O Ibovespa encerrou a última sexta-feira (18) registrando a marca histórica de 96.097 pontos, o que representou uma alta de +0,78% no dia. É interessante lembrar que a semana foi marcada por quebra de recordes para o Ibovespa. Na quinta (17), a marca de 95 mil pontos foi batida pela primeira vez. Um dia antes, também quebrou o recorde dos 94 mil. No acumulado dos últimos 5 dias, a alta do índice foi de +2,60%, ao passo que, até agora no acumulado do ano de 2019, a valorização do Ibovespa já chega a +9,34%.
Já o Ifix – índice representativos aos Fundos Imobiliários – encerrou o último dia de negociações aos 2.398 pontos, o que representou, em relação à sexta-feira, à semana e ao acumulado do ano, altas de +0,32%, +0,41% e +1,98%, respectivamente.
Em relação aos acontecimentos da semana, vale aqui destacar a informação divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última quarta-feira (16) de que o Índice Geral de Preço – 10 (IGP-10) registrou uma queda de 0,26% neste mês. Em dezembro de 2018, o IGP-10 também registrou uma deflação de 1,23%. Entretanto, por mais que tenha ocorrido queda nos últimos 2 meses, o índice acumula inflação de 6,8% no período de um ano.
O Índice Geral de Preço – 10, é formado por três subíndices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – atacado Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – varejo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) – construção. Dos três subíndices que compõem o IGP-10, apenas o Índice de Preços ao Produtor Amplo registrou queda em janeiro (-0,59%). No entanto, o recuo foi menor do que o apontado em dezembro do último ano, quando o índice caiu -1,83%. Os demais subíndices apontaram inflação. O Índice de Preços ao Consumidor registrou uma alta de 0,45% em janeiro, diferente de dezembro onde recuou 0,09%. Além disso, o Índice Nacional de Custo da Construção continuou a subir neste mês. O índice que havia apontado alta de 0,12% em dezembro subiu mais 0,29% em janeiro.
Outra informação relevante da semana se fez através das exportações do agronegócio brasileiro, que atingiram uma receita recorde de US$ 101,6 bilhões em 2018. O valor é 5,9% superior a 2017. O Ministério da Agricultura divulgou os dados na tarde da sexta-feira. O superávit (resultado positivo, a partir da diferença entre o que se ganha e o que se gasta) da balança comercial do agronegócio aumentou 7,1%, chegando a US$ 87,6 bilhões. Com isso, o agronegócio ampliou a participação no total de exportações do País. Já as importações tiveram recuo de 0,8% em 2018. Elas somaram US$ 14 bilhões.
A soja foi o principal destaque nas exportações. O produto ampliou sua participação nas exportações do agronegócio de 33% em 2017 para 40% em 2018. A receita das vendas externas do agronegócio subiu 29% em 2018, alcançando US$ 40,9 bilhões. A disputa comercial entre China e Estados Unidos acabou por beneficiar a soja brasileira. As exportações do produto em grãos cresceram 29,1%, para US$ 33,1 bilhões. O volume exportado subiu 22,7% e atingiu pela primeira vez a quantidade de 83,594 milhões de toneladas.
Por fim, outra notícia relevante da semana foi a de que o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, viajará a Washington nos dias 30 e 31 de janeiro para dar prosseguimento às negociações comerciais. As informações, que já corriam na mídia, foram confirmadas pelo Ministério do Comércio chinês, na quinta-feira (17).
Liu He se encontrará com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. Esse será o segundo encontro presencial entre equipes dos países, desde que os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) encontraram-se na cúpula do G20. Na cúpula do G20, os presidentes concordaram em uma trégua de 90 dias na guerra comercial, o conflito tarifário que auxiliou na desaceleração econômica chinesa. Na semana passada, entre os dias 07 e 09 de janeiro, negociações de nível inferior ocorreram em Pequim.
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