Se você começou a pensar em migrar os recursos da poupança, a primeira alternativa que deve ter considerado é o CDB. Os Certificados de Depósito Bancários (CDB’s) são a principal alternativa de renda fixa a quem quer segurança e rentabilidade.
Fáceis de se investir, presentes do bancão à fintech, com rentabilidades atreladas ao CDI e assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito, dá para entender sua atratividade. Mas para tirar o melhor dessa ferramenta e entender onde está colocando o seu dinheiro, segue o texto. Assim, fique por dentro desse investimento.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de crédito. É uma promessa de pagamento futuro feita pelo banco à você. Dando liquidez ao sistema financeiro e sendo prioridade de pagamento. Os CDB’s são um dos mais famosos títulos de renda fixa.
Na prática, ele é uma dívida que o banco tem junto ao investidor no intuito de captar recursos financeiros. Aplicar em CDB é, em outras palavras, emprestar dinheiro ao banco, recebendo juros por isso. Ou seja, ao comprar um CDB, o investidor está invertendo a relação comum.
Por terem sua rentabilidade conhecida no momento de compra, os CDB’s são classificados como investimentos de renda fixa. São mais seguros e mais acessíveis que títulos como LCI‘s, CRI‘s e um pouco mais arriscados que o Tesouro Direto, por exemplo.
Normalmente, se usam os CDB’s como reserva, seja ela de emergência ou de oportunidade. A alta liquidez desses títulos ajuda nesse uso – não é raro encontrar CDB’s com liquidez D+1 ou D+0, por exemplo, tornando-os perfeitos para isso.
Além disso, muitos bancos como XP, Nubank e BTG usam sistemas de cashback que investem automaticamente em CDB’s e RDB’s associados aos seus bancos conforme se usa o cartão de crédito.
Que o CDB é um investimento de Renda Fixa, você já sabe. Agora resta entender como funciona o CDB. Afinal, porque o banco – ou qualquer instituição financeira – emprestaria dinheiro, se é dessa forma que eles ganham dinheiro?
Apesar de parecer contraproducente, podemos entender o movimento com algumas etapas básicas:
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O banco identifica uma oportunidade de aplicação
Pode ser um empréstimo com uma taxa alta de juros ou uma ação que eles acham que vai subir.
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Ele emite um título de dívida para captar recurso
Porque investir com o próprio dinheiro? O banco aqui cria um CDB e o oferta no mercado.
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Você compra o CDB
Ao adquirir o CDB, você dá para o banco o dinheiro que ele precisa para fazer aquela operação vantajosa, com a promessa de receber o mesmo valor mais os juros acordados.
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O banco faz a aplicação
Com os lucros da operação o banco te paga os juros e embolsa a diferença. Todos ganham!
A transação é vantajosa para os dois lados da negociação. Para o banco, esses recursos dão condições para que a instituição ofereça uma série de produtos bancários como crédito pessoal, cheque especial, capital de giro para empresas e outros produtos.
Já para o investidor também pode ser um bom negócio pois ele receberá o dinheiro investido mais os juros contratados na aquisição do título. A segurança é relativamente alta, pois bancos e IF’s costumam dar lucro e tem, por legislação, a obrigação de pagar esses títulos.
Mas cabe lembrar que todo CDB, para ser válido, deve ser obrigatoriamente registrado na CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos). Pois, só nessas condições seu título terá a garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
Com relação à forma como são remunerados, esses títulos de renda fixa possuem três categorias de classificações. São elas:
Tipo de CDB | Vantagens | Desvantagens |
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Pré-fixado | – Rendimento conhecido desde o início. – Pode ser vantajoso em cenários de queda de juros. | – Pode perder atratividade se a taxa de juro aumentar. |
Pós-fixado | – Rendimento acompanha a variação de indicadores econômicos (ex: CDI). – Pode ser vantajoso em cenários de alta de juros. | – Rendimento incerto e pode ser menor que o esperado em cenários de queda de juros. |
Híbrido | – Combina características de pré e pós-fixado. – Pode oferecer proteção contra a inflação. | – Maior complexidade na compreensão do rendimento. – Pode ter rendimento menor que CDBs puramente pós-fixados em cenários de alta de juros. |
CDB Pré Fixado
Um título pré-fixado é aquele que a taxa de remuneração está dada. São os CDB’s que anunciam que pagarão 10% em um ano, por exemplo. Sempre que o valor vier com uma porcentagem, sem nenhum índice, significa que é um título pré-fixado.
