Smart beta é uma abordagem usada para melhorar o desempenho de investimentos feitos junto ao mercado financeiro.
Apesar do smart beta vir ganhando cada vez mais adeptos, trata-se de um recurso que exige qualificação e conhecimento avançado para sua aplicação.
O que é smart beta?
Smart beta é uma estratégia de investimentos que tem como objetivo de aumentar o retorno, diminuir o risco ou melhorar a diversificação para investidores. Assim, a metodologia busca se beneficiar tanto de técnicas ativas quanto passivas de gerenciamento de portfólio.
Essa estratégia é formulada sobre a teoria do mercado eficiente, a qual diz que os preços do mercado refletem as informações existentes. Ela aponta também o nível de dificuldade de se conseguir retornos acima da média em longo prazo.
O smart beta foi inicialmente concebido pelo economista americano e ganhador do prêmio Nobel Harry Markowitz. De fato, o conceito é decorrente do seu trabalho a respeito da teoria moderna do portfólio. Ele serve para diversas classes de investimentos. Assim, existirão aplicações da técnica para ações, renda fixa e moedas de mercado.
O que é beta?
Beta é a medida da volatilidade do portfólio ou do ativo. Ele é comparado com o mercado global. Por exemplo, se uma carteira de ação tiver beta 1, isso significa que ela tem uma variação de preço em consonância com o mercado.
O patamar do mercado pode ser estabelecido segundo índices criados para esse fim. Nos Estados Unidos, por exemplo, há o índice S&P 500 que é a lista das 500 maiores empresas do país em termos de capitalização e volume financeiro.
Assim, se o S&P 500 se valorizar em 15%, uma carteira de ações que seja classificada como beta 1, irá se valorizar também em 15%. Mas se tivermos uma carteira com beta 3, esta tenderá a se valorizar mais que o índice em si.
Dessa forma, a construção de um fundo baseado na estratégia smart beta vai usar abordagens distintas das tradicionais. Como exemplo do que é usualmente usado, tem-se a avaliação baseada no valor de mercado das empresas.
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A construção do portfólio segue, a princípio, a lógica da construção de um fundo que persegue um índice – como o caso dos Exchange-Traded Funds (fundos ETFs). Entretanto, a estratégia de aplicação é calibrada segundo fatores de ponderação como, dentre outros:
- Preço;
- Volatilidade;
- Valor;
- Liquidez;
A princípio, o objetivo dessas ponderações é resolver possíveis ineficiências ocasionadas em razão do uso de outras técnicas para a construção do portfólio usado originalmente.
Fatores de risco
Crises financeiras e fatores macroeconômicos interferem na valorização dos ativos em geral. Assim, têm influência na estratégia smart beta. Outro risco são erros ligados aos ETFs, que possuem sistemas eletrônicos de gerenciamento e estes podem dar o famoso tracking error (erro de rastreamento).
Por fim, podemos dizer que o smart beta cria uma forma de estudar o retorno dos investimentos, principalmente sob o ponto de vista fundamentalista.
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