Os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional fazem parte de uma das alternativas daqueles que buscam aplicações de renda fixa com segurança. E para o longo prazo, os investidores tendem a preferir os títulos pós-fixados, como o Tesouro IPCA e o Tesouro IGP-M.
Contudo, destaca-se que o Tesouro IGP-M, título que já foi muito cobiçado por investidores, ficou disponível apenas entre 2002 e 2006. Ou seja, desde esse último ano, o título atrelado ao IGP-M deixou de ser ofertado pelo Tesouro Nacional – apesar de existirem alguns vencimentos ativos até os dias de hoje.
O que é Tesouro IGP-M?
O Tesouro IGP-M é um título de dívida pública que foi ofertado ao mercado pelo Tesouro Nacional entre os anos de 2002 e 2006. Desde então, o título atrelado ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) deixou de ser ofertado aos investidores.
Também conhecido como NTN-C (Nota do Tesouro Nacional Série C), esse título era muito cobiçado pelos investidores por estar indexado ao famoso índice de correção dos aluguéis, o IGP-M. Afinal de contas, esse índice tem um histórico de correção acima da inflação oficial, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo).
Por isso, investidores que possuem títulos NTN-C tendem a possuir retornos superiores no mercado. Além disso, vale destacar também que o IGP-M possui um histórico de volatilidade maior do que o seu principal par inflacionário, o IPCA.
Por conta desses fatores, o Tesouro Nacional fez a opção de trocar o indexador pós-fixado dos seus títulos oferecidos ao mercado do IGP-M para, oficialmente, o IPCA. Mas para entender melhor o porquê dessa troca e quais foram as suas consequências, é preciso saber primeiro, é claro, o que é o IGP-M.
O que é IGP-M?
Como foi dito, o primeiro passo para entender sobre o Tesouro IGP-M, isto é, sobre seu histórico, características e rentabilidade, é preciso, claro, entender o que é o IGP-M. Afinal de contas, o retorno obtido por esse título dependerá desse índice e da sua metodologia de cálculo.
Portanto, destaca-se inicialmente que o IGP-M é a sigla para o Índice Geral de Preços de Mercado. Para aqueles que não possuem tanta familiaridade com essa sigla, o IGP-M também é comumente conhecido no mercado por ser a “inflação do aluguel”.
Isso porque, obviamente, a maior parte dos contratos de aluguéis utilizam esse índice para a correção dos valores. Apesar de existirem, sim, algumas exceções em que o aluguel das locações imobiliárias é corrigido por outro índice, como o IPCA, que representa a inflação oficial do Brasil.
De qualquer forma, é preciso que o investidor entenda que para que esses índices sejam calculados, é preciso que algum agente externo observe o comportamento ao longo do tempo do preço de uma cesta de produtos e serviços. Com a variação desses preços, em conjunto, ao longo do tempo, os índices vão sendo formados.
No caso do IGP-M, o agente responsável pela observação e cálculo das variações é a FGV (Fundação Getúlio Vargas), enquanto no caso do IPCA essa operação é realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Vale destacar, ainda, que essa não é a única e nem a principal diferença entre os dois índices. Nesse sentido, enquanto o IPCA verifica e computa da oscilação de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias das principais capitais do Brasil, o IGP-M foca mais na variação de preços de atividades produtivas da economia.
Como o IGP-M é calculado?
Não é à toa que o Índice Geral de Preços de Mercado se preocupa mais com a variação de atividades produtivas da economia. Isso porque o cálculo do IGP-M considera os seguintes índices e proporções:
- IPA (Índice de Preços por Atacado) – 60%;
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor) – 30%;
- INCC (Índice Nacional do Custo de Construção) – 10%.
Como pode ser observado, o IGP-M tem como base de cálculo uma combinação de três outros índices, o IPA, o IPC e o INCC. O primeiro, com peso de 60% no índice, se preocupa em observar as variações de preço no atacado, antecipando as oscilações inflacionárias no varejo.
