financeiras oferecem opções de consórcio e financiamento. Mas essas duas modalidades têm algumas diferenças.
Consórcio e Financiamento: como funcionam?
Para compras de bens com valores mais altos, é comum no Brasil recorrer à essas opções. O consórcio é quando alguém faz pagamentos parcelados antes de retirar os bens. Já o financiamento, a pessoa compra e paga as parcelas depois.
Essas duas formas de compra também possuem algumas diferenças burocráticas. Os bens financiados se tornam posse da pessoa só após o término do pagamento. Isto é, até o final das parcelas a posse é da instituição que fez o financiamento.
Em um consórcio, é feito o pagamento por mensalidades. Isto é, ao final de tudo a pessoa recebe uma carta de crédito com o valor pago ao longo do consórcio. É como um investimento a longo prazo.
Tanto o financiamento, quanto um consórcio possuem alguns custos. Na primeira opção, há a cobrança de juros. Já em um consórcio é cobrada uma taxa da empresa que faz administração.
Além disso, dependendo do número de parcelas, um financiamento pode ficar extremamente caro — uma vez que as parcelas acompanham a taxa Selic. Mas há outras diferenças entre o consórcio e financiamento.
Vantagens e desvantagens do consórcio
Quem procura comprar um carro, imóvel ou qualquer outro bem usando o consórcio precisa lembrar que só terá o produto ao final do pagamento. Isto é, se o consórcio for de 60 meses a pessoa precisará esperar cinco anos.
Porém, há duas formas de conseguir os bens mais cedo: através de sorteios ou através de lances dados sobre a carta de crédito de quem foi contemplado.
Para participar do sorteio é preciso apenas ter a mensalidade em dia e, se sorteado, o cotista recebe o crédito para a compra. O participante também pode dar um lance, ou seja, fazer uma oferta para ser contemplado.
Uma das vantagens do consórcio é não ter a cobrança de juros. Outra vantagem é que o consórcio pode facilmente se adequar a realidade financeira de cada um — já que ele permite que o consorciado escolha tanto o número quanto o valor das parcelas.
Mas há algumas desvantagens do consórcio, como:
- Valorização do valor do bem;
- Taxas de administração;
- Inadimplência dos cotistas.
Os consórcios são considerados uma forma de investimento, e possuem alguns riscos. Em casos de inadimplência, maior que 5%, há aumento no valor das parcelas.
Além disso, há as taxas para administração que costumam ser de 0,3% ao mês. Por exemplo, em um consórcio de 60 meses a taxa de administração chegaria a 18% pelo menos. Taxas muito altas são uma das desvantagens do consórcio.
Além disso, como são investimentos de longo prazo pode haver a valorização do bem. Muito comum para quem pensa em comprar um imóvel. Em 5 anos, um imóvel pode estar mais valorizado e custar mais que o valor do consórcio.
Vantagens e desvantagens do financiamento
Opção de compra oferecida por diversas instituições financeiras, o financiamento permite uma compra mais imediata e o pagamento a longo prazo.
As taxas de juros dos financiamentos estão ligadas a Taxa Selic. Por isso, o valor das parcelas podem mudar ao longo do período. Alguns financiamentos têm prazo para pagamento de até 30 anos.
Além disso, há linhas de créditos específicas. Por isso, alguns financiamentos têm taxas de juros de diferentes. Algumas das linhas de crédito de financiamentos são:
- Financiamento Estudantil;
- Financiamento Imobiliário.
- Financiamento de automóveis;
- Financiamento Rural;
- Financiamento Empresarial.
Uma das desvantagens do pagamento a longo prazo é a falta de garantia. Em caso de diminuição da renda, as parcelas podem pesar no bolso.
Qual escolher: consórcio ou financiamento?
A melhor opção vai depender da necessidade de cada um. Mas é preciso fazer algumas pesquisas. Por exemplo, em caso de consórcios é importante observar as taxas de administração.
Se a opção for um financiamento, uma quantia significativa como entrada ajuda a diminuir o número e valor das parcelas. Assim, a taxa de juros fica menor.
A carta de crédito consiste em um documento ou título financeiro entregue a um consorciado quando este é contemplado pelo sorteio do consórcio que participa. Ou seja, a carta de crédito serve para que o consorciado faça a contratação de serviços que ele estava interessado em adquirir quando entrou no consórcio.
Portanto, pode-se dizer que obter a carta de crédito é o objetivo final de um consorciado dentro do consórcio em que participa.
Sendo assim, existem diferentes possibilidades para fazer a aquisição de um bem de valor elevado. Uma delas é o financiamento, outra, é o popular consórcio. Nesta última, usa-se a carta de crédito para viabilizar a negociação.
A carta de crédito tem sua concessão para aqueles que adquiriram uma cota em um consórcio, no momento em que este obtém a sua contemplação.
Parte da Educação Financeira envolve entender que nem todo consórcio será um bom negócio, e que existem outras maneiras de chegar ao mesmo objetivo com rentabilidades bem superiores.
