O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 97.821 pontos, o que representou, na sexta-feira (07), uma alta de +0,63%. No acumulado da semana, a variação do principal índice das ações brasileiras foi positiva, de +0,82%. No acumulado do ano, a variação do Ibovespa segue positiva, em +11,30%.
Já o Ifix – índice referência dos Fundos Imobiliários – encerrou a sexta-feira aos 2.568 pontos, após uma variação positiva de +0,29% naquele dia. No acumulado da semana e do ano, as variações do índice são também positivas, de +0,60% e +9,20%, respectivamente.
Dentre os acontecimentos da semana, é interessante mencionarmos que o índice que revela uma prévia da inflação do país, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,13% em maio. Desde 2006, a inflação registrada não apresentava variações deste patamar. Naquele ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou alta de 0,10%. O crescimento no mês de abril deste ano, divulgado pelo IBGE foi de 0,57%. Em maio, o crescimento foi direcionado principalmente pela alta nos segmentos de habitação, saúde e cuidados pessoais. O segmento de vestuário também contribuiu para o crescimento, com alta de aproximadamente 0,34%. A variação ano a ano, considerando os últimos doze meses contra os doze meses imediatamente anteriores desacelerou 0,28%, chegando ao patamar de 4,66%.
Outro evento importante da última semana refere-se à Braskem. A companhia, que estava sendo negociada por sua controladora, Odebrecht, com a LyondellBasell, informou na terça-feira (04) o encerramento das negociações. As negociações já se estendiam há mais de um ano. Na sexta feira, a Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas anunciou o ingresso de uma ação cautelar contra a Braskem. O intuito da medida é evitar a venda da companhia sem a unidade de Alagoas, uma vez que alguns veículos de imprensa noticiaram tal possibilidade. Com essa medida, a Procuradoria tem o objetivo de garantir o ressarcimento dos danos causados pelas atividades da companhia em Maceió. A empresa extrai sal-gema, matéria prima utilizada na produção de PVC e outros produtos. A empresa está sendo acusada de causar tremores de terra em Maceió, como consequência de suas atividades de extração. Tais tremores, supostamente são a causa de rachaduras em diversas casas na cidade. A acusação e o passivo ambiental, supostamente levou sua controladora a cogitar a separação da companhia para as negociações de venda. Possivelmente, as acusações dificultaram as negociações e contribuíram para que a LyondellBasell abandonasse as negociações.
Adicionalmente, também na última quinta-feira, as ações da Brasil Pharma caíam mais de 40% em certo momento do dia. O conselho de administração da empresa informou que aprovou o ajuizamento do pedido de falência, por isso foi convocado uma assembleia geral extraordinária (AGE) onde foi solicitado que os acionistas se manifestem sobre o tema. Desde janeiro de 2018, a companhia já apresentou à Justiça um pedido de recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 1 Bilhão, que foi homologada em novembro de 2018. Em março, a Panpharma, uma das maiores distribuidoras de produtos farmacêuticos, conseguiu uma liminar suspendendo o plano de recuperação da Brasil Pharma. A Panpharma já questionava, em 2017, o empresário Paulo Remy por conflito de interesses dos sócios da BTG, credores da rede de farmácias criadas pelo BTG. Por isso, o juizado de segunda instância decidiu avaliar o mérito dos pedidos de liminar dos credores.
Por fim, no que tange o cenário internacional, o presidente russo Vladimir Putin declarou apoio à China em guerra comercial e criticou o EUA por “egoísmo econômico desenfreado”. Os comentários feitos, em um fórum econômico em São Petersburgo, se referiam a uma demonstração de união com a China em um momento ruim, devido o envolvimento de Pequim em uma guerra comercial com os Estados Unidos. Putin também critica o dólar americano, alegando ser um instrumento de pressão. Segundo o presidente da Rússia, o papel da moeda americana no sistema comercial e financeiro global deve ser reavaliado. O presidente da China, Xi Jinping, demanda que as potências mundiais zelem pelo sistema global de comércio multilateral. Ele acredita que não há interesse dos Estados Unidos em romper completamente o comércio com a China e afirma que a China também não possui tal interesse.
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