Um dos efeitos do superendividamento é o impacto que ele causa na tranquilidade de quem enfrenta esse problema. Isso porque as dificuldades são crescentes e parecem não ter fim.
O superendividamento pode ser causado por diversos fatores. Mas, com um bom planejamento financeiro, é possível escapar dessa dificuldade ou ainda nem sequer passar por ela.
O que é superendividamento?
Superendividamento é a situação que ocorre quando o consumidor não tem mais condições de pagar suas dívidas. Acontece quando o volume de gastos supera os ganhos mensais, impossibilitando que os débitos sejam quitados. Em geral, estas pessoas acabam com seu nome restrito em empresas de crédito (o chamado “nome sujo”).
E para estar superendividado não é preciso estar desempregado. Até quem tem um emprego e bons salários pode cair nesta armadilha. Contudo, o desemprego é um fator que contribui para esse tipo de problema.
Um dos principais motivos que fazem a situação ficar insustentável é o acúmulo de dívidas com juros altos, como no cartão de crédito. O efeito dos juros compostos sobre os débitos não pagos no rotativo tornam-se uma conhecida “bola de neve” da qual é difícil escapar.
Tanto que o Banco Central publicou a Resolução 4.549, que obriga as instituições financeiras a oferecerem opções com menores juros aos seus clientes em operações de crédito que estejam nessa modalidade.
Assim, se o consumidor pagou em um mês o mínimo do cartão de crédito, no mês seguinte o banco é obrigado a oferecer uma opção mais barata para o pagamento desta dívida. Esta medida foi criada justamente para ajudar na redução do superendividamento do consumidor e da inadimplência.
Tipos de superendividamento
Há dois tipos de superendividamento no mercado: o ativo e o passivo. O ativo ocorre quando o consumidor se endivida por não saber gerir o seu orçamento. Assim, gasta mais do que recebe. Esta modalidade é dividida em dois subtipos: o ativo consciente e o ativo inconsciente.
O ativo consciente é considerado um ato de má fé, porque o consumidor sabe que não terá como pagar estes gastos. O intuito é justamente não quitar essas dívidas e deixar os vendedores na mão.
O ativo inconsciente, por sua vez, ocorre quando o consumidor não tem o intuito de lesar alguém. Apenas não sabe gerir suas finanças. Em geral, este é o perfil de quem faz compras por impulso.
Já o superendividamento passivo é causado por situações externas. Pode ser um imprevisto oneroso, a perda do emprego ou mesmo sofrer um calote, deixando de receber valores que lhe eram devidos.
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O que causa o superendividamento?
O descontrole financeiro é um dos principais motivos para alguém acumular dívidas. E este problema pode estar diretamente ligado a compras por impulso. Afinal, existe uma pressão constante para que a população consuma, até mais do que ela precisa. E isto faz com que o cartão de crédito entre no jogo, ainda mais em compras parceladas.
Mas o superendividamento também pode ser iniciado com percalços não previstos, como problemas de saúde e gastos altos e urgentes. Se o consumidor não tiver uma boa reserva financeira para arcar com este ônus, será o nascimento de uma dívida, muitas vezes difícil de pagar.
Junte isso à alta taxa de juros cobrada pela oferta de crédito, seja por meio do cartão ou de linhas de crédito caras, como o cheque especial. Há empréstimos que, inclusive, podem ter juros abusivos.
São estes juros compostos que fazem com que o valor da dívida aumente mais a cada mês, ainda que uma parcela dela (conhecido como pagamento mínimo) esteja sendo paga.
Como sair do superendividamento?
A boa notícia é que é possível sair do superendividamento e ter uma vida financeira mais saudável. A primeira dica é investir na própria educação financeira. E não é preciso gastar pra isso.
Além disso, há uma série de cursos e artigos na internet sobre o tema. São conhecimentos que podem mudar a forma do consumidor se relacionar com seu dinheiro.
Outro ponto importante é fechar a torneira e cortar os gastos desnecessários. É impossível pagar a dívida se outras tantas forem criadas no processo. Aqui vale também fazer a consolidação destas dívidas, trocando débitos caros por um mais barato que o conjunto deles.
Vender um bem não essencial para quitar o débito também é uma opção válida. Só é preciso ficar atento para não desvalorizá-lo demais e acabar no prejuízo. Neste mesmo intuito, o décimo terceiro salário é um grande aliado na hora de pagar as dívidas.
E esquecer a existência do cartão de crédito também ajuda. O ideal é priorizar as compras à vista, para não cair em uma nova armadilha.
Foi possível ter uma ideia melhor sobre o superendividamento? Deixe sua opinião e dúvidas nos comentários a seguir.