Resumo da Semana: Queda expressiva do Ibovespa e desaceleração do IPCA

O Ibovespa encerrou a semana registrando 76.514 pontos, o que representou uma queda de 2,86% no pregão de sexta-feira. Na semana, a queda do índice foi ainda mais expressiva, dado que o mesmo registrou uma variação negativa de 6,04% nos cinco dias de negociações da bolsa de valores. No entanto, em 2018, o Ibovespa segue positivo, porém de inexpressivos 0,15%.

Já o Ifix – índice similar ao Ibovespa, porém referente aos Fundos Imobiliários – apresenta uma conjuntura mais acentuada de queda, tanto no acumulado do ano de 2018, como na semana e também no último dia de negociação da bolsa de valores. Respectivamente, a variação do índice em relação a essas três vertentes é de -3,71%, -0,48% e -0,41%.

Em relação aos fatos relevantes da semana, o de maior destaque se fez através do anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (08) de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,33% no mês passado, após alta de 1,26% em junho. Com isso, a inflação oficial no Brasil desacelerou em julho pela primeira vez em dois meses, com perda de força da pressão provocada pela greve dos caminhoneiros.

Ainda assim, este foi o maior avanço para julho desde 2016 (+0,52%). Em 12 meses, o indicador acumulou avanço de 4,48%, praticamente no centro da meta de inflação, de 4,50%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O IPCA-15 de julho, prévia do IPCA, havia superado essa marca pela primeira vez em mais de um ano.

Diante disso, entende-se que tal resultado contribuirá para o Banco Central não ter de alterar a taxa básica de juros (Selic) tão cedo.

Adicionalmente, foi divulgado também nessa última semana que o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) recuou 0,8 ponto de junho para julho deste ano, atingindo 94,7 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. O indicador teve a quinta queda consecutiva e chegou ao menor nível desde dezembro de 2016 (90 pontos). Desde o segundo trimestre de 2014, início da crise econômica, o indicador não recuava por cinco meses consecutivos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Vale ressaltar que o Iaemp é medido com base na expectativa de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços, em relação ao futuro do mercado de trabalho.

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O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que busca refletir a opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, no entanto, apresentou melhora. O ICD tem uma escala invertida, ou seja, quanto menos pontos registrar, melhor é a situação do mercado de trabalho. Dito isso, o indicador recuou 1 ponto de junho para julho e atingiu 96,1 pontos em uma escala de zero a 200 pontos (em que zero é a melhor situação).

Por fim, a atenção do mercado financeiro segue voltada principalmente para o início dos debates e das divulgações cada mais recorrentes das pesquisas eleitorais, além de se atentar, também, para os resultados do segundo trimestre do ano de 2018, que seguem sendo divulgados diariamente pelas companhias abertas até o próximo dia 15 (quarta-feira).

Seguiremos, como sempre, bastante atentos não só aos números trimestrais, mas sim em toda a conjuntura operacional das principais empresas listadas na bolsa de valores brasileira e americana, sempre no intuito de encontrar boas oportunidades de investimentos para os investidores que confiam e prestigiam nossas análises e teses de investimentos.


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