Os pré-fixados são boas escolhas de renda fixa em dois casos: primeiro, se você sabe quanto precisa. Digamos, para pagar um carro ou uma festa de casamento. Aqui, saber quanto você vai sacar e quando é mais importante do que perder uma oportunidade com uma eventual alta da Selic, por exemplo.
O outro caso é quando você estima uma queda nos índices. Digamos que a Selic está alta e o IPCA começa a cair. A tendência é que o Banco Central diminua a Selic com o tempo. Prevendo isso, você pode optar por uma rentabilidade fixa, que ainda será alta para competir com os títulos pós-fixados, mas não será tão volátil. Lá na frente você sai com o lucro.
CDB Pós-fixado
Aqui a relação é inversa ao pré-fixado. As rentabilidades sempre estarão atreladas a um índice – e normalmente esse índice será o CDI. Enquanto os CDB’s pré-fixados dizem quanto você receberá, os pós-fixados dão um percentual de uma taxa.
Você verá suas rentabilidades escritas como “120% do CDI” ou “97,5% do CDI”. CDB’s costumam ofertar mais do que 100% do CDI. Mas quanto é 100% do CDI? Aí é que você tem que tomar cuidado.
Como o CDI muda ao gosto da política econômica do Copom, se ele estiver em 13,25% a.a., significa que, enquanto as taxas forem essas, a sua rentabilidade é esse equivalente ao mês. Parece confuso, mas explicamos.
Se a taxa cai – de 13,25% a.a. para 12,75% a.a., por exemplo – os meses em que você teve o título com a primeira taxa renderão aquele valor. Os meses que você tiver o título com a segunda taxa renderão um pouco menos.
Por isso os títulos pós-fixados são recomendados em períodos onde a Selic está em ascensão – uma vez que a alta dos juros, pode favorecer os ganhos com CDBs pós-fixados, aumentando os rendimentos dos títulos atrelados ao CDI.
CDB Híbrido
Já os CDB’s híbridos são o melhor – ou pior – dos dois mundos. Eles costumam ter maior variedade de índices atrelados do que os pós-fixados, aceitando índices de inflação como o IPCA, por exemplo. A ideia deles é oferecer o movimento do índice mais um bônus ao investidor.
Assim, CDB’s híbridos terão taxas como IPCA +3% a.a, CDI +1,2% a.a. e semelhantes. Eles oferecem ganhos reais, no caso da inflação, ou salvaguardas, no caso do CDI.
Uma vez que possuem essa capacidade de atrelar ao IPCA, o uso que recebem é normalmente o de proteger o patrimônio. Ao oferecer um ganho real do poder econômico, são boas reservas de emergência e aposentadorias.
Pensados no longo prazo, os CDBs híbridos trazem retornos que rivalizam com alguns investimentos de renda variável, por exemplo.
Existem cinco aspectos que você deve ter atenção em todo CDB que você considerar comprar. Primeiro, e normalmente o mais analisado, é a rentabilidade. Quanto você vai receber por ele? Depois, os riscos associados – pois, apesar de ser um investimento seguro de renda fixa, todo investimento tem seus riscos.
Temos ainda a tributação, como calcular o valor dos impostos nesse investimento, o prazo, que vai influenciar diretamente na tributação, e, por fim, o investimento mínimo. Com isso em mente você vai escolher o melhor CDB para os seus investimentos.
Rentabilidade do CDB
Já mencionamos que a rentabilidade está diretamente atrelada ao tipo de CDB. Teremos assim uma rentabilidade para os CDB’s pré-fixados, pós-fixados e híbridos.
Rentabilidade do CDB prefixado: Ao investir em aplicações de renda fixa prefixadas, o investidor sabe quanto receberá no vencimento. Isso acontece porque a taxa de juros é definida e informada no momento da aplicação. Por exemplo, R$ 1.000 em um CDB de 14% a.a viram R$ 1.140,00 nesse intervalo: você fez R$ 140,00 em um ano.
