Resumo da Semana: Boeing desiste de acordo com Embraer, Argentina abandona Mercosul, Moro mostra conversas com Jair Bolsonaro e Expectativa de recuperação do turismo.
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 75.330 pontos, o que representou, na última sexta-feira (24), uma variação negativa de 5,45%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma desvalorização de cerca de 3,7%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de aproximadamente 35% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (25) aos 2.528 pontos, o que representou uma baixa de 2,47% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: -0,7% e -21%, respectivamente.
Boeing desiste de acordo bilionário com a Embraer.
A fusão entre a Boeing e Embraer, uma negociação de US$ 4,2 bilhões com participação de 80% da fabricante norte-americana, foi cancelada por conta das dificuldades da crise do novo coronavírus.
- O acordo bilionário já havia sido aprovado pelo Cade e tinha até a última sexta-feira (24) para ser ratificado;
- Além da crise econômica, a Boeing sofre pressões políticas do presidente Donald Trump;
- A Embraer era um importante ativo para os engenheiros viabilizar a montagem de um novo Boeing de tamanho médio. Com o cancelamento da fusão, a fabricante norte-americana não terá uma aeronave para concorrer com a Airbus;
- A quebra do acordo constitui em uma multa entre US$ 75 milhões e US$ 100 milhões.
Argentina abandona negociações do Mercosul.
Para priorizar a economia interna, a Argentina abandonou as negociações do Mercosul. O país já presenciava uma crise econômica, que foi agravada com a pandemia do covid-19.
- A informação foi divulgada pelo Paraguai: “A República Argentina anunciou a decisão de deixar de participar nas negociações de acordos comerciais em curso e das futuras negociações do bloco”;
- Os integrantes do bloco estão avaliando as medidas jurídicas, institucionais e operacionais de tal decisão;
- A economia da Argentina está em recessão há dois anos. Como forma de combater o coronavírus, o país vizinho irá gastar R$ 9 milhões em obras públicas, isentar as empresas dos setores mais atingidos, fortalecer o programa de seguro-desemprego e lançara um pacote em crédito de R$ 28,11 bilhões.
Moro mostra conversas com Bolsonaro e Carla Zambelli.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro apresentou nesta sexta-feira (24), ao Jornal Nacional, cópias de mensagens em que o presidente abordava a troca do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
- Bolsonaro envia o link de uma reportagem com o título: “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas” e complementa: “Mais um motivo para a troca”, em referência à substituição de Maurício Valeixo, com a qual Moro não concordava.
- Houve também um diálogo com a deputada do PSL Carla Zambelli, onde ela pede para que Moro aceite Alexandre Ramagem, atual chefe da Abin, como novo diretor-geral da PF. Em troca, a deputada sugeriu que Moro poderia ser indicado para uma vaga no STF;
- Ao anunciar sua saída, Moro acusou Jair Bolsonaro de querer intervir na autonomia da Polícia Federal.
Turismo deve se recuperar apenas em 2023.
O presidente da CVC, Leonel Andrade, afirmou nesta quinta-feira (22) que o setor de turismo deve retornar aos patamares do ano anterior somente em 2023.
- O executivo da companhia de viagens declarou que projeta uma recuperação lenta após a crise causada pelo covid-19;
- Segundo o presidente: “O mercado de turismo de modo geral só volta ao que era em 2019 em 2023. Vai se recuperar gradualmente até chegar lá. O que não significa que a gente já não possa ser maior no ano que vem ou em 2022. Trabalho com a filosofia que a CVC tem que ser o melhor amanha do que é hoje. Melhorar canais digitais, de comunicação com o cliente. Muita coisa pode ser feita melhor”;
- Leonel também comentou que há três semanas, as vendas estavam perto de 1% do que foi vendido no mesmo período do ano passado. Hoje, já há pessoas comprando passagens para o fim do ano, com as vendas correspondendo a 12% – 15% do que eram um ano atrás.