Resumo da Semana: IPCA-15, Índice de Confiança do Consumidor e resultados do 1T19

O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 96.236 pontos, o que representou, na sexta-feira (26), uma baixa de -0,33%. No acumulado da semana e do ano de 2019, contudo, as variações do índice seguem positivas, de +1,55% e +9,28%, respectivamente.

Já o Ifix – índice referência dos fundos de investimentos imobiliários – encerrou a mesma semana aos 2.498 pontos (alta de +0,27% no último dia de pregão). Na semana, a variação do índice foi também positiva (+0,22%) e, em 2019, sua valorização já segue no patamar dos +6,22%.

Dentre os acontecimentos da semana, é interessante mencionarmos aqui que o índice que revela uma prévia da inflação do país, ou seja, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), teve um avanço de 0,72% em abril. Esta é a maior variação para abril desde 2015. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (25). No total de um ano, o índice que mede a inflação subiu para 4,71%. No ano anterior, ficou registrado 4,18%. De acordo com o IBGE os setores que tiveram as maiores altas foram: Transportes:  tiveram a maior variação no período 1,31%, impactando o IPCA-15 em 0,24%; Alimentação e bebidas: a variação média no período foi de 0,92%, impactando o índice em 0,23%.

Cabe aqui adicionar que, conforme o Conselho Monetário Nacional (CMN) a meta central da inflação está prevista para este ano em 4,25%. No entanto, o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. Para que esse resultado seja alcançando será necessário que o Banco Central (BC) reduza ou aumente a taxa básica de juros, Selic. Faz aproximadamente, quase um ano que a Selic continua com uma taxa mínima de 6,5% De acordo com a pesquisa “Focus”, analistas preveem uma inflação abaixo do centro da meta, uma taxa em torno de 4,01% neste ano.

Ademais, o IPCA-15 é uma prévia do indicador oficial da inflação do País (IPCA). Como a mediação é realizada em um período não calculado pelo indicador oficial, o IPCA-15 mostra qual será a tendência dos resultados do final do mês. Além disso, ele abrange famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos residentes nas seguintes regiões: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Distrito Federal e o município de Goiânia. Este índice é utilizado para reajustes do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As coletas de preços acontecem em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e domicílios. O período em que é medido a prévia da inflação pelo IPCA-15 é do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual.

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Além disso, é interessante adicionar que, na mesma semana, uma medição feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no mesmo dia, revelou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,5 ponto de março para abril. Com o resultado, o indicador recuou para 89,5 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor patamar desde outubro do ano passado (85,4 pontos), sendo essa a terceira queda mensal consecutiva do indicador, que acumula perda de 7,1 pontos no período.

A queda de abril foi provocada pelas estimativas em relação aos próximos meses, medidas pelo Índice de Expectativas, que recuou 2,7 pontos para 98,7 pontos, a terceira queda consecutiva. O otimismo com relação à evolução da economia caiu 2,9 pontos. Já a confiança no presente, medida pelo Índice de Situação Atual (ISA), subiu 0,5 ponto para 77,1 pontos. O grau de satisfação com as finanças familiares subiu 2,3 pontos.

Adicionalmente, cabe aqui adicionar que, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em um levantamento informado também essa semana, o financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança atingiu R$ 5,64 bilhões em março, uma alta de 48,3% em comparação com o mesmo mês de 2018. No primeiro trimestre os recursos desembolsados pelo sistema para compra e construção de imóveis somaram R$ 15,6 bilhões, elevação de 39,4% contra o mesmo período do ano passado, de acordo com a Reuters. No acumulado de 12 meses os empréstimos somaram R$ 61,8 bilhões, alta de 39,6%.

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Por fim, mas não menos importante, essa semana foi marcada também pelo início da divulgação dos resultados operacionais do primeiro trimestre do 2019 por parte das empresas abertas, tendo como destaque os números apresentados por companhias como Cielo, Bradesco, Cia Hering, Fleury e Grendene.

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