Resumo da Semana: Governo em déficit, Ibov em alta e estimativas para o PIB
O Ibovespa encerrou a última semana registrando 85.366 pontos, o que representou, uma variação de +1,78% no último pregão de Março. No acumulado do ano, a alta de tal índice segue bastante representativa, atingindo o patamar dos 11,73% nos primeiros três meses de 2018.
O Ifix – índice representativo da média dos Fundos Imobiliários – também segue a movimentação do Ibovespa, haja vista que atingiu, no pregão de sexta-feira, uma alta de 0,17%, encerrando o dia atingindo 2.358 pontos. Em 2018, sua variação também é positiva até então, sendo de +5,89%.
No cenário econômico, um dos destaques se fez através do anúncio, por parte do Banco Central, de que as contas do setor público consolidado, que englobam governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram déficit primário de R$ 17,414 bilhões em fevereiro. Isso significa que a soma das despesas desses entes superou a das receitas com impostos e contribuições em R$ 17,414 bilhões no mês passado. Essa conta, porém, não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública. O déficit de fevereiro ocorre após as contas do setor público terem registrado, em janeiro, resultado positivo recorde para tal mês.
Outro destaque se fez também pelo Banco Central, que manteve, na última quinta-feira (29), a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A informação consta no relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano. De acordo com o BC, a economia segue operando com “elevado nível de ociosidade”, o que se reflete nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.
No ano passado, depois de dois anos de tombo, a economia brasileira saiu da recessão e registrou uma expansão de 1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para este ano, o mercado estima um crescimento médio de 2,89% para o PIB. Já o governo brasileiro, na revisão do orçamento de 2018 feita na semana passada, estimou uma alta de 2,97% para o PIB neste ano.
Apesar de negativo, o resultado de fevereiro foi o melhor para o mês desde 2015 – quando foi registrado um rombo fiscal de R$ 2,299 bilhões. Deste modo, este foi o melhor mês de fevereiro em três anos.
A última semana se caracterizou, também, pelo encerramento do prazo de divulgação dos resultados das empresas de capital aberto listadas na bolsa de valores, que em sua maioria, demonstraram uma resposta coerente com a retomada do aquecimento da economia, que se inicializou no início do ano de 2017.
Pela média, os resultados foram bastante positivos, o que, em nossa opinião, pode contribuir para a tendência de migração da cultura centenária de investimentos em renda fixa, no Brasil, para um comportamento de aplicação na renda variável (ações e fundos imobiliários) por parte dos investidores.
Diante desse cenário, seguiremos vigilantes às principais oportunidades de entrada de ativos com forte potencial de valorização e de distribuição de dividendos no longo prazo, de modo que boas e saudáveis recomendações possam ser feitas de maneira coerente e sempre respeitosa a nossos assinantes.
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