Trocar de carro é um hábito comum para muitos brasileiros. A tentação de pegar um carro mais novo, mais espaçoso e mais potente ainda faz a cabeça de muita gente.
Mas até que ponto vale a pena trocar de carro? Do ponto de vista das finanças pessoais, é preciso considerar uma série de fatores para não sair perdendo.
Trocar de carro é mesmo necessário?
A primeira pergunta que precisa ser feita para quem deseja trocar de carro é simples: será que a troca é realmente necessária?
Se a resposta for titubeante, esse pode ser um indício de que o consumidor está seguindo um capricho pessoal ou mirando uma mudança de status.
O risco, nesse caso, é acabar prejudicando a organização financeira da família para sustentar esse luxo.
Quem troca de carro de forma constante, sem planejamento financeiro, acaba acumulando dívidas que não terminam, apenas pelo prazer de ter o carro do ano na garagem.
Para descobrir se está na hora certa de trocar de carro, algumas perguntas simples podem ajudar. Por exemplo:
- O carro está incomodando com manutenções recorrentes?
- O veículo está se desvalorizando rapidamente?
- O carro não atende mais às suas necessidades e da sua família?
- Sua vida vai melhorar na prática com a troca de carro?
Caso a resposta seja positiva para alguma dessas perguntas, talvez seja realmente o momento de avaliar uma troca. Há momentos em que, com planejamento, a troca de carro realmente pode ser a melhor escolha.
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Quando vale a pena trocar de carro?
Carros não são investimentos, então não há como esperar um retorno financeiro diante desse gasto.
Mas trocar de carro pode valer a pena quando o automóvel deixa de atender às suas necessidades.
Nesse caso, o custo financeiro da troca é compensado pela mudança na qualidade de vida.
Isso pode ocorrer em diversas situações, que estão relacionadas às perguntas do início do artigo. Veja quando trocar de carro:
- Excesso de manutenções e alto valor gasto mensalmente para manter o carro rodando;
- Desvalorização veloz do carro, seja porque ele está muito velho, com alta quilometragem ou porque o veículo saiu de linha;
- Carro que não atende às necessidades básicas da família, o que inclui carro pequeno para família grande, família que viaja com carro de porta malas pequeno, carro sem ar condicionado em cidades de temperatura muito alta, etc.
O que analisar na troca de carro?
Caso seja decidido a troca de carro, é necessário realizar uma pesquisa e negociar para fazer o melhor negócio possível.
A troca de carro pode ser feita de diversas maneiras. Você pode simplesmente trocar um carro por outro, fazer a troca com troco, quando uma das partes faz uma compensação financeira, ou simplesmente vender o carro e comprar outro, que pode ser um usado, seminovo ou novo (zero quilômetro).
São diversas variáveis que o proprietário precisa considerar para diminuir o prejuízo financeiro e, quem sabe, até lucrar um pouco com o negócio.
O que considerar ao vender o carro?
Diversos fatores devem ser analisados ao vender o carro:
Descobrir o valor do carro
Para descobrir o valor do carro, a melhor dica é consultar a tabela FIPE. Atualizada constantemente, ela mostra o valor de mercado médio pelos quais os automóveis são negociados no Brasil. Esta é a primeira informação para iniciar o processo de venda.
Local de venda do carro
O segundo fator que precisa ser considerado é onde vender o carro. Se o proprietário optar por concessionárias ou revendas de automóveis, é preciso ter noção de que o valor pago será inferior à tabela FIPE, em torno de 20 a 30%. Se a decisão for colocar o carro atual na troca, para comprar outro, as chances de negociar essas margens aumentam.
Por isso, para quem deseja um valor próximo à FIPE, a recomendação é a venda particular, quando ele é vendido diretamente para outra pessoa.
Mas essa decisão exige muito mais tempo e dedicação do proprietário, porque ele precisará fazer os anúncios, entrar em contato com possíveis compradores e mostrar o carro aos interessados.
O que considerar ao comprar o carro?
Se para vender o carro há vários fatores a considerar, o mesmo ocorre na hora de comprar.
Novo, seminovo ou usado?
A primeira decisão que precisa ser tomada e que terá impacto direto sobre as finanças, é entre um carro novo, seminovo ou usado.
O carro novo, ao sair da concessionária, perde de 10% a 20% do seu valor de mercado, mas pode ser a melhor opção para quem deseja ficar com o carro por um longo período e não abre mão da qualidade e procedência.
O seminovo é uma das melhores opções para quem está preocupado com a desvalorização e deseja um carro atual. O usado é a opção para quem deseja pagar pouco, e está disposto a pegar um carro de alta quilometragem.
Pesquisa e paciência são fundamentais
Não importa qual modelo ou tipo de carro foi escolhido, a pesquisa e a paciência são itens fundamentais para negociar o carro e encontrar a melhor opção. Quem tem pressa dificilmente faz bons negócios.
Condições de pagamento
É importante ficar atento às condições de pagamento. Pagar à vista, em alguns casos, pode render desconto, e não há preocupação futura com juros. Financiar exige atenção aos juros, e dar um valor de entrada pode ajudar a diminuir o valor final. Finalmente, parcelar todo o valor tende a ser a pior opção, porque os juros podem mudar bastante o valor do automóvel no longo prazo.
Foi possível saber mais sobre como trocar de carro? Deixe suas dúvidas nos comentários.