No mercado financeiro, o termo underwriting, ou subscrição, é muito utilizado por instituições financeiras.
Podemos dizer que o underwriting é o processo pelo qual os banqueiros de investimento levantam capital de investimento de investidores em nome de corporações e governos ou emitem ações ou títulos de dívida.
Essa operação é realizada por uma instituição financeira isoladamente ou organizada em consórcio.
A palavra “subscritor” teve origem na prática de fazer com que cada tomador de risco escrevesse seu nome sob a quantidade total de risco que ele estava disposto a aceitar em um prêmio especificado.
Além disso, a instituição financeira que realiza as operações de lançamento de ações no mercado primário é chamada de underwriter. A seguir, temos as instituições autorizadas para estas operações:
- Bancos múltiplos;
- Bancos de investimento;
- Sociedades corretoras e distribuidoras.
Desse modo, as operações de underwriting são ofertas públicas de títulos em geral, e de títulos de crédito representativo de empréstimo cuja pratica é permitida somente por uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil, para esse tipo de transação.
O papel do underwriting no mercado
Fazer um mercado para títulos é o principal papel de um subscritor.
Toda apólice de seguro ou instrumento de dívida, tal como uma hipoteca, carrega certo risco de que o mutuário irá ficar inadimplente. Isso, obviamente, representa uma perda para a seguradora ou credor.
Dessa forma, parte do trabalho do underwriter é avaliar os fatores de risco conhecidos. E também investigar a veracidade do pedido de cobertura do solicitante.
Desse modo, com todas as informações em mãos, é possível então determinar o preço mínimo da cobertura, ou juros cobrados.
Dessa maneira, os subscritores contribuem para encontrar o verdadeiro preço de mercado do risco. Decidindo, assim, caso a caso, quais apólices estão dispostas a cobrir e a que taxas precisam cobrar objetivando obterem lucro.
Outro papel informacional importante dessas empresas é o fato de que é possível rapidamente excluir candidatos inaceitavelmente arriscados. Tais como aqueles com problemas de saúde e que querem um seguro de vida.
De modo geral existem duas modalidades de underwriting:
- Underwriting de melhores esforços: nesses casos a instituição subscritora se compromete a fazer o melhor para buscar interessados em investir nos papéis da empresa. Mas o intermediário não assume qualquer compromisso caso as ações não encontrem uma boa recepção junto ao público.
- Underwriting firme: nesse caso a instituição subscritora assume o compromisso de subscrever todas as ações antes de revendê-las ao publico. Assumindo, assim, todos os riscos da operação.
O risco de um underwriting
No mercado, o exemplo mais comum de underwriting é o seguro. Para que um serviço de seguro funcione bem, é preciso uma quantidade suficiente de pessoas seguradas.
Isso acontece porque a diversificação do risco ajuda a mitigá-lo, pondo assim, a estatística a favor da subscritora.
O fato de poder espalhar o risco em uma base bastante ampla de vidas torna possível que muitos sinistros venham acontecer sem que prejudique a companhia seguradora.
Dessa forma, uma vez que um subscritor tenha sido encontrado para uma determinada apólice, o capital que o subscritor apresenta no momento do investimento atua como garantia de que o pedido pode ser pago.
Desse modo, podemos concluir que o processo de underwriting é essencial para a melhor definição dos riscos a serem assumidos em uma sociedade capitalista.