Em segundo lugar, com 30% no cálculo do IGP-M, está o IPC, que é um índice calculado com base em alterações de preço de produtos que afetam o poder de compra da população, como vestuário, habitação, transporte e alimentação.
E por último, com 10% no índice, está o INCC, que observa a variação dos preços dos insumos relacionados à construção civil. Neste caso, é observada a observação de preços de diversos produtos dependentes de commodities, como o alumínio, o ferro e a celulose.
Histórico do Tesouro IGP-M
Após conhecer o que é o IGP-M e um pouco sobre esse título, muitos investidores podem se interessar em conhecer um pouco mais sobre o histórico do Tesouro IGP-M. Afinal de contas, esse é, sem dúvida, um dos títulos mais cobiçados por investidores no mercado.
Por isso, a seguir um pouco mais sobre o histórico da NTN-C, considerando o seu período de disponibilidade e a sua posterior substituição:
1. Disponibilidade do Tesouro IGP-M
A disponibilidade do Tesouro IGP-M aos investidores se expandiu em 2002, ano em que a plataforma do Tesouro Direto foi lançada. Contudo, o surgimento da NTN-C aconteceu um ano antes, em 2001, por meio do Artigo 9º do Decreto nº 3.859, de 4 de julho de 2001.
Como o próprio decreto coloca, o seu objetivo era de “estabelecer as características dos Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna e dá outras providências”. E entre as determinações do decreto, uma delas dizia respeito ao Tesouro IGP-M.
Nesse sentido, o artigo nono do documento determinava quais seriam as características do Tesouro IGP-M. Por exemplo, no que se refere ao seu prazo, emissão, modalidade de pagamento, rentabilidade, etc.
Portanto, foi a partir desse decreto de 2001, assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), que o Tesouro Nacional passou a estar autorizado a realizar as emissões das Notas da Série C.
2. Substituição do Tesouro IGP-M
Apesar de ser lançada em 2001, a partir do decreto nº 3.859 desse mesmo ano, o Tesouro IGP-M ficou pouco tempo disponível para os investidores. Isso porque, como foi colocado, o título deixou de ser ofertado em 2006.
Por conta disso, os títulos da NTN-C puderam ser adquiridos por pouco menos de 5 anos. Com o fim da sua oferta, é possível dizer que houve substituição do Tesouro IGP-M pelo Tesouro IPCA.
Contudo, vale destacar que o Tesouro IPCA, conhecido também por NTN-B (Notas do Tesouro Nacional da série B), já estava disponível antes de 2006, sendo que ele também fazia parte do decreto de 2001, o qual dispôs sobre suas características no artigo oitavo.
Apesar disso, o fim do Tesouro IGP-M é comumente relacionado a sua substituição pelo Tesouro IPCA porque este último passou a ser a única alternativa de título pós-fixado de longo prazo do Tesouro Nacional.
Rentabilidade do Tesouro IGP-M
Uma pergunta muito comum de grande parte dos investidores diz respeito à rentabilidade do Tesouro IGP-M. Isto é, qual era a modalidade e o percentual de remuneração que ele oferecia aos investidores quando ainda estava disponível para aplicação.
E sobre esta questão, é preciso separar qual era o tipo de remuneração e o percentual de retorno que ele oferecia. Sendo que:
Tipo de remuneração do Tesouro IGP-M
Em primeiro lugar, para entender mais sobre a rentabilidade do Tesouro IGP-M, o investidor deve ter em mente como funcionava a sua remuneração para os investidores. Isso porque os títulos pós-fixados do Tesouro Nacional podem ter duas modalidades.
Na primeira, o título paga os investidores os juros a cada 6 meses, semestralmente. Este é o caso da NTN-B atual, que é mais conhecido pelo termo Tesouro IPCA+ com juros semestrais.
E além dessa modalidade, há também aquela em que o investimento reinveste os juros no título, ao invés de distribuí-lo aos investidores. Assim, há o efeito dos juros sobre juros neste tipo de aplicação. Afinal, o rendimento da aplicação não é distribuído, mas reinvestido no próprio título, o que faz com que mais juros sejam gerados no futuro.