Rentabilidade do CDB pós-fixado: No caso dos pós-fixados, vamos imaginar que o CDB seja de 120% do CDI, durante um ano, a um CDI 13,25%. 120% de 13,25% é 15,9%. Se você colocasse mil reais nessa aplicação, sacaria – no caso de um CDI que se manteve constante – R$ 1.159,00.
O cuidado é se a taxa cair ou subir no período. Se ela cair, os meses com a taxa nova vão render menos. Se ela subir, renderão mais. É sempre bom acompanhar as projeções para o próximo ano em comunicados como os do Copom, com as expectativas de mercado para dar um norte na sua decisão.
Rentabilidade do CDB atrelado à inflação: Já os híbridos – normalmente atrelados à inflação – terão um ganho real, via de regra. Um CDB IPCA +6% a.a vai olhar primeiro para o IPCA no período, depois a taxa de spread – esse valor a mais. Se no ano o IPCA foi 8%, então a rentabilidade final fica 14% (6+8). Mil reais viram R$ 1.140,00.
O ponto positivo é que seu dinheiro sempre vai valorizar nessas aplicações – talvez menos do que em um CDB com 100% CDI, mas a certeza que você terá uma valorização.
Variáveis que afetam a rentabilidade
Existem alguns fatores que vão determinar a rentabilidade de um CDB. São eles:
- Tamanho da Instituição financeira;
- Tempo de aplicação do investimento;
- Valor aplicado;
- Taxa de rentabilidade líquida.
De modo geral, bancos maiores e mais bem capitalizados pagam taxas menores em comparação com os seus pares de menor porte. Esse fato se deve à sua facilidade de captar recursos, além da reputação e poder de marca que também influencia no momento do investimento.
Então, caso você esteja em busca de rendimentos mais elevados, o caminho mais vantajoso é o investimento em instituições bancárias de porte médio a pequeno.
Mas cabe lembrar que nesse caso o risco é maior. A cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) existe para todos os bancos conveniados ao fundo – sendo que o teto de proteção do FGC é de R$ 250.000,00 investidos -, mas se você quer evitar até a dor de cabeça de entrar com o pedido, que pode levar de 15 dias a dois meses para pagar, leve em consideração o risco da instituição financeira.
Riscos do CDB
Já que estamos falando do FGC, vale lembrar que os CDB’s não são livres de risco. É muito comum pensarmos que investimentos de renda fixa, com suas regras claras e retornos bastante previsíveis, são aplicações livres de risco de mercado. Mas a verdade é que não existe nenhum investimento desse tipo.
O principal risco de um CDB é o calote da instituição financeira. O banco quebrar. Caso isso aconteça, você precisa verificar se:
- O valor investido está dentro do garantido pelo FGC?
Você tem mais de R$ 1 milhão investidos em CDB’s no geral?
Se a resposta para algumas dessas perguntas for sim, esse é o seu risco. Se a IF quebrar com R$ 300.000 seus investidos em CDB’s, você só vai receber R$ 250.000. R$ 50.000 são perdidos.
Se, por outro lado, você tiver R$ 1,2 milhão em CDB’s em bancos diferentes, e todos quebrarem (algo difícil, mas não impossível) são R$ 200.000 em risco. Portanto, este é um risco que você quer correr?
Tributação do CDB
Existem dois tributos que incidem sobre os CDB’s: o Imposto de Renda e o IOF. Ambos são tributos com um teto e um piso. Contudo, as alíquotas de ambos os tributos, diminui, conforme o valor permanece investido na aplicação. Abaixo, separamos uma tabela com a forma que esses impostos funcionam.
No Imposto de Renda o investidor estará exposto a uma alíquota máxima de 22,5% caso resgate sua aplicação num prazo de até 180 dias. Por outro lado, caso ele seja mais paciente, aguardando no mínimo 721 dias, o investidor terá uma alíquota mínima de 15%.
Já o imposto sobre operações financeiros – IOF pode ser cobrado em aplicações de curtíssimo prazo. Aquelas em que são feitas em menos de 30 dias depois do dia da aplicação.
