Resumo da Semana: Bernard Madoff morre aos 82 anos, Ex-presidente da Braskem admite suborno, Conselheiro eleito da Petrobras renúncia na mesma semana e Prefeitura interdita terminal de exportação da CSN
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 121.113,93 pontos, o que representou, na última sexta-feira (16), uma variação positiva de +0,34%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de aproximadamente 2,92%. Em 2021, o índice está positivo em 1,76% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (16) aos 2.847,43 pontos, o que representou uma alta de +0,14% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2021, o índice performou: -0,06% e -0,79%, respectivamente.
Bernard Madoff morre aos 82 anos
Bernard Madoff, que ficou mundialmente conhecido por ser o homem por trás do maior esquema Ponzi da história, morreu aos 82 anos, em uma prisão no estado americano da Carolina do Norte
- Preso desde 2009, Bernard Madoff foi condenado a 150 anos de detenção por conta de uma fraude que teria desviado até US$ 19 bilhões. Nela, assim como em outros esquemas de pirâmide, o gestor prometia retornos impressionantes para seus clientes, quando na verdade pagava investidores antigos com o dinheiro ‘novo’ que entrava.
- Ao contrário do esquema de Charles Ponzi, realizado em 1920, Madoff alcançou através da sua pirâmide um nível de respeito e aclamação entre os profissionais de finanças – ele chegou a ser presidente da Nasdaq em 1990, 91 e 93. O seu esquema durou ao menos 15 anos, mesmo com os reguladores observando sua forma de agir.
- Para manter os clientes acreditando no golpe, Bernard Madoff desenvolveu declarações falsas, em que afirmava que os US$ 19 bilhões levantados já teriam valorizado e virado cerca de US$ 65 bilhões.
- A lista de clientes do golpista incluía nomes como Fred Wilpon, dono do New York Mets, o ator Kevin Bacon, o ex-economista chefe da Salamon Brothers Henry Kaufman, entre outros.
Ex-presidente da Braskem admite suborno
O ex-presidente da Braskem e da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, confessou ter participado de fraudes em balanços da empresa e de ter permitido um esquema de suborno de cerca de US$ 250 milhões.
- De acordo com o comunicado divulgado pelo Departamento de Justiça americano (DoJ), o ex-presidente da Braskem participou de audiência nos Estados Unidos, onde assumiu ter feito parte do esquema de pagamento de propinas na petroquímica, que foi revelado pela Operação Lava-Jato.
- Diante disso, Grubisich pode ser sentenciado a até dez anos de prisão, conforme informou o DoJ, citando também que o executivo aceitou um acordo que prevê um confisco de US$ 2,2 milhões de seus bens.
- No entanto, a sentença será divulgada apenas no dia 05 de agosto deste ano.
Conselheiro eleito da Petrobras renúncia na mesma semana
A Petrobras recebeu uma carta de renúncia do conselheiro de administração Marcelo Gasparino da Silva, que havia sido eleito na última segunda-feira, através de processo de voto múltiplo em Assembleia Geral Extraordinária.
- Na carta enviada à estatal, o conselheiro aponta que “apresento minha renúncia em caráter irrevogável e irretratável, ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras, para o qual acabo de ser empossado, a ser considerada por esse Colegiado a partir de 31/05/2021 ou até que seja empossado o meu substituto a ser eleito através de nova assembleia”
- Por sua vez, a companhia explica que o cargo poderá ser preenchido por um substituto eleito pelo conselho, até que aconteça outra Assembleia Geral dos acionistas.
Prefeitura interdita terminal de exportação da CSN
A CSN recebeu uma fiscalização da prefeitura municipal de Itaguaí/RJ, determinando a interdição temporária das operações portuárias no Terminal de Carvão – TECAR da CSN Mineração e no Terminal de Containers da Sepetiba (Tecon), controlada pela empresa.
- De acordo com a CSN, o argumento utilizado pela prefeitura foi de irregularidades no licenciamento e crimes ambientais.
- “As companhias e seus assessores estão neste momento tomando ciência dos termos da autuação e tomando todas as medidas necessárias para manutenção das operações”.
- A empresa ressaltou ainda em nota que todas as licenças ambientais para suas operações portuárias em Itaguaí/RJ estão vigentes e que operam “sob as melhores práticas ambientais”.
- A CSN esclareceu que possui todas as licenças ambientais no Porto de Itaguaí e não houve qualquer vazamento ou derrame de minério no mar. “A empresa não reconhece qualquer das acusações que lhe estão sendo supostamente imputadas. Para isso, a companhia sinaliza surpresa com a operação de hoje”.