O Ibovespa encerrou a última quinta-feira (11) registrando 82.921 pontos, o que representou, naquele dia, uma variação negativa de -0,91%. Já na semana (que teve um dia útil a menos por conta do feriado de ontem – 12 – referente ao de Dia de Nossa Senhora Aparecida) a variação do índice foi positiva em +0,73%, ao passo que, no acumulado de 2018, o Ibovespa segue também positivo, porém em +8,53%.
Já o Ifix – índice referente aos Fundos de Investimentos Imobiliários – apresentou, na quinta-feira, uma alternância de +0,09%, sendo que, na semana, a disparidade foi também positiva, porém em +1,07%. Em 2018, contudo, o índice apresenta uma queda de -2,26%.
No que tange os acontecimentos da semana, um de grande relevância se fez através da informação de que os analistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para este ano e também passaram a prever um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB). As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (8) pelo Banco Central.
O relatório é resultado de levantamento feito na semana anterior com mais de 100 instituições financeiras. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro elevou a estimativa de 4,30% para 4,40% para este ano. Foi a quarta alta seguida do indicador. O aumento aconteceu após a divulgação do IPCA de setembro, que somou 0,48% e foi o maior para esse mês desde 2015. A alta da inflação no mês passado foi puxada pelos preços de transportes e combustíveis.
Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,35% para 1,34% na semana passada. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
No fim do mês passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores. O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.
Outra notícia também de destaque na semana foi feita através do Fundo Monetário Internacional (FMI), que divulgou na madrugada de terça-feira, 9 de outubro, sua previsão de crescimento da economia global para 2018 e 2019. O cenário apontado pelo FMI indica queda de 0,2% nos dois anos, sendo que a estimativa caiu de 3,9% para 3,7%. Tais dados foram apontados em conferência em Bali, Indonésia, no qual se encontrou o alto escalão da instituição financeira.
Para especialistas, o apontamento do órgão é apenas uma confirmação sobre “uma nova recessão inevitável”. Entre os fatores que contribuem para tal cenário, estão: Guerra comercial global, especialmente entre China e Estados Unidos; Alta na taxa de juros em países desenvolvidos como EUA, algo que gerou escassez de crédito para países em desenvolvimento; e os resultados econômicos negativos vindos da Europa.
Além disso, o mercado segue também na expectativa dos resultados das companhias abertas referentes ao terceiro trimestre do ano de 2018. Segundo o calendário das companhias, tal período deve se iniciar a partir do próximo dia 22, e tal evento pode contribuir de maneira direta para um aumento da volatilidade dos ativos negociados na bolsa de valores.
Dessa maneira, é bem provável que ativos de alto valor apresentem janelas de oportunidades de investimentos que proporcionem grandes margens de segurança através das quais excelentes investimentos possam ser efetivados.
Por fim, a expectativa da corrida eleitoral referente ao segundo turno das eleições presidenciáveis de 2018 pode contribuir, também, para que bons negócios possam ser feitos por parte de investidores pacientes e que consideram o Value Investing, de fato, uma estratégia coerente de aplicação financeira.
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