A carta de crédito é um documento que apresenta o valor equivalente ao que o consorciado escolheu na negociação, permitindo que ele adquira o bem na contemplação. Ela representa um “vale-compras”.
Por exemplo: você passa a participar de um consórcio de uma moto no valor de R$ 20 mil. Quando ocorre a contemplação, a pessoa vai receber a carta de crédito no valor de R$ 20 mil.
No caso de veículos, é importante lembrar que, para que o poder de compra dos consorciados não sofra depreciação, o valor da carta está sujeito à variação de acordo com as tabelas estabelecidas pelos fabricantes daqueles bens.
Quando se está falando de imóveis, a carta de crédito imobiliário também pode ser reajustada, conforme indicadores econômicos relacionados à construção.
Quanto tempo dura uma carta de crédito?
Após a contemplação e a finalização do processo de aprovação para a liberação da carta de crédito, este documento pode ser utilizado pelo período que estará definido no contrato.
O comum é que este período varie entre 90 e 180 dias, sendo que as políticas da administradora vão definir isto.
Reajuste da carta de crédito
Um ponto importante para saber o que é uma carta de crédito é entender que, para evitar que uma carta de crédito perca poder de compra ao longo do tempo, as administradoras fazem a atualização a cada aniversário anual da cota.
Isso acontece de forma análoga com a moeda corrente: a moeda perde valor todo ano por causa da inflação. Assim, o consórcio tem sua atualização para manter o valor real da parcela.
Vale notar que cada produto tem um indexador próprio. Entre os mais famosos, estão o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para automóveis e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado) para imóveis.
Além disso, há também o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que tem muita utilização para consórcios na área de serviços.
Desse modo, o valor é atualizado diretamente na carta de crédito no aniversário anual do consórcio. De forma que o consorciado precisa se preparar para esse aumento.
É seguro comprar cartas de crédito contempladas?
A Carta de Crédito é um bem adquirido pelo consorciado, e como tal, pode ser negociado. Ou seja, os interessados podem fazer a compra e venda de cartas de crédito contempladas.
As cartas de crédito contempladas nada mais são do que cartas de crédito que já podem ser utilizadas.
Sua comercialização pode se dar por vários fatores. Como a necessidade do investidor de reaver o capital ou, devido a uma valorização. Destacando que o valor do consórcio pode sofrer alterações com base em índices. Nesse caso, o valor da carta de crédito corrigida, pode se tornar mais interessante do que seu uso para adquirir um bem.
Para adquirir uma carta de crédito contemplada, especialmente de veículos e imóveis, é necessário tomar alguns cuidados, especialmente para não cair em fraudes.
Afinal, ainda que seja uma modalidade relativamente segura, seguir algumas dicas pode fazer toda diferença no processo.
Nesse sentido, vale os seguintes processos:
- Busque comprar diretamente de empresas com credibilidade no mercado;
- Confirme as informações presentes na carta contemplada;
- Pesquise sobre a existência da administradora e se ela possui autorização para realizar suas atividades;
- Não efetue pagamentos antecipados;
- Desconfie de propostas e promessas muito boas, também conhecidas no mercado como “milagres”.
Portanto, ao seguir estes passos, o solicitante se garante de diferentes formas.
Pois bem, em um consórcio é possível ou esperar ser contemplado por sorteio, ou oferecer lances, desejando que sejam maiores que os dos outros membros do grupo.
No entanto, é possível adquirir uma carta de crédito contemplada. Nesse sentido, pode ocorrer que uma pessoa (ou empresa) contemplada queira vender sua carta, em geral por um valor menor.
No entanto, é preciso ter cuidado: adquirir uma carta de crédito contemplada pede atenção redobrada em relação a golpes.
Para evitá-los, o ideal é procurar o auxílio do banco ou instituição financeira que emitiu o documento ou da administradora. Assim, as chances de cair em uma fraude financeira são menores.
-
Como comprar uma carta contemplada?
Ao longo do texto, foi possível entender a carta de crédito e o que é esta modalidade.
Todavia, quando o assunto é carta contemplada, é importante entender o que é necessário para adquirir este crédito.
Inicialmente, o cliente deve entender que a administradora fará uma análise cadastral acerca de sua “vida financeira”, sendo que através desta pesquisa a instituição aprovará ou recusará a negociação.
Em caso de aprovação, é necessário entender o passo a passo para se comprar este ativo de crédito. -
Passo a passo para compra
Para se comprar uma carta contemplada, são seguidas as seguintes etapas:
Escolha da carta e aprovação da administradora;
Encaminhar todas as informações necessárias para preencher o documento. Posteriormente, será preciso assinar o contrato;
Em seguida, será necessário fazer o pagamento da taxa de transferência e confirmação do pagamento;
Por fim, será necessário fazer a assinatura com reconhecimento de firma, sobre a conclusão da negociação .