No caso da Nota do Tesouro Nacional Série C, que é a modalidade de rendimento do Tesouro IGP-M, os juros são distribuídos semestralmente aos detentores do título. Ou seja, isso significa que esse título segue a mesma metodologia de remuneração do Tesouro IPCA+ com juros semestrais.
Percentual de remuneração do Tesouro IGP-M
A segunda dúvida dos investidores diz respeito ao percentual de remuneração do Tesouro IGP-M. Isto é, o quanto esse título paga aos investidores acima do seu indexador inflacionário, o que representaria o seu rendimento real (acima da inflação).
Apesar de essa ser uma dúvida pertinente dos investidores, é preciso destacar que esse percentual de remuneração não é fixo e depende do dia em que o investidor realizou a sua aplicação no título. Isso porque todos os dias o percentual oferecido pelo Tesouro Nacional se altera conforme a percepção de risco do país muda. Sendo que:
- Quanto maior a percepção de risco, maior o rendimento dos títulos, e;
- Quanto menor a percepção de risco, menor também o rendimento.
Vale ressaltar que essa percepção de risco é facilmente observada na curva dos juros futuros, os quais são precificados em termo real pelo mercado. E essa precificação, por sua vez, impacta nas taxas dos títulos do Tesouro Nacional, incluindo do Tesouro IGP-M.
Por isso, é perfeitamente possível que dois investidores tenham títulos do Tesouro IGP-M com rendimentos diferentes após terem realizado a aplicação com apenas um dia de diferença. Afinal, as taxas se alteram com alta frequência.
De qualquer forma, ao investir em um título com rendimento, por exemplo, de IGP-M + 8% ao ano, o investidor terá essa remuneração até o vencimento. Isto porque a taxa contratada no dia da aplicação é garantida por todo o período de existência do título.
Outros títulos do Tesouro Nacional
De fato, os rendimentos do Tesouro IGP-M eram atraentes, sendo que aqueles que ainda possuem títulos ativos estão ganhando muito dinheiro com isso. Contudo, é preciso reconhecer que esse título não está mais disponível no mercado. Em outras palavras, nenhum investidor terá, pelo menos por enquanto, a possibilidade de adquirir títulos pelo Tesouro Direto com rendimento atrelado ao IGP-M.
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Por isso, vale conhecer os outros títulos do Tesouro Nacional, isto é, aqueles que, de fato, aplicadores podem investir. E, nesse sentido, os principais títulos do Tesouro Nacional e algumas das suas características são:
Tesouro IPCA
Um dos principais títulos oferecidos pelo Tesouro Nacional é o Tesouro IPCA. Sendo que ele pode ser considerado aquele que mais se assemelha ao antigo Tesouro IGP-M. Abaixo, alguns dos títulos IPCA+ disponíveis no início de agosto de 2020:
Como pode ser observado, os títulos do Tesouro IPCA possuem as seguintes premissas:
- Modalidade de pagamento: com ou sem juros semestrais;
- Data de vencimento;
- Rentabilidade.
Vale destacar que tanto a modalidade de pagamento quanto a data de vencimento dos títulos são constantes. Isto é, elas se mantém desde a emissão do título até seu vencimento.
Já no que se refere à rentabilidade, ressalta-se que o título Tesouro IPCA tem duas partes que definem o seu retorno. A primeira parte é pós-fixada e depende do IPCA. Da mesma forma, analogamente, no título do Tesouro IGP-M essa parte dependia, obviamente, do Índice Geral de Preços de Mercado.
Por conseguinte, a segunda parte do retorno desses títulos é prefixada no momento da aplicação e representa sua rentabilidade real. Isto é, o retorno que o título terá acima do índice de inflação indexado, seja ele o IPCA ou o IGP-M.
Essa rentabilidade prefixada, apesar de ser fixa, se altera na plataforma do Tesouro Direto o tempo todo, dependendo das condições de juros no mercado. Por isso, é plenamente possível que um investidor tenha o mesmo título com diferentes rentabilidades, dependendo do dia da aplicação, por exemplo:
- Tesouro IPCA+ 2045 com aplicação em 05/08/2020: IPCA + 3,40% ao ano;
- Tesouro IPCA+ 2045 com aplicação em 06/08/2020: IPCA + 3,48% ao ano.
