O Ibovespa encerrou a última semana registrando novo recorde, no patamar de 104.089 pontos, o que representou, na sexta-feira (05), uma variação positiva de 0,44%. Na semana, a variação do principal índice relativo às ações negociadas na bolsa de valores brasileira também apresentou uma variação positiva, de 3,09%. No acumulado de 2019, o Ibovespa segue com uma expressiva alta de +18,44%.
Já o Ifix – índice relativo aos fundos imobiliários – fechou a última sexta-feira (05) aos 2.641 pontos, com alta de +0,24% naquele dia. No acumulado da semana e do ano, a variação do Ifix foi de, respectivamente, +0,58% e +12,32%.
Na última quarta-feira (03), a Boeing anunciou que pagará US$100 milhões para as famílias e comunidades das vítimas dos dois acidentes que envolveram o avião Boeing 737 MAX. O modelo, que entrou em operação em 2017, causou um acidente na Indonésia em outubro do ano passado, deixando 189 mortos. Recentemente, em março deste ano, a aeronave foi causa de outro acidente. Desta vez, o acidente ocorrido na Etiópia deixou 157 mortos. Após os acidentes, a companhia aérea Gol anunciou a suspensão dos voos com este modelo de aeronave. Apesar da indenização, o montante não representa parcela significativa das receitas da companhia que, em 2018, chegaram a US$100 bilhões. Os US$100 milhões que serão pagos de indenização representam menos do que o valor de tabela de diversas aeronaves que a companhia produz. Com os acidentes, as ações da empresa, que vinham em forte alta desde 2016 sofreram com volatilidade acentuada. Atualmente, as ações estão cotadas no mesmo patamar que se encontravam antes do primeiro acidente da Indonésia.
Ainda na última semana, os avanços da previdência elevaram as expectativas do mercado. Paulo Guedes, Ministro da Economia, afirmou que o texto aprovado na comissão especial da Câmara proporcionará ao país uma economia de mais de R$930 bilhões nos próximos dez anos, volume que, apesar de inferior ao montante solicitado no texto original, ainda representa uma economia significativa para as contas públicas. Guedes se diz cansado, porém animado com as perspectivas futuras do país. O Ministro afirma que cada agente fez sua parte e é necessário reconhecer o esforço de todos nesta jornada em prol do desenvolvimento econômico do país. Segundo o Ministro, os próximos passos envolvem a reforma tributária e o programa de privatização. O movimento de privatização ficou claro durante este ano, principalmente no setor de petróleo e gás, onde os desinvestimentos realizados pela Petrobrás se tornaram mais evidentes. Nesta semana (03), a BR Distribuidora divulgou um prospecto preliminar de follow-on para venda no mercado secundário de parcela significativa da participação da Petrobrás no capital social da companhia.
Outro fato importante discutido nesta sexta-feira (05) foi o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Ministro francês, Bruno Le Maire, levantou alguns pontos sobre o acordo, ressaltando que o tratado prejudicará a agricultura e pecuária francesa. O Ministro se referiu ao acordo como um “duro golpe” para a agricultura e a repercussão pode afetar o andamento das negociações. Com a assinatura do acordo, o governo brasileiro viu uma oportunidade de aproveitar o momento para negociar com o governo americano pela formação de uma área de livre comércio. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, já havia declarado na quarta-feira a intenção da criação da zona de livre comercio entre o Mercosul e os Estados Unidos. Segundo o presidente, o momento se configura como uma janela de oportunidade única devido ao cenário do comércio internacional e da aproximação do bloco sul-americano com a União Europeia.