O IOF chega a 96% sobre o rendimento no primeiro dia corrido e deixará de ser cobrado após 30 dias de aplicação.
Vale lembrar que os valores referentes a esses impostos sempre serão recolhidos automaticamente pela instituição financeira no momento do resgate. Não há dor de cabeça em fazer cálculos: o que você recebeu é seu.
Prazo de Resgate (dias) | Alíquota de Imposto (%) |
Até 180 | 22,5 |
De 181 a 360 | 20,0 |
De 361 a 720 | 17,5 |
Acima de 721 | 15,0 |
Investimento mínimo do CDB
A compra de um CDB depende do que a corretora oferece. Por exemplo, existem corretoras que oferecem apenas títulos acima de R$ 5 mil, outras trabalham com valores a partir de R$ 1,00.
CDB’s de maior valor costumam pagar mais, uma vez que há mais dinheiro travado no investimento. Em contrapartida, há CDB’s de investimento automático, como os que envolvem cashback de cartões – nesse caso, a movimentação mínima pode ser de até R$ 1,00.
Normalmente esses serão os CDB’s da sua instituição financeira – um jeito do banco manter a grana “dentro de casa”. Nesses casos, vale conferir se o seu cartão ou conta possuem esse benefício para explorar ao máximo as suas vantagens.
Prazo de aplicação
Não existe prazo estabelecido e generalizado para aplicações e resgates em CDB. Há ativos no mercado que podem ter liquidez diária ou com liquidez restrita ao vencimento, tendo um vencimento superior a 5 anos (existem CDBs com prazos ainda maiores). O prazo de aplicação precisa estar de acordo com a sua estratégia para garantir a melhor rentabilidade.
Se você precisa do dinheiro logo, vai priorizar liquidez, e precisa levar os valores de IR em consideração. Se você pode se dar ao luxo de esperar ou está construindo investimentos seguros de longo prazo, pode olhar prazos maiores e rentabilidades superiores ao IPCA.
Além disso, cada instituição possui o seu prazo de carência de resgate, que pode ser de um ou mais dias após a solicitação. Por exemplo, digamos que você investiu R$ 20.000 em um CDB com prazo de carência de 5 dias e prazo de vencimento em 3 anos.
Dessa forma, você somente poderá resgatar o seu dinheiro após 5 dias da aplicação desse recurso. O importante é manter o olho nas duas primeiras leis de Buffett: não perca dinheiro e a segunda lei, não esqueça da primeira..
Existem duas formas muito simples de se investir nesse tipo de aplicação: via bancos ou corretoras. Os bancos podem oferecer ofertas exclusivas de CDB’s especiais ou atrelados às suas contas, como benefícios de cashback, por exemplo.
Já as corretoras tendem a concentrar ofertas de vários bancos e mercados secundários, permitindo ofertas um pouco mais interessantes.
Em resumo, o investimento em CDB, é um dos mais seguros presentes no mercado financeiro. Assim, para realizar as suas aplicações financeiras em CDB o investidor deverá:
-
1.
Compare
Comparar todas as opções disponíveis nas instituições que possui conta, fazendo uma pesquisa ampla de todos os ativos -
2.
Verifique os riscos
Analisar qual é o rating do banco emissor, para evitar ao máximo se expor a risco de crédito elevado -
3.
Verificar prazo
Entender qual é o prazo e se o investimento possui liquidez diária -
4.
Analisar valor inicial
Descobrir o valor mínimo de aplicação, pois alguns CDBs possuem altos valores de entrada -
5.
Comparar taxas
Analisar as taxas, que podem ser tanto atreladas ao CDI, ao IPCA ou mesmo uma taxa pré-fixada -
6.
Ter o FGC em mente
Saber que o FGC cobre apenas R$ 250.000,00 por banco e por CPF, com limite de ressarcimento em prazo de 4 anos de R$ 1.000.000,00 -
7.
Aplique
Transferir os recursos para instituição e aplicar o valor
Trade com CDB: o que é e como funciona?
Fazer um trade com CDB significa comprar Certificados de Depósito Bancário com a intenção de vendê-los por um preço mais alto em um curto período de tempo. Isso geralmente envolve a especulação sobre as taxas de juros e o movimento do mercado.
