No mercado financeiro, existem diferentes taxas de juros dependendo do tipo de investimento ou de empréstimo realizado. Cada modalidade de juros conta com formas de cálculo e periodicidade características. Dentre todas elas, uma das mais significativas é a taxa de juros efetiva.
O conceito de taxa de juros efetiva pode ser expresso como uma taxa de juros que incide sobre um período equivalente ao da formação e incorporação de juros ao capital. Isso permite a demarcação do real custo de uma operação.
O que é a taxa de juros efetiva?
A taxa de juros efetiva pode ser descrita como uma taxa de juros de referência para vários períodos de capitalização, de maneira que não expressa, de fato, a própria taxa de capitalização.
Ela depende de juros compostos que são retirados da taxa nominal ou declarada. Lembrando que “efetiva” significa real, verdadeira, não apenas simbólica. A taxa efetiva corrigida pela inflação durante o período da operação forma a taxa real.
O conceito e o cálculo da taxa de juros efetiva diferem daqueles utilizados na taxa de juros nominal. Esta última possui um prazo de referência distinto do que é empregado na capitalização, bem como precisa ser definida em todos os contratos de crédito ou nas aplicações financeiras.
Além disso, a modalidade nominal abarca o período de um ano e se caracteriza como uma remuneração monetária suscetível à inflação.
Portanto, é significante a diferença entre taxa de juros efetiva e nominal.
No entanto, elas podem ser consideradas equivalentes caso ao menos uma das taxas se refira ao período de capitalização que for praticado. Exemplos de taxa efetiva são: 30% ao ano, 15% ao semestre e 8% ao mês.
Assim, tal taxa pode ser usada para calcular os juros compostos. Mas só se o período considerado e a taxa de juros estejam expressos na mesma unidade de tempo.
Vamos verificar como calcular a taxa de juros efetiva, a partir de fórmulas específicas baseadas em juros simples ou compostos.
Como calcular a taxa de juros efetiva?
Neste tipo de taxa, os juros do capital aplicado vencem ao final de cada período de tempo. Existem duas formas pelas quais pode-se liquidar os juros vincendos:
- Capitalização com juros simples;
- Capitalização com juros compostos.
Para saber como calcular esta taxa, deve-se proceder da seguinte forma:
- Em primeiro lugar, tenha consciência da taxa de juros declarada em porcentagem: essa taxa é aquela expressa pelos credores como taxa de juros;
- Tendo em mente a taxa de juros declarada, utilize a seguinte fórmula: r = (1 + i/n)^n – 1, em que r é a taxa de juros efetiva, i, a nominal, e n, a quantidade de períodos compostos no período de um ano. Dessa maneira, a efetiva deve ser sempre maior que a nominal;
- Caso os juros sejam compostos de forma contínua, a fórmula a ser usada é r = e^i – 1, em que r é a efetiva, i, a nominal, e, por fim, e caracteriza-se pela constante 2,718.
Caso deseje maior comodidade e praticidade na hora de calcular a taxa de juros efetiva, saiba que há calculadoras online disponíveis para delimitar essa taxa com precisão e credibilidade. O programa Microsoft Excel, por sua vez, disponibiliza a função “EFETIVA()”, que define a taxa a partir de informações da taxa de juros nominal e dos períodos compostos fornecidos.