O Ibovespa encerrou a última quinta-feira (24) – último dia de negociações na bolsa de valores por conta do feriado na sexta-feira na capital paulista, aniversário de 465 anos de São Paulo – registrando 97.677 pontos, o que representou, naquele dia, uma alta de +1,16%. Assim, cresce a expectativa para a bolsa ultrapassar os 100 mil pontos nos próximos meses. Na semana, a variação do indicador foi de +1,64% ao passo que, em 2019, até então, a alta do principal índice das ações no Brasil é de +11,14%.
Já o Ifix – índice referente aos Fundos Imobiliários – apresentou uma queda de -0,10% na quinta-feira, encerrando aquele dia aos 2.388 pontos. Na semana, a sua variação foi também negativa (-0,43%), sendo que, no acumulado do ano, o índice apresenta uma alta de +1,55%.
Dentre dos acontecimentos da semana, não há como não destacar o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, evento o qual foi enaltecido que, se o Brasil fizer as reformas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro, o país receberá US$ 100 bilhões em investimentos. A declaração foi dada por uma fonte do Fórum Econômico Mundial ao jornal Valor Econômico. Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de fundos de investimentos do mundo, foi ao encontro da declaração. “Estou otimista com o Brasil e definitivamente queremos investir mais no país”, disse ao jornal. A BlackRock administra cerca de US$ 6 trilhões em recursos.
David Rubenstein, co-presidente do Carlyle Group, gigante do private equity, segue na mesma linha. Durante um debate no Fórum Econômico Mundial, ele disse que o Brasil é uma das grandes oportunidades de investimento no momento. O volume de US$ 100 bilhões, de acordo com um banqueiro, é uma “cifra técnica”. Trata-se da média das projeções de diferentes bancos de investimento. Esse capital deve ir para Investimento Estrangeiro Direto (IED), isto é, são recursos que vão para o capital produtivo brasileiro: infraestrutura, compra de empresas brasileiras, capitalização de negócios que já estão no País.
Desde Davos de 2018, os preços das ações no Brasil subiram e o real se valorizou. Mesmo assim, os ativos brasileiros permaneceram relativamente baratos. O projeto do governo de Jair Bolsonaro de reduzir a presença de bancos públicos na economia foi vista com bons olhos pelo setor bancário. O mercado de capitais aumentou bastante em 2018 e é considerado como o grande mercado nos próximos dois a três anos no Brasil.
Também na última semana divulgada a informação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação oficial, ficou em 0,3% em janeiro deste ano. A taxa é superior ao registrado na prévia de dezembro de 2018 (-0,16%), mas inferior ao 0,39% da prévia de janeiro do ano passado. Segundo dados divulgados na quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa acumulada em 12 meses é de 3,77%, abaixo dos 3,86% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2018, a taxa foi de 0,39%.
É importante ressaltar, também, que na manhã de sexta-feira (25), uma barragem da Vale se rompeu em Brumadinho. A cidade fica na região metropolitana de Belo Horizonte. Uma área administrativa da empresa, onde havia funcionários, foi atingida pelos rejeitos. A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total de minério de ferro da companhia no período, segundo dados da empresa.
Diante desse acontecimento, as ações da Vale negociadas na bolsa de valores de Nova York, os ADRs (American Depositary Receipts), despencaram após o acontecimento. Pouco depois das 15h do dia 25, os papéis da empresa eram vendidos a US$ 13,35 – um recuo de 10,16% em relação ao fechamento da última quinta (24). Somente na segunda (28) é que a empresa sentirá os efeitos da tragédia em suas ações no Brasil. Na B3, os papéis da Vale registravam alta de 10,1% desde o início do ano até esta quinta. Na bolsa de Nova York, o acúmulo foi de 12,7%. Criado há 90 anos nos Estados Unidos como meio de facilitação para os investidores de lá comprarem ações de empresas estrangeiras, o ADR é definido como um recibo de ações de empresas de fora dos Estados Unidos negociados na bolsa de Nova York.
Diante de tais acontecimentos, seguiremos acompanhando o andamento dos fatos e mantendo nossos seguidores atualizados a respeito dos desdobramentos ligados aos assuntos levantados que vierem a ser atualizados no decorrer da semana que vem.
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