Títulos privados: conheça as opções no mercado
A renda fixa é uma classe de investimento que pode ser interessante para todos os tipos de investidores, a depender de sua estratégia, possuindo diferentes possibilidades entre títulos privados e públicos.
Uma carteira de investimentos diversificada pode possuir títulos privados de diferentes prazos e riscos.
Títulos privados são todos títulos de dívida que foram emitidos por um banco, financeira ou por uma empresa. O objetivo do emissor é capitalizar recursos em troca do pagamento de juros aos seus investidores.
Os juros pagos podem ser pós fixados, acompanhando um percentual da taxa Selic, ou pré-fixados pelo emissor.
Existem diversos títulos privados no mercado. Cada um com diferentes características de prazo, liquidez e risco.
Mas em geral podemos separar os títulos que são emitidos por bancos, chamados de títulos bancários, dos que são emitidos por empresas, chamados corporativos, por terem características em comum.
Títulos bancários
- CDB ( Certificado de Depósito Bancário)
- LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Agrícola)
- LC (Letra de Câmbio)
Por serem emissões bancárias esses títulos tem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Por isso, são considerados ativos com baixo risco.
Há oportunidades de títulos de curto, médio e longo prazo com juros pós e prefixado.
As Letras de crédito Imobiliário e Agrícola possuem incentivo de investimento com isenção de imposto de renda para investidores pessoa física. No entanto, não possuem liquidez como os CDBs.
Títulos corporativos
- Debêntures
- Debêntures Incentivadas
- Certificado de Recebíveis Imobiliário e Agrícola (CRI/CRA)
Não possuem a garantia do FGC possuindo o risco de crédito da empresa emissora. Por isso, há opções de baixo e alto risco de crédito.
Os títulos em geral são de médio a longo prazo. Há opções pós, pre-fixadas e muitas vezes híbridas. Com um juro em parte fixo e em parte variável.
Os CRIs e CRAs possuem isenção de imposto de renda para investidores pessoa física.
Assim como as debêntures incentivadas, que são títulos emitidos com o fim de investimento em infraestrutura pela empresa. Por isso, em geral esses títulos possuem um longo prazo de investimento.
Os títulos corporativos podem ser negociados no mercado secundário de balcão. No entanto, ele ainda não é muito desenvolvido no país. De forma que alguns papéis não possuem liquidez.
Cuidados ao investir em títulos privados
Como todo título de renda fixa, as alíquotas de imposto de renda são progressivas.
• Até 180 dias de investimento, 22,5%
• De 181 a 360 dias de investimento, 20%
• De 361 a 720 dias de investimento, 17,5%
• Acima de 720 dias, 15%
Dessa forma, quanto mais tempo se ficar com o título, maior será a rentabilidade líquida. A não ser nos casos de títulos isentos.
Como foi dito acima, os títulos corporativos possuem risco de crédito. Ou seja, o risco de emissor do título não poder pagar os credores e dar o calote.
Para avaliar se o risco é alto ou baixo é preciso saber quais são as suas notas de crédito dadas pelas agências de classificação e risco.
Assim, quanto pior a nota, maior deverá ser o seu retorno para compensar esse risco.
Seguindo a mesma lógica, títulos corporativos devem possuir rendimentos acima dos títulos bancários, que não possuem risco de crédito por terem a garantia do FGC.
Por fim, existe uma diversidade de títulos privados com diferentes características que podem compor o seu portfólio de investimento de acordo com suas necessidades.