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S&P 500 na máxima: 9 motivos

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O S&P 500, índice que reflete o desempenho do mercado acionário americano, atingiu ontem nova máxima.

Eu elenquei 9 fatores que justificam essa alta contínua das ações americanas: são mais de nove anos de Bull Market (sem quedas de 20% ou mais).

Juros Baixos:

Desde a crise de 2008, praticamente todos os Banco Centrais reduziram drasticamente as taxas de juros.

Isso reduz a taxa de desconto para todos os ativos, além de criar um incentivo a correr risco para aqueles investidores que tem metas de rentabilidade, como os fundos de pensão que tem metas atuariais. E mais apetite para risco, mais demanda por ações.

Margens Elevadas:

Após a crise de 2008, as empresas americanas fizeram uma lição de casa homérica para racionalizar despesas.

O período de vacas magras forçou empresas a olhar para as despesas caso quisessem mostrar resultados positivos, uma vez que a economia estava fraca e as vendas não aumentavam em velocidade adequada.

E aquele período de vacas gordas, de 2003 a 2007, fez com que muitas empresas não olhassem para dentro de casa e racionalizassem despesas. A crise de 2008 foi um motivador para ir atrás de ganhos de eficiência, que culminaram em redução de gastos e ganhos de eficiência e, obviamente, maiores margens.

Crescimento Econômico:

O crescimento econômico voltou aos patamares pré-crise de 2008.

Mais PIB, mais renda, mais consumo, mais vendas, mais lucros. E um ativo que lucra mais vale mais. Simples assim.

Recompras de ações:

As empresas americanas nunca recompraram tanto suas próprias ações quanto neste ano: em 2018 cerca de $1 trilhão em ações devem ser recompradas pelas empresas americanas. Só a Apple no último trimestre recomprou $20 bilhões.

Oferta e demanda: mais demanda para a mesma oferta, aumento de preço.

Dividendos Recordes:

O mesmo fenômeno ocorre com os dividendos. Nunca as empresas americanas pagaram tantos dividendos, mesmo porque o lucro das empresas está na máxima.

Um ativo que gera mais renda, geralmente, vale mais.

Bancos Saneados:

A crise de 2008 foi dura, bem como todo o arcabouço jurídico que foi criado para que os erros do passado não fossem repetidos. Os bancos americanos são hoje menos rentáveis do que no passado, mas são muito mais eficientes e menos arriscados.

Os bancos foram totalmente saneados, e o crédito voltou a circular em praticamente todas as categorias, inclusive o crédito imobiliário.

Os bancos americanos saíram-se bem melhor no pós-crise do que seus pares europeus.

Desemprego na Mínima:

O desemprego nunca foi tão baixo nos EUA, e isso já está se refletindo em melhores salários e mais renda. Obviamente isso impacta positivamente consumo, o que se reflete em maiores vendas para as empresas.

Otimismo do consumidor:

O desemprego baixo tem um efeito claro na renda. Mas o otimismo tem um efeito positivo para compras de ticket maior e prazos de crédito mais longos. E o consumidor está cada dia mais otimista, e isso tem reflexo positivo em compras como automóveis e residências, que são setores importantes da economia americana, apesar de terem perdido representatividade nos últimos anos.

FAANG:

Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google. Essas empresas juntas são chamadas de FAANG´s. E essas empresas apresentam, em sua maioria, uma alta taxa de crescimento e alta rentabilidade. E não estão caras. Essas empresas dominam os índices e valorizaram-se muito. Merecidamente.

A sua valorização puxou a valorização do SP 500. Eu gosto muito do case de Apple, Facebook e Google. Já escrevi sobre isso no passado.

Eu acredito que o mercado americano vai continuar em trajetória ascendente. As grandes empresas do índice negociam a 16x o lucro estimado dos próximos doze meses, o que não é um exagero, embora também não seja barato.

Enquanto as empresas americanas continuarem a ganhar Market Share global, operando com rentabilidade elevada e fazendo boa alocação de capital, o S&P 500 tende a continuar a performar bem. Embora, possivelmente em ritmo menos intenso que nos últimos nove anos.

Embora o índice negocie na máxima, isso não significa que não existam boas oportunidades especificas por lá. Eu vejo várias nos mais diversos setores, alguns setores que sequer existem no Brasil.

Muitos se interessam por investir fora do Brasil, e iremos preparar cada vez mais materiais para orientar aqueles que desejam ter um investimento em moeda forte.

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