Resumo da Semana: Paraná Banco quer voltar à bolsa, IPO da Saneago cancelado, Boticário estuda comprar Coty e Itapemirim quer criar companhia aérea.
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 114.380 pontos, o que representou, na última sexta-feira (14), uma variação negativa de – 1,10%. Na semana, o principal índice das ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de cerca de 0,60%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa discreta de -1,09% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – historicamente se provou uma excelente alternativa de entrada no mercado de renda variável para os investidores iniciantes, dada a sua baixa volatilidade histórica. Na última sexta-feira, por exemplo, o índice encerrou o dia aos 3.048 pontos, o que representou uma alta de 0,30% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: 0,66% e -4,63%, respectivamente.
Paraná Banco quer levantar R$ 1,5 bilhão com IPO.
A operação deverá ser totalmente primária, com os recursos levantados destinados para o caixa da empresa.
- A instituição financeira pretende utilizar os recursos levantados para financiar a expansão das operações de crédito consignado. Além disso, serão realizados investimentos em tecnologia e marketing para sua plataforma digital;
- O banco sediado em Curitiba já fez parte da bolsa de valores em 2007. No entanto, o mesmo deixou a B3 após recomprar todos os seus papéis em 2016;
- O Paraná Banco obteve um lucro líquido de R$ 248,3 milhões em 2019, um crescimento de 15,1% em relação ao período anterior;
- Segundo um comunicado divulgado pela própria empresa: “Dois fatores foram importantes para o resultado do Banco: o aumento da produção de operações do crédito consignado, em um ambiente de redução de taxas de juros e as reversões das provisões de operações de consignado efetuadas em 2018;
- O retorno sobre o patrimônio líquido, ROE, chegou a 19,7%.
IPO da Saneago não deve mais acontecer em 2020.
O IPO que estava previsto para o mês de fevereiro deste ano não deve mais acontecer por conta de uma série de divergências políticas com a administração e a falta de interesse do mercado no modelo proposto.
- A proposta de abrir apenas 49% do capital total da Saneago, mantendo o controle societário da empresa com o estado, teria desagradado o mercado;
- Sendo assim, a expectativa era de que a empresa não conseguisse ser avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, como queria o governo do estado de Goiás;
- Caso o governo de Goiás optasse por vender mais de 49% da empresa, todo o Estatuto Social da mesma teria de ser alterado, já que o documento prevê que “o Estado de Goiás deterá sempre mínimo de 51% do capital social, com direito a voto”;
- Além disso, o governador do estado, Ronaldo Caiado, sofre pressão da opinião pública contra a abertura de capital por conta dos desgastes criados pela privatização da Enel.
Boticário estaria estudando comprar Coty.
O grupo Boticário estudaria apresentar uma oferta pelas operações da francesa Coty no Brasil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo próprio presidente da gigante de cosméticos brasileira, Artur Grynbaum.
- Segundo o mesmo: “Estamos analisando esta oportunidade, mas não significa que temos a obrigação de comprar”;
- O objetivo do Boticário seria continuar a operação de distribuição das marcas internacionais do portfólio da Coty, como a Wella, incluindo-as na unidade de negócios Multi B, divisão que atua na distribuição de produtos para farmácias e perfumarias multimarcas;
- A transação seria financiada com um mix de capital próprio e de terceiros. Segundo Artur, a obtenção de recursos junto aos bancos não seria um problema, dado a boa classificação de risco da empresa;
- Em 2015 a Coty comprou a divisão de cosméticos da Hypermcas (HYPE3) por cerca de R$ 4 bilhões. Entretanto, a mesma já foi colocada a venda, junto com produtos para uso profissional em salões e cuidados com os cabelos.
Itapemirim deseja criar companhia aérea com aporte de R$ 2,1 bilhões.
A Viação Itapemirim, empresa de transporte em recuperação judicial, anunciou um aporte de US$ 500 milhões de um fundo dos Emirados Árabes Unidos.
- De acordo com o presidente da mesma, Sidnei Pina, o recurso será utilizado para a criação de uma companhia aérea.
- A ideia é oferecer aos clientes um serviço integrado de ônibus e avião, não existente em nenhum outro lugar do mundo;
- Acredita-se que a primeira aeronave comercial de passageiros deva chegar em 2021;
- Segundo Sidnei, já foram encomendados 35 aviões da Bombardier, sendo 15 aeronaves com capacidade para 80 passageiros e 20 com capacidade para 100;
- O objetivo é que a nova companhia aérea opere apenas voos regionais e seja de baixo custo.