Segue abaixo um texto feito pelo nosso VP de renda variável, Felipe Tadewald, no qual ele fala sobre a “taxa de riqueza”, um indicador disseminado por Robert Kiyosaki, autor do best seller “Pai Rico, Pai Pobre”, que basicamente serve como um termômetro da independência financeira.
Este indicador, sem dúvidas, pode ajudar bastante aqueles que desejam viver de dividendos no futuro, e com certeza serve como um bom estímulo aos investidores, que passarão a querer investir mais e comprar mais ativos todos os meses para ver seus dividendos crescendo e ver sua taxa consequentemente crescer.
Eu acredito que todo investidor, ao entrar no mercado financeiro, deveria ter como uma de suas principais metas a de viver de dividendos e de renda passiva no futuro, e deveria se importar menos com oscilações de curto e médio prazo, afinal de contas, a meta principal é o investidor se sustentar com seus proventos, sem precisar vender ações e diluir seu patrimônio para pagar contas.
Esse mindset, com foco na elevação da renda passiva, inclusive, é o que fez Barsi começar a investir em ações, lá no início de sua jornada, quando ele decidiu que investiria em ações, acumulando o máximo de papéis, para viver de seus dividendos um dia, já que ele considerava que a previdência social não proporcionava uma aposentadoria digna, e de fato, hoje vemos que a situação é ainda pior que naquela época.
Aos poucos, graças à dedicação, o foco e à paciência de Barsi, o seu número de ações foi crescendo, e junto da quantidade de ações, os dividendos também, e com isso a taxa de riqueza de Barsi, até de forma rápida, superou o “1”, quando ele já conseguiria, se quisesse, pagar toda suas despesas e manter seu padrão de vida apenas com os dividendos.
Como ele não parou de acumular ativos mesmo após ter atingido esse patamar, e nem de reinvestir os dividendos, a sua taxa de riqueza continuou crescendo, e crescendo, de modo que hoje Barsi recebe milhões em média todos os meses apenas de dividendos.
Evidentemente que chegar no nível de Barsi não é nada fácil e exige muitas décadas de investimentos, além de dedicação e paciência, porém, ter uma renda complementar de dividendos ou mesmo se sustentar plenamente com eles no futuro, eu tenho certeza que é possível para qualquer um que esteja focado e disposto a seguir um plano de longo prazo.
Segue abaixo o texto:
Taxa de riqueza: O termômetro da independência financeira
Você já ouviu falar na “Taxa de Riqueza”? Quem já leu algumas obras de Robert Kiyosaki , como o famoso “Pai Rico, Pai Pobre”, ou “Aposentado jovem e rico”, livros importantíssimos na construção do mindset e no início da jornada da maioria dos investidores, já deve ter ouvido falar.
A Taxa de riqueza, demonstrada em alguns dos livros de Robert Kiyosaki, é uma espécie de “medidor” da independência financeira, que mostra a relação da renda passiva com as despesas mensais da pessoa, sendo o primeiro grande objetivo do investidor fazê-la crescer consistentemente e torná-la superior que 1, pelo menos.
No momento que a Taxa atinge 1, isso significa que o investidor está recebendo em dividendos, juros e rendimentos, o mesmo que suas despesas mensais, e dessa forma, seria um patamar de renda passiva capaz de sustentá-lo no momento.
Para calcular a Taxa de Riqueza é simples e a fórmula é a seguinte: Taxa de Riqueza = Renda Passiva/Despesas totais. Ou seja, deve-se dividir a renda passiva mensal (ou anual) pelas despesas (mensais ou anuais).
Lembre-se que é renda passiva, e não renda ativa, ou seja, considere aqui aquela renda proveniente de seus ativos, como dividendos, rendimentos de fundos imobiliários, aluguéis que você recebe, juros sobre capital próprio, etc.
Para exemplificar, imagine que um investidor, jovem e solteiro, possui uma renda passiva de R$ 300,00, fruto de seus investimentos em ações, e fundos imobiliários, e possui gastos mensais de R$ 2.000,00.
Neste caso, a taxa de riqueza desse investidor seria de 0,15, o que mostra que ele ainda está bem longe de atingir o 1, que é quando ele poderia se manter, naquele momento, apenas com os proventos.
Por outro lado, o jovem do exemplo hipotético encontra-se numa situação melhor que a grande maioria da população, que nunca viu sua taxa de riqueza sair do 0, pois sabemos que a maior parte das pessoas não possui renda passiva e nem investe.
É fato que mais de 99% das pessoas dependem unicamente de sua renda ativa ou de suas aposentadorias provenientes do frágil sistema do INSS, por exemplo, e não possuem renda passiva de investimentos.
No meu caso em particular, eu, desde que entrei no mercado de renda variável, e também após ler o “Pai Rico Pai Pobre”, livro importante para o início de minha jornada, lá pelos meus 18 anos, estabeleci como objetivo de longo prazo tornar minha taxa de riqueza igual a 1, que é quando a minha renda passiva seria pelo menos IGUAL as minhas despesas mensais.
Ou seja, podemos dizer que, ao atingirmos o 1, estamos nos primeiros estágios de independência financeira, mas ainda não na independência financeira plena.
Por que primeiros estágios?
Digo isso pois entendo que o ideal não seja o investidor apenas ter o suficiente para pagar suas despesas, suas contas e seu padrão de vida atual, mas sim ter o suficiente para pagar suas despesas, seu custo de vida e ainda SOBRAR algo (que seja razoável) para investir, justamente para possibilitar um constante aumento do patrimônio e da renda no longo prazo.
Por isso, o ideal mesmo é que após o investidor atinja o nível 1, a sua renda passiva continue crescendo, e o investidor não pare de trabalhar necessariamente, até atingir uma taxa de 2, 3 ou até mais, quem sabe, até porque nossos custos de vida tendem a aumentar também e inclusive podemos querer ter um padrão de vida maior no futuro.
Outro fator que deve incentivar o investidor a continuar elevando sua Taxa de Riqueza é o fato de que as empresas ou FIIs podem enfrentar reduções em seus proventos, e assim a renda do aplicador também cairia e, portanto, continuar reinvestindo dividendos é essencial para gerar uma margem de segurança.
E você? Já começou a se focar em crescer sua taxa de riqueza? Caso ainda não, comece o quanto antes, pois sem dúvidas, tendo foco e persistência, você atingirá seus objetivos no futuro.