Resumo da Semana: BNDES e Embraer, Empresas de tecnologia se beneficiam com a crise, BC corta SELIC e Queda de 99% na produção de veículos.
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 80.263 pontos, o que representou, na última sexta-feira (08), uma variação positiva de 2,
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 80.263 pontos, o que representou, na última sexta-feira (08), uma variação positiva de 2,75%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma desvalorização de cerca de 0,25%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de aproximadamente 30,60% até o momento.
75%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma desvalorização de cerca de 0,25%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de aproximadamente 30,60% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (08) aos 2.582 pontos, o que representou uma alta de 0,11% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: – 0,70% e -19,22%, respectivamente.
BNDES deve fazer aporte de US$ 1 bilhão para salvar Embraer.
Em ação semelhante à do governo americano na crise de 2008 para salvar a GM, o BNDES deverá aportar pelo menos US$ 1 bilhão para comprar ações a serem emitidas pela empresa, o que diluirá participações dos atuais sócios;
- Vinte e seis anos depois da privatização, a Embraer deve passar a ter novamente uma relevante participação estatal;
- Paulo Guedes e Sergio Eraldo Pinto, vice-presidente do Conselho de Administração da Embraer, possuem uma boa relação: foram sócios na Bozano Investimentos;
- O discurso oficial será o de que a Embraer foi vítima de traição da Boeing e precisa se recuperar para ser vendida.
Pandemia favorece modelo de negócio de publicidade online.
Durante a pandemia, os anunciantes estão se voltando para campanhas criadas para gerar cliques e vendas rápidas, em vez de peças mais chamativas e inesquecíveis, que são mais tradicionais na TV e em revistas, beneficiando as duas empresas que praticamente controlam o mercado: Google e Facebook.
- Em qualquer desaceleração da economia, os orçamentos de publicidade estão, muitas vezes, entre os primeiros gastos corporativos a serem cortados;
- Essas campanhas, conhecidas como “de resposta direta”, são a maior fonte de receita do Google e do Facebook, e estão ficando ainda mais atraentes com a queda vertical do preço dos anúncios;
- Os anunciantes estão evitando qualquer tipo de investimento de longo prazo em suas marcas, as únicas campanhas que estão sobrevivendo são as que contribuem para o fluxo de caixa atual;
- Mais de três bilhões de pessoas acessam as plataformas do Facebook todos os meses;
- Facebook disse que o preço dos anúncios caiu 16% (dinâmica de fixação de preço de publicidade online é via sistemas de leilões automáticos).
Banco Central corta Selic em 0,75 ponto para 3% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%. Com o novo corte a taxa caiu para 3% ao ano, uma nova mínima histórica.
- A decisão foi unânime e, segundo comunicado divulgado pelo BC, “O Comitê entende que, neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reforça que há potenciais limitações para o grau de ajuste adicional”;
- O corte era esperado pelo mercado, que cortou a previsão da Selic 2020 para 2,75%. No entanto, a expectativa era de um corte menos agressivo, de 0,5 pontos;
- A decisão do BC ocorre em um contexto de forte contração do nível de atividade econômica global provocada pela pandemia covid-19;
- Esse desaquecimento da economia teve consequência desinflacionárias, o que deu uma maior margem de manobra para os Bancos Centrais cortarem as taxas de juros. Em março, o IPCA foi de apenas 0,07%, a menor taxa desde 1995. Especialistas acreditam que a inflação de 2020 será de 1,97%, abaixo da meta do CMN deste ano, de 4%.
Produção de veículos cai 99,3% em abril.
A produção de veículos no Brasil caiu 99,3% em abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. É o pior resultado da série histórica, iniciada em 1957. Os dados foram divulgados neste sexta-feira (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
- A produção de veículos totalizou 1.847 automóveis em abril deste ano ante 267.561 no mesmo período de 2019;
- As vendas de veículos novos recuaram 66% em abril ante março, para 55,7 mil unidade. As montadoras encerraram o mês passado com estoques suficientes para quatro meses de vendas;
- A exportação de veículos registrou queda de 79,3% em um ano, totalizando 7.212 unidades, frente 34.905 em abril de 2019;
- O setor de locação de carros também impactado, cerca de 160.000 automóveis foram devolvidos pelos motoristas de aplicativos às locadoras por causa da queda no número de corridas.