O Ibovespa encerrou a última sexta-feira (22) registrando 97.886 pontos, o que representou, naquele dia, uma alta de +0,98%. Na semana, a alta do principal índice acionário do Brasil apresentou uma alta de +0,37%, ao passo que, no acumulado de 2019, o Ibovespa já aponta uma alta de expressivos +11,38%.
Já o Ifix, índice que acompanha o desempenho do mercado de fundos imobiliários (similar ao Ibovespa no mercado de ações) fechou a sexta-feira aos 2.414 pontos, uma alta de 0,17% naquele dia. Na semana e no acumulado do ano, as variações do Ifix são de +0,29% e +2,65%, respectivamente.
Dentre os acontecimentos da semana, podemos destacar a inflação de +0,55% na segunda prévia de fevereiro em relação ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel. Na segunda prévia de janeiro, o indicador havia registrado deflação (queda de preços) de 0,01%. Com o resultado, o IGP-M soma inflação de 7,24% em 12 meses.
No entanto, o ponto de maior atenção da semana se fez através da proposta de reforma da Previdência, que foi apresentada na última quarta-feira (20) pelo governo ao Congresso, e que determina idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Ainda segundo a proposta, o tempo mínimo de contribuição passaria de 15 para 20 anos. A proposta também acaba com as aposentadorias por tempo de contribuição, após um período de transição. A aplicação de tais condições se daria após um período de 12 anos de transição entre o atual e o novo regime. Com a reforma, trabalhadores só poderão se aposentar com 100% da média do salário de contribuição após 40 anos de contribuição.
Segundo um relatório divulgado na sexta-feira (22) pela Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) do Ministério da Economia, a reforma da Previdência poderá criar 8 milhões de empregos até 2023. Segundo a nota técnica, a renda per capta do brasileiro subirá R$ 5.772, caso as novas regras para aposentadorias e pensões sejam aprovadas. Para chegar a esses valores, o estudo comparou os efeitos da aprovação da reforma da Previdência sobre o crescimento da economia.
Há de se destacar, também em relação à última semana, o lançamento feito na sexta-feira (22) pelo Ministério da Economia do indicador do mercado imobiliário, o Índice do Registro de Imóveis do Brasil. O índice do mercado imobiliário foi criado com a parceria de três instituições: Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp); Associação de Registradores Imobiliários do Rio de Janeiro (Arirj); Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). De acordo com o secretário especial do Ministério da Economia, Paulo Uebel, a iniciativa deve melhorar o posicionamento do Brasil no ranking Doing Business, do Banco Mundial, que mede os negócios do setor em 190 países. Atualmente, o país se encontra na 109ª posição. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a meta é ficar entre os 50 primeiros até o fim de seu mandato. Segundo Uebel, as ações devem refletir na colocação do Brasil no Doing Business em 2020.
Segundo o coordenador da Fipe, o objetivo é deixar as informações da forma mais detalhada possível, respeitando o sigilo para a coleta de dados. Além disso, para o secretário da Economia, Paulo Uebel, os novos indicadores vão ajudar na formulação de políticas públicas de habitação, concessão de crédito, entre outros, além de servirem como termômetro para o mercado. Segundo Uebel, toda a iniciativa, e também os custos, são da iniciativa privada. Entretanto, o governo federal apoia por também se beneficiar da coleta de dados. De acordo com o secretário, na próxima semana o governo deve anunciar medidas para facilitar a abertura de empresas. No entanto, para o mercado imobiliário serão reduzidos os procedimentos para transferência.
Por fim, a semana também foi marcada pela continuação da divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre e ao acumulado do ano de 2018 pelas companhias abertas, onde foi possível ver resultados bastante expressivos e, também, alguns muito aquém do esperado por parte das empresas.
Seguiremos acompanhando de perto tais números, no intuito de repassar, como sempre, os maiores destaques em primeira mão àqueles que confiam e creditam nossas análises e teses de investimentos.