Resumo da Semana: Madero arquiteta IPO, Sócios da Smart Fit vão à Justiça contra IPO e Enviada reforma tributária

O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 127.255,61 pontos, o que representou, na última sexta-feira (25), uma variação negativa de -1,74%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma desvalorização de aproximadamente -0,89%. Em 2021, o índice segue positivo, com uma alta de 6,92% até o momento.

Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (25) aos 2.725,08 pontos, o que representou uma queda de -2,02% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2021, o índice performou: -3,1% e -5,05%, respectivamente.

Madero arquiteta IPO

O Grupo Madero, apesar das dificuldades financeiras já admitidas, segue o rumo de fazer sua oferta pública inicial de ações (IPO) até o fim de 2021.

  • No balanço do Madero, que é referente ao primeiro trimestre deste ano, o grupo cita que, por falta de garantias de que conseguirá renegociar dívidas, há “dúvidas substanciais sobre a capacidade da companhia de continuar em funcionamento dentro de um ano após a data em que essas demonstrações financeiras consolidadas foram emitidas”.
  • Fundada pelo empresário Junior Durski, a empresa paranaense fez uma ousada expansão no Brasil. Em 2019, vendeu, por R$ 700 milhões, 22% de seu capital para o fundo americano Carlyle (que recentemente repassou seus ativos no país à SPX, gestora de Rodrigo Xavier).
  • A companhia planejava um IPO para 2020, mas teve de interromper os planos por causa da pandemia.
  • Além da abrupta queda de receita, por causa do fechamento dos restaurantes, a companhia também viu sócios como o apresentador Luciano Huck, que tinha uma participação minoritária, deixando o negócio rapidamente e por valor simbólico.

PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

Sócios da Smart Fit vão à Justiça contra IPO

A oferta pública inicial de ações (IPO) da Smart Fit chamou a atenção do mercado com a projeção de captar mais de R$ 02 bilhões, porém, novas notícias começam a sinalizar que esse IPO pode enfrentar problemas pela frente.

  • Na coluna de Robson Bonin, da revista Veja, foi informado que os sócios da rede de academias pediram na justiça o bloqueio de parte das ações da empresa.
  • Segundo a coluna, os parceiros de negócios do dono da Smart Fit, Edgar Corona, solicitam o bloqueio dos papéis para assegurar uma fatia no empreendimento.
  • Além disso, os sócios solicitaram à CVM providências, visto que, segundo a coluna, os documentos de prospecto sugeriram no caixa da empresa, incluindo balanço inflado.
  • O caso está na 2ª Vara Empresarial de São Paulo e envolve a ADV Esporte, braço da rede de academias em Brasília, e que responde por cerca de 8% do faturamento. Os sócios solicitaram ainda que a Justiça comunicasse a CVM sobre este caso, que não está presente no prospecto do IPO.
  • Por fim, vale lembrar que o dono da Smart Fit é alvo no inquérito das Fakes News no Supremo Tribunal Federal.

Enviada reforma tributária

A segunda fase da reforma tributária foi enviada pelo governo à Câmara dos Deputados, e prevê alíquota única de 15% de Imposto de Renda para aplicações em renda fixa e variável. De acordo com a receita federal, a proposta pretende estimular o investimento na bolsa de valores.

  • Atualmente, os investidores pagam de 15% a 22,5% de Imposto de Renda sobre os ganhos em aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto, debêntures e Certificados de Depósito Bancário (CDB). A alíquota varia conforme o prazo de aplicação.
  • Nas aplicações em renda variável, como ações, derivativos e day trade, hoje existem duas alíquotas sobre ganhos de capital. Investimentos em ações à vista, mercado a termo, futuro e de opções pagam 15% de Imposto de Renda. Aplicações em day trade e em cotas de fundos de investimentos imobiliários pagam 20%.
  • Segundo a receita federal, o governo pretende facilitar o acesso do cidadão ao mercado financeiro. “o potencial de investimento na bolsa de valores é enorme. A simplificação facilita o acesso ao mercado e traz segurança para que mais brasileiros possam investir”, informou o órgão.
  • No entanto, a proposta prevê a taxação de lucros e dividendos em 20%, além de prever o fim da isenção sobre rendimentos pago para investidores pessoas físicas pelos fundos imobiliários (FIIs) negociados na Bolsa de Valores a partir do ano que vem.

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