As Small Caps (empresas com baixa capitalização negociadas na bolsa) são constantemente procuradas pelos investidores interessados em ativos com grande potencial de valorização. Porém, além da compra em si da ação, também é possível investir nessas empresas através dos ETFs. No Brasil, um desses ETFs é o SMAC11.
Assim como o SMAC11, existem vários outros ETFs no mercado. No entanto, por ser focado em Small Caps, esse ETF possui algumas particularidades que o tornam atrativo perante a outros ativos negociados no mercado.
O que é o SMAC11?
O SMAC11 é um ETF (Exchange Traded-Fund) negociado na bolsa brasileira que replica a carteira teórica do índice SMLL, o Índice de Small Caps da B3. Chamado oficialmente de “It Now Small Fundo Índice“, o SMAC11 foi criado em 2020 pelo Itaú para ser mais uma alternativa ao investidor que quer investir em empresas Small Caps.
Por seguir o índice de Small Caps da B3, a composição do SMAC11 é feita exclusivamente pelas empresas que compõem esse índice. Porém, para fazer parte da carteira do fundo, existem alguns critérios:
- As ações precisam representar, conjuntamente, até 15% da soma dos valores de capitalização de todas as empresas negociadas na B3;
- As ações precisam ter sido negociadas pelo menos uma vez em todos os pregões dos últimos 12 meses.
- As ações não podem ser classificadas como “penny stocks” pelas regras da B3.
Qual a diferença entre o SMAC11 ou SMAL11?
O SMAC11 não é o primeiro ETF de Small Caps disponível no mercado brasileiro.
Negociado desde de 2008, o ETF SMAL11, oferecido pela gestora americana BlackRock, também é um ETF que replica as empresas contidas no Índice de Small Caps da B3.
Dessa forma, o surgimento do SMAC11 representa uma opção a mais para os investidores interessados em small caps. Isso porque, mesmo tendo perfis similares e representando o mesmo índice, existem algumas diferenças entre o SMAC11 e o SMAL11.
Algumas das principais diferenças entre o SMAC11 e o SMAL11 são:
Menor taxa de administração
O SMAC11 foi lançado com taxa de administração 0,5% (ao ano) contra os 0,69% cobrados para os investidores do SMAL11.
Maior aluguel de ações
O SMAC11 também permite que até 50% do portfólio do fundo seja destinado ao aluguel de ações. Enquanto isso, o ETF da BlackRock tem um potencial máximo de 30%.
Vale a pena investir no SMAC11?
Investir em ETFs pode ser uma boa estratégia para quem quer começar a aplicar na renda variável.
Mas para avaliar se vale a pena investir no SMAC11, é importante analisar as vantagens e desvantagens deste ativo.
Vantagens do SMAC11
Entre as principais vantagens do SMAC 11, estão:
1. Potencial de ganhos
Por serem empresas de menor porte, normalmente as small caps possuem um potencial de valorização maior do que as empresas grandes já estabelecidas. Logo, o SMAC11, por se tratar de um ETF de Small Caps, também incorpora essa característica.
Com a boa performance das Small Caps frente às demais ações nos últimos anos, esse investimento pode surgir como uma ótima oportunidade, sobretudo para os investidores iniciantes na bolsa de valores.
No ano de 2019, o índice das empresas com menor capitalização (SMLL) foi superior ao índice Bovespa. Enquanto o Ibovespa valorizou 31,58% no ano de 2019, o SMLL teve uma valorização de 58,20%.
2. Diversificação entre setores
Ao investir no SMAC11, o investir está comprando 78 empresas de diversos setores econômicos, como:
- Consumo;
- Saneamento;
- Energia elétrica;
- Construção civil;
- Saúde.
Ou seja, graças a carteira diversificada e periodicamente rebalanceada dos ETFs, as chances de prejuízo são mitigadas em relação a investimentos individuais. Logo, quando se fala de um ETF de Small Caps, essa vantagem se mantêm perante a uma estratégia de stock picking (escolha individual de ações).
Logo, pode-se dizer que o ETF possui uma diversificação entre setores, ao contrário de outros ETFs do mercado que são concentrados em apenas um setor ou tipo de empresa. Essa característica pode trazer mais segurança ao investidor, já que o risco é diluído entre os ativos da carteira.
3. Praticidade no investimento
O SMAC11 reúne uma cesta com dezenas de ações em um único ativo negociado na bolsa. Ou seja, no lugar de comprar mais de 70 ações diferentes uma de cada vez, o investidor pode comprar apenas um ativo que contêm dentro de si todas essas empresas, em maior ou menor peso.
Logo, os custos de transação envolvidos ao investir caem drasticamente de uma situação para outra, já que as taxas de corretagem e demais encargos existentes sobre a operação são cobrados apenas uma vez.
Desvantagens do SMAC11
Por outro lado, também é possível listar algumas desvantagens do SMAC11, como:
1. Maior volatilidade
Por ser um ETF composto por small caps, que tradicionalmente possuem menor liquidez que as demais ações, o SMAC11 costuma apresentar mais volatilidade que outros ETFs.
Por isso, é importante que o investimento em um ETF de small caps seja direcionado para o longo prazo.
2. Gestão passiva
Por replicar apenas a carteira de um determinado índice, os ETFs brasileiros são considerados investimentos de gestão passiva. Ou seja, o que determina a presença e o percentual de uma ação na carteira do fundo são os critérios de seleção do próprio índice.
Ou seja, não existe nenhuma seleção de ativos quanto aos seus fundamentos, seus múltiplos, sua capacidade de geração de caixa e outros critérios fundamentalistas. Com isso, o investidor que adquire o ETF pode estar comprando, no meio das ações que compõem o fundo, empresas de baixa qualidade e que não justificariam seu investimento.
3. Cobrança de taxa de administração,
Mesmo sendo em um valor menor do que é cobrado em um fundo de investimento tradicional, o SMAC11 tem a desvantagem de ter a incidência de uma taxa de administração anual. Esse tipo de encargo não existe, por exemplo, quando o investidor adquire ações individualmente.
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