Em cenário onde a taxa de juro está em declínio, pode ser favorável comprar CDBs pré-fixados e vendê-los quando as taxas caem, já que o valor do CDB pode aumentar. Da mesma forma, em um ambiente de taxas de juros crescentes, os CDBs pós-fixados podem ser mais atrativos.
Riscos do trade com CDB
O trade com CDB é uma prática arriscada e especulativa. As taxas de juros e o mercado podem ser imprevisíveis e voláteis. Além disso, os CDBs geralmente têm prazos de vencimento, e vender antes do vencimento pode resultar em perdas. Também é importante considerar os custos de transação e impostos que podem afetar a rentabilidade.
Só faça se for certificado
Fazer trade com CDB é uma prática complexa que deve ser confiada a profissionais qualificados. É importante ter um bom entendimento do mercado e das taxas de juros. Além disso, essa prática não está necessariamente alinhada com uma mentalidade de investimento de longo prazo. Se você não é um profissional certificado, é aconselhável buscar aconselhamento de um especialista antes de se envolver em trades com CDB.
O investimento em CDB, apesar de não ser tão popular quanto a investir na poupança, possui uma boa representatividade dentro do nosso mercado financeiro.
Então como qualquer outro investimento, essa aplicação possui as suas vantagens e desvantagens. Entre elas podemos citar:
Vantagens do CDB
- Segurança: O investimento em CDB possui garantia do FGC, então ele é um investimento tão seguro quanto a poupança.
- Ausência de taxas: Diferente de outras aplicações, o investidor não paga nenhuma taxa para a corretora ou banco quando adquirir um título.
- Liquidez: A liquidez dessa aplicação pode ser diária, o que permite o investidor realizar o seu resgate a qualquer momento que precisar.
- Rentabilidade: A rentabilidade é superior à caderneta de poupança, especialmente em momentos de juros mais elevados.
- Diversidade: É possível encontrar uma variedade enorme de CDBs a disposição, com diversos prazos, valores e rentabilidades. Isso ajuda o investidor a definir melhor sua estratégia de investimentos.
O investimento em renda fixa pode ser utilizado como uma espécie de reserva de oportunidade, pois os recursos podem ser usados assim que alguma oportunidade de investimento ou emergência surgir.
Desvantagens do CDB
- Imposto de renda: O imposto cobrado sobre esse categoria de aplicação pode corroer bastante os rendimentos, sobretudo quando o resgate acontece no curto prazo.
- Rentabilidade: A taxa de rentabilidade pode ser, por vezes, muito baixa a depender do momento em que o patamar do CDI se encontra. Então, ainda que ganhe em comparação a rentabilidade da poupança, pode perder para outros ativos financeiros.
- Valor mínimo do título: A exigência de valor mínimo do CDB pode representar uma barreira para aquisição. Isso porque existem outros títulos, como os do Tesouro com valor mínimo de compra a partir de R$ 30.
- Risco de falência do banco: se o investidor comprar um CDB e o banco falir, o compromisso de pagamento não será honrado. Neste caso, o investidor terá que acionar o FGC para recuperar seu dinheiro.
CDB ou Tesouro Direto?
Uma dúvida bastante comum entre os investidores é escolher entre CDB ou Tesouro Direto. E essa dificuldade é maior ainda quando o CDB é comparado ao título do Tesouro Selic, já que ambos podem ter liquidez diária.
Como vimos anteriormente, assim como no CDB, os títulos públicos também possuem incidência de impostos, como IR e IOF. Mas não somente isso, a própria Bolsa de valores brasileira, a B3, cobra uma taxa de custódia de 0,20% ao ano sobre o montante do capital aplicado em Tesouro Direto.
Sem contar que, ainda atualmente, algumas poucas corretoras e bancos cobram taxas que podem chegar a 2% ao ano sobre a aplicação no Tesouro Direto.
Desse modo, podemos dizer que, analisando todos os cenários possíveis, um CDB pode ser mais vantajoso que um título do Tesouro quando as taxas cobradas pelos bancos entram na conta.
Mas ainda nos casos em que o CDB for mais vantajoso, não devemos esquecer a qualidade da instituição emissora do título. Isso é muito importante, pois é um estresse a mais que deve ser contabilizado (caso o banco venha a falir).
