Dentro da União Européia, existe um tipo de união específica que abrange maioria dos países participantes do bloco: a Zona do Euro
Por se tratar de uma união monetária, a moeda utilizada por todos os países da Zona do Euro é, obviamente, a mesma: o euro.
O que é a Zona do Euro?
A Zona do Euro é uma união monetária vigente dentro da União Européia. Ela compreende a área onde o Euro é a única moeda oficial adotada pela economia desses países.
Essa zona foi criada para facilitar negociações e tornar a economia do conjunto de países do bloco do euro mais estável e próspera. Atualmente, 19 dos 28 países da União Europeia usam o Euro como moeda oficial.
Por ser uma união supranacional vinculada a União Européia, a Zona do Euro têm as suas políticas monetárias reguladas pelo BCE, o Banco Central Europeu.
Como a Zona do Euro foi formada?
Também chamada de Eurozona, a formação dessa união monetária esteve intimamente ligada a criação da própria moeda única, o Euro — um desejo antigo dos países que formavam o bloco.
Assinado em 1992, o Tratado da Maastrich originou a criação do bloco da União Europeia. Esse acordo foi um dos fundamentos para que, anos depois, fosse criada a moeda única. Com o tratado, a UE passou a ter uma única política econômica.
Assim, em 1999, foi criado o Instituto Monetário Europeu e a aprovação de uma única moeda para países que formariam a Zona do Euro.
O processo para adoção do euro demorou três anos até a sua conclusão. Todos os países membros substituíram suas moedas nacionais por uma moeda única, formando a área do euro.
Eram onze países membros quando foi formada. Pouco mais de dez anos depois, a zona do euro já era considerada a segunda maior economia do mundo. A transição dos países para o euro foi a maior troca de moeda do mundo.
Regras da Zona do Euro
Os países membros da Zona do Euro precisam respeitar alguns acordos, chamados de critérios de convergência — como, por exemplo, não ter um dívida pública superior a 60% do PIB.
Porém, existem outros quatro critérios para aderir a zona do euro. São eles:
- A taxa de inflação não pode ser superior a 1,5% da média dos países da União Europeia;
- Deficit orçamentário menor ou igual que 3%;
- Participação de dois anos no mecanismo de controle do câmbio;
- Taxas de juros de longo prazo inferiores a 2%.
Entretanto, além destes critérios, a legislação do país interessado em entrar para Zona do Euro deve respeitar todos os requisitos da UE. Por fim, atendidas todas as exigências, é emitido o relatório de convergência positivo.
Países que formam a Zona do Euro
Atualmente, o Euro é moeda nacional para 300 milhões de pessoas. Juntos, esta população representa 20% da economia mundial. Dentre os países que utilizam o Euro como moeda oficial, estão:
- Áustria;
- Bélgica;
- Chipre;
- Estônia;
- Finlândia;
- França;
- Alemanha;
- Grécia;
- Irlanda;
- Itália;
- Letônia;
- Lituânia;
- Luxemburgo;
- Malta;
- Países Baixos;
- Portugal;
- Eslováquia;
- Eslovênia;
- Espanha.
Além dessa lista, também existem países que já entraram na União Europeia, mas que ainda não adotaram a moeda. Ou seja, eles poderão fazer a transição para o Euro no futuro quando cumprirem os requisitos impostos pelo bloco no futuro. São eles:
- Bulgária;
- Croácia;
- República Checa;
- Hungria;
- Polônia;
- Romênia;
- Suécia.
Porém, também existem dois outros países que participam da União Europeia, mas que decidiram não aderir a Zona do Euro e manter suas respectivas moedas: a Dinamarca e o Reino Unido.
Crise na Zona do Euro
Uma crise da dívida pública recentemente atingiu os países da Zona do Euro que ultrapassaram o limite de gastos estabelecido pelo Tratado de Maastricht. No acordo, o limite máximo é 60% do valor do PIB.
A Grécia, que atingiu a maior dívida da Zona do Euro, chegou a ultrapassar o triplo do limite. O país chegou a acumular 96,9 bilhões de euros, quase 180% do valor do PIB.
Principais países europeus endividados
Outros países também preocupam o BCE: a imprensa adotou o nome de PIIGS para o grupo de países em pior situação. Como esses países não possuem recursos sobrando, conhecido como superávit, acabaram gerando desconfiança de investidores. O grupo é formado por:
- Portugal;
- Irlanda;
- Itália;
- Grécia;
- Espanha.
Até o último levantamento feito, referente ao ano de 2017, a Grécia ainda tinha o cenário mais preocupante. Mas Portugal e Itália tinham o endividamento 120% do valor do PIB.
O endividamento dos países da Zona do Euro é preocupante porque pode deixar os bancos mais cautelosos. O que pode dificultar a liberação de crédito para empresas e países da Europa.
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