No exemplo hipotético acima, o mesmo título do Tesouro IPCA+ tinha diferentes rentabilidades. Isto acontece por conta da mudança da percepção de risco e dos juros futuros no mercado, os quais são voláteis e influenciam diariamente o rendimento dos títulos.
Tesouro Prefixado
Outra possibilidade de títulos do Tesouro Nacional é o Tesouro Prefixado. E como o próprio nome sugere, esse título possui um rendimento que é pré-definido na hora da aplicação. Sendo que isso significa que o investidor sabe exatamente o quanto irá receber no vencimento, com base na rentabilidade adquirida.
Essa vantagem do conhecimento do rendimento, contudo, vem com uma desvantagem, que é o risco inflacionário. Isso porque o Tesouro Prefixado não está indexado a nenhum índice inflacionário, como o IPCA, do Tesouro IPCA, ou o IGP-M, do antigo Tesouro IGP-M.
Com isso, caso o país passe por um período de inflação alta, ou mesmo por um período de hiperinflação, o rendimento do investidor com títulos do Tesouro Prefixado será muito impactado. Afinal, o capital aplicado não será corrigido pela inflação, como ocorre nos títulos pós-fixados.
Por outro lado, caso a inflação do período de aplicação no Tesouro Prefixado fique baixa, ou mesmo se acontecer uma deflação, o investidor do título pré-fixado será beneficiado. Afinal de contas, o rendimento real desse título ficará maior.
Por fim, à título de expor, na prática, essa modalidade de investimento, abaixo as títulos prefixados oferecidos pelo Tesouro Nacional em agosto de 2020:
Tesouro Selic
Por último, outra possibilidade de investimento que os investidores têm ao aplicar nas emissões do Tesouro Nacional é o Tesouro Selic. E como o próprio nome já diz, o rendimento desse título está diretamente atrelado, claro, à Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Definida a cada 45 dias pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a Selic é considerada uma espécie de taxa livre de risco do mercado. Afinal, é o percentual que o governo oferece aos investidores por meio do título do Tesouro Selic, que é, possivelmente, a aplicação de renda fixa mais segura do país.
Isso porque o rendimento do Tesouro Selic acontece diariamente, com base na Selic vigente, e não sofre o efeito da marcação à mercado. Em outras palavras, isso significa que não há a possibilidade do investidor perder dinheiro no curto prazo nessa aplicação por conta de uma oscilação na percepção de risco que altere a curva dos juros futuros.
É por conta disso, também, que o Tesouro Selic é utilizado por muitos fundos de investimentos e por muitos investidores como aplicação de liquidez diária para:
- Reservas de emergência;
- Reservas de oportunidade.
Essa preferência do Tesouro Selic para essas reservas de deve justamente ao fato desse título ser extremamente seguro e por possuir rendimento e liquidez diária. Vale destacar, contudo, que essa segurança e estabilidade possuem um preço, que é um rendimento mais baixo que o de outros títulos de renda fixa, como:
- CDBs (Certificados de Depósito Bancário);
- Debêntures (títulos de renda fixa de crédito privado);
- LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliárias e do Agronegócio).
Como investir Tesouro IGP-M?
Depois de conhecer mais sobre o Tesouro IGP-M, muitos investidores podem ter se interessado pela sua modalidade de remuneração e de indexação. Então, podem se perguntar: mas como investir no Tesouro IGP-M?
Como foi dito, os títulos do Tesouro IGP-M, infelizmente, não são mais disponibilizados pelo Tesouro Nacional em sua plataforma de negociação e oferta de títulos, o Tesouro Direto. Contudo, vale destacar que algumas corretoras podem realizar uma intermediação das negociações desse título no mercado secundário.