CDB ou LCI?
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) também é um título de crédito, assim como o CDB. Porém os recursos captados são exclusivamente para investimentos no setor imobiliário.
Como o CDB é um título mais popular no mercado financeiro, você terá mais facilidade de encontrá-lo a disposição para venda. Já a LCI é ofertada em uma quantidade muito inferior.
Além disso, o CDB pode oferecer ao investidor a possibilidade de ganhar com a liquidez diária do título. Isso não é possível na LCI, pois a rentabilidade só será obtida após o vencimento do título.
O ponto onde você deve realmente focar é no Imposto de Renda. Isso porque as LCI’s são isentas dessa taxa. E, consequentemente, as “taxas equivalentes” serão muito diferentes entre si. Confira os exemplos abaixo:
- CDB – Rentabilidade 108% do CDI
- LCI – Rentabilidade 87% do CDI
Considere que o prazo de vencimento é de 360 dias para ambas. Nesse caso, segundo a tabela do IR, a alíquota é de 20% sobre o lucro do CDB. Seu valor líquido seria de:
108 * (1 – 0,20) = 86,4% do CDI
Logo, nesse cenário, a LCI com rentabilidade líquida de 87% seria mais vantajosa que o CDB com rentabilidade líquida de 86,4%. Nesses casos a LCI é mais interessante – corretoras como as do BTG e XP costumam colocar a “taxa equivalente do CDB” ao lado de outras aplicações de renda fixa, o que te facilita a comparação.
CDB ou Poupança?
Tanto a rentabilidade do CDB quanto o rendimento da poupança estão ligadas a taxa Selic. A diferença é que geralmente o CDB paga mais de 100% da taxa Selic. Já a poupança, paga apenas 70% da taxa Selic.
Ou seja, apesar de ambos serem considerados investimentos de baixo risco, o CDB geralmente ganha da poupança em rentabilidade. Então escolher entre CDB ou poupança depende das condições impostas pela instituição financeira. Uma vez que existem CDBs com liquidez diária e com rendimentos superiores à poupança. Sem falar que o CDB e a poupança, tem, praticamente o mesmo nível de segurança, sendo cobertos pelo FGC. Ou seja, o CDB, em resumo, é mais vantajoso.
Assim como em qualquer investimento, a resposta é que depende do seu perfil de investidor.
Desse modo, o que podemos dizer é que para o curto e médio prazo, o mais indicado é um CDB que oferece liquidez diária, porque você pode resgatar rapidamente.
Essa é uma boa opção para aqueles que ainda não encontraram uma forma mais rentável de aplicar os seus recursos. Principalmente para as pessoas que costumam deixar um capital substancial em sua conta corrente, sem que necessitem daquele dinheiro de forma imediata.
Contudo, o investidor precisa ficar atento à remuneração oferecida. Por exemplo, CDBs que remuneram a uma taxa abaixo de 80% do CDI, podem gerar ganhos abaixo dos oferecidos pela poupança.
Além disso, para aqueles que têm uma atitude mais conservadora, a aplicação de recursos nesses títulos pode ser uma saída para a diversificação dos investimentos.
O que é CDB e como funciona?
CDB é um título de renda fixa que funciona da seguinte forma: o investidor empresta dinheiro para o banco e em troca recebe uma rentabilidade acordada entre as partes.
Qual é a taxa do CDB?
A taxa do CDB varia muito pois depende do banco que emitiu. É ele quem define as taxas para os títulos pré-fixados. Já as taxas do título pós fixados são definidas pelo indexador ao qual o título está atrelado.
O que é CDB com liquidez diária?
CDB com liquidez diária é aquele que pode ser resgatado a qualquer dia. Ele é livre da obrigação de ficar com um título por um longo prazo. Então, se você adquirir esse título em um dia e vender no outro, ainda assim seu dinheiro vai render.
Qual a diferença entre CDB e CDI?
O CDB é um título de crédito, já o CDI é um indexador do mercado.
Quais são os tipos de CDB?
Quanto ao tipo de rentabilidade que é paga, o CDB se divide em três tipos: Pré-fixado, Híbrido e Pós-fixado.