Resumo da Semana: Vendas da Via Varejo, Emissão de títulos da Boeing, FED expande programa de empréstimos e Bradesco aumenta provisões.
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 80.505 pontos, o que representou, na última quinta-feira (30), uma variação negativa de 3,20%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de cerca de 7%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de aproximadamente 30,4% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última quinta-feira (30) aos 2.603 pontos, o que representou uma alta de 0,40% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: 2,76% e -18,6%, respectivamente.
Via Varejo surpreende com operações online.
A Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, anunciou que, mesmo com grande parte de suas lojas fechadas, vem conseguindo fazer 70% de seu faturamento pré-crise do covid-19, principalmente por conta de seu braço digital.
- Segundo o CEO Roberto Fulcherberguer, o faturamento é consistente e já chegou a atingir 80% dos níveis pré-lockdown;
- Os números se devem ao faturamento de cerca de 20% das lojas e ao avanço das vendas online, que passaram de 30% no cenário pré-pandemia para 65%;
- O sucesso das vendas online foram consequência do envio de ofertas personalizadas para a alta base de clientes da empresa, – 85 milhões – da criação de um canal de atendimento online e da contínua otimização do aplicativo da loja.
Boeing emite oferta de títulos de US$ 25 bilhões.
A Boeing lançou, nesta quinta-feira (30), uma oferta de títulos no valor de US$ 25 bilhões para buscar reduzir a necessidade de financiamento federal para combater a crise do covid-19.
- A emissão ocorreu um dia depois da Boeing ter reportado uma segunda perda trimestral e ter a classificação de crédito rebaixado para “BBB-“, um nível acima do grau especulativo;
- A oferta inclui títulos que não serão resgatados até 2060, e teve uma demanda maior do que a esperada;
- O acordo, que deve ser finalizado nos próximos dias, seria a sexta maior oferta já feita;
- A empresa já havia emitido um empréstimo de cerca de US$ 14 bilhões, além de suspender a distribuição de dividendos e cancelar o acordo com a brasileira Embraer, economizando mais US$ 8 bilhões;
- A fabricante de aviões enfrente tempos de dificuldade por conta da baixa demanda global e da queda de sua reputação proveniente dos desastres de seus jatos 737 Max.
FED expande programa de empréstimos corporativos.
Como forma de combater a crise do covid-19, o FED anunciou que expandirá as ofertas de empréstimos e as regras de qualificação de seus próximos US$ 600 bilhões aos pequenos e médios estabelecimentos.
- O Programa de Empréstimo permitirá a participação de grandes empresas e relaxará os montantes mínimos para as pequenas e médias companhias;
- Empresas podem solicitar empréstimos de até quatro anos a taxas abaixo do mercado. Ao contrário dos empréstimos do Programa de Proteção ao Pagamento, eles devem ser reembolsados;
- O tamanho mínimo do empréstimo será de US$ 500 mil.
Bradesco eleva provisões em meio a crise do covid-19.
O Bradesco optou pelo conservadorismo e reforçou suas provisões em R$ 2,7 bilhões como resposta as expectativas de aumento da inadimplência da carteira.
- Segundo Octavio de Lazari, novas reservas poderão ser feitas se o quadro piorar;
- A decisão foi na contramão do banco Santander, que optou por esperar por mais certezas antes de realizar um provisionamento;
- Como consequência, a opção custou ao banco uma queda de cerca de 40% do lucro líquido, contra uma alta de 10,5% do Santander;
- O presidente do Bradesco afastou, por ora, a necessidade de financiamento de capital, afirmando que as provisões já realizadas são suficientes, com necessidade de provisões adicionais nos próximos trimestres, em escala menor.