Apesar disso, o volume de títulos ativos atrelados ao IGP-M é muito pequeno, o que torna esse tipo de negociação no mercado secundário muito limitada. Por isso, a melhor alternativa é se render e investir nos outros títulos do Tesouro Nacional.
Como investir nos outros títulos do Tesouro Nacional?
Como foi colocado, é preciso compreender que o investimento no Tesouro IGP-M é muito limitado, mesmo que no mercado secundário. Portanto, a alternativa para os interessados em investir em títulos públicos é procurar saber como investir nos outros títulos do Tesouro Nacional. Isto é, nos títulos do Tesouro:
- IPCA;
- Prefixado;
- Selic.
Para investir em algum desses títulos, o investidor precisará:
1. Abrir conta em uma corretora de valores
O primeiro passo para investir em títulos do Tesouro Nacional é abrir conta em uma corretora de valores. Isso porque essas instituições, ao contrário dos grandes bancos de varejo, costumam não cobrar taxas para os investidores realizarem aplicações, como comissões ou taxas de custódia.
2. Transferir os recursos
O segundo passo para investir nos títulos do Tesouro Direto é, obviamente, transferir os recursos a serem aplicados para a conta da corretora escolhida. Assim, o investidor terá o capital disponível para realizar a sua aplicação.
3. Escolher o título a ser investido
Em terceiro lugar, após transferir os recursos, o investidor precisará escolher o título que irá realizar sua aplicação. Para isso, terá de avaliar qual o objetivo, prazo de investimento e risco pretendido neste investimento.
4. Realizar a aplicação e aguardar
Por fim, depois de avaliar qual o melhor título para realizar a sua aplicação, basta o investidor realizar o investimento e, claro, aguardar. Afinal de contas, os bons resultados de investimento vêm ao longo do passar do tempo, com a atuação do poder dos juros compostos.
Mas e então, conseguiu entender mais sobre o que é e como funciona o Tesouro IGP-M? Deixe abaixo suas dúvidas ou comentários sobre esse antigo título do Tesouro Nacional.
Perguntas frequentes sobre Tesouro IGP-M
O que é o Tesouro IGP-M?
O Tesouro IGP-M é um título de renda fixa que foi oferecido ao mercado até o ano de 2006 e que tinha seu rendimento atrelado ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), conhecido por ser a inflação dos aluguéis. E apesar de não estar mais disponível para aplicação, ainda existem alguns títulos ativos com vencimento em abril de 2021 e janeiro de 2031.
Como investir no Tesouro IGP-M?
Atualmente, não é possível investir no Tesouro IGP-M pelo Tesouro Direto. Isto porque esse título, também conhecido como NTN-C, deixou de ser oferecido pelo Tesouro Nacional em 2006, sendo substituído pela NTN-B, que são as notas do Tesouro atreladas ao IPCA, a inflação oficial.
Qual o melhor índice de correção monetária IGPM ou IPCA?
O melhor índice de correção monetária IGPM ou IPCA dependerá se o ente é aquele quem paga ou aquele que recebe o valor corrigido. Para o que paga a correção, o melhor índice será aquele com menor variação positiva. Já para quem recebe a correção, o melhor índice é aquele que acumula maior valorização. Historicamente, o IGP-M tem valorizado mais que o IPCA.
Quando o Tesouro IGP-M parou de ser oferecido?
Em 2006 foi quando o Tesouro IGP-M parou de ser oferecido ao mercado pelo Tesouro Nacional. Desde então, esse título NTN-C foi substituído pela NTN-B, que é a emissão que possui como indexador pós-fixado o IPCA.
Porque o Tesouro IGP-M acabou?
De acordo com o então secretário do Tesouro Nacional, o Tesouro IGP-M (NTN-C) acabou, ou melhor, deixou de ser oferecido aos investidores, com o objetivo de reduzir o risco de refinanciamento do governo.
Bibliografia para Tesouro IGP-M
http://www.sinduscon-mg.org.br/site/arquivos/up/economica/Numero_Indice.pdf
https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2031:1:0::NO:::
https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/selic/CaracteristicaTitulos.pdf