Você ainda tem alguma dúvida sobre o funcionamento de uma carta de crédito? Comente abaixo para que possamos te ajudar. -
Quanto tempo vale uma carta de crédito?
Após ser contemplada, a carta de consórcio costuma ter uma validade de 90 a 180 dias. Há casos onde a carta de crédito fica disponível até o fim do pagamento do consórcio, tudo vai depender das regras do consórcio,
-
Quais as vantagens da carta de crédito?
Quando contemplado, o consorciado se mostra como uma das melhores alternativas de crédito que existem.
Por contar com um juro muito baixo, ao ser contemplado pelo consórcio, a carta de crédito pode lhe conceder diversas vantagens, como a compra de um bem.
Existem inúmeros tipos de consórcios, sendo que os mais comuns são os consórcios para aquisição de imóvel ou veículo.
Além disso, ainda há consórcios destinados ao pagamento de serviços ou ao pagamento de financiamentos e outras linhas de crédito. -
Quais as desvantagens da carta de crédito?
Vamos supor que a pessoa está buscando comprar um imóvel. Ao aderir a um consórcio o imóvel não poderá ser adquirido de imediato.
A pessoa terá que pagar algumas parcelas e tentar fazer um lance para ver se consegue ser contemplado e aí, fazer a aquisição do imóvel.
Ou seja, pessoas que estão buscando comprar um imóvel, ou qualquer outro bem, não encontraram no consórcio uma forma de aquisição imediata.
Não existe produto perfeito no mercado financeiro, mas sem dúvidas, o consórcio é uma alternativa muito interessante.
Inclusive, considerando as características do consórcio, muitos dizem que esta modalidade de crédito é uma forma de fazer uma “compra planejada”. Ou seja, aquele que faz um consórcio, está fazendo uma compra planejada, sem pressa.
Semelhante a um financiamento, ou empréstimo, o consórcio pode ter centenas de parcelas, mas é pouco oneroso. Quando comparado a um financiamento residencial, por exemplo, a taxa cobrada no consórcio é a administrativa. Nesse sentido, a taxa costuma girar em torno dos 2% ao ano. Já um financiamento, normalmente cobra mais de 10% ao ano.
Sobre vantagens e desvantagens, o consórcio é fortemente indicado, para as pessoas que não tem pressa em fazer a aquisição do bem desejado. Agora, se a pessoa está em busca de fazer uma compra rápida, o consórcio talvez não seja a melhor opção.
Na tentativa de agilizar o acesso à carta de crédito, o cotista pode fazer um lance. Como visto, existem três tipos de lance, o fixo, livre e o embutido. Cada um com suas vantagens e desvantagens.
Então, se você pretende comprar sua “casa própria”, ou um veículo, e não tem pressa, o consórcio pode ser uma forma barata de fazer tal aquisição. Para os investidores, o consórcio também pode ser uma ferramenta relevante para fazer uma “alavancagem financeira“, visto as pequenas taxas.
O que é carta de crédito?
Carta de crédito ou consórcio é um documento entregue à pessoa contemplada em um consórcio. Munido da carteira de crédito, a pessoa terá condições de acessar os valores referentes ao crédito do consórcio e fazer a aquisição do bem ou serviço desejado.
Como funciona um consórcio?
O consórcio é formado por diversas pessoas que têm um objetivo em comum, comprar determinado bem ou serviço.
Uma das principais regras do consórcio são as contribuições mensais. Cada um dos integrantes do consórcio faz o pagamento mensal, sendo que o banco ou instituição financeira administra os valores. Para conseguir a carta de crédito e adquirir o bem desejado, os consórcios costumam sortear a carta de crédito.
Além dos sorteios, alguns consórcios costumam oferecer a possibilidade do participante fazer um lance e assim, conseguir ter acesso a carta de crédito de forma antecipada.
Vale destacar que os juros cobrados por um consórcio são muito menores do que os do financiamento. Por isso, o consórcio acaba se tornando uma opção muito interessante.
Qual é a vantagem de fazer um consórcio?
Ao optar pelo consórcio, a pessoa estará reduzindo drasticamente os custos envolvidos em outras modalidades de crédito, como o financiamento, por exemplo. Para entrar em um consórcio, a burocracia também é menor, facilitando o acesso.
Quais são as taxas de um consórcio?
Mesmo sem a cobrança de juros, o consórcio possui uma série de taxas, como: taxa de administração, seguro e fundo de reserva. Tais taxas, quando somadas, podem representar até 20% do valor total do bem.
O que é preciso para entrar em consórcio?
Todo o trâmite pode ser feito diretamente com a instituição financeira. Normalmente, a pessoa poderá entrar em um fundo que já está funcionando, ou em um que está prestes a abrir. A adesão de um novo cotista no consórcio exige a assinatura e a entrega de alguns documentos (como RG, CPF, comprovante de renda, dentre outros). Algo considerável habitual quando tratamos de bancos e instituições financeiras.