Quando os noticiários divulgam os lucros e faturamento das empresas de capital aberto, eles estão fazendo referência ao regime de competência, um método contábil importantíssimo no mercado de capitais.
O regime de competência é muito útil, pois ajuda a organizar as finanças e planejar o futuro dos negócios de uma companhia.
O que é Regime de Competência?
O regime de competência é o método contábil que mede o desempenho e a posição econômica de uma empresa. Ele age reconhecendo os eventos econômicos independentemente da ocorrência de transações financeiras.
Dessa forma, a ideia por trás desse demonstrativo financeiro é que os eventos econômicos devem ser reconhecidos pelas receitas correspondentes no momento em que a transação ocorreu.
Portanto, considera-se o momento da transação, e não necessariamente quando o pagamento foi efetivamente feito (ou recebido).
Assim como acontece com o regime de caixa, o regime de competência é obrigado a lançar receitas e despesas no dia e mês da sua ocorrência, dando uma visão atualizada e uniforme da empresa.
Sendo assim, fica claro que o regime de competência é importantíssimo para o planejamento financeiro de qualquer empresa.
Quais as Vantagens do Regime de Competência?
O regime de competência é muito útil, sendo é uma prática contábil padrão entre a maioria das empresas.
Sendo assim, esse método fornece aos analistas e investidores uma forma relativamente simples do desempenho atual de uma empresa.
Sua criação vem da necessidade de criar uma linguagem financeira que ajudasse na compreensão das complexas transações econômicas das grandes companhias.
De fato, vale notar que a demonstração do resultado de exercício (DRE), importante demonstração financeira, é proveniente desse regime contábil.
Portanto, fica claro que o regime de caixa é importante para qualquer empresa entender suas receitas e lucros, bem como suas margens.
Quais as Desvantagens do Regime de Competência?
De fato, um importante detalhe nesse regime contábil é o de que as empresas lançam suas vendas a crédito em seus resultados sem que ao menos a transação financeira tenha realmente acontecido.
É por esse motivo que os demonstrativos de geração de caixa devem fazer parte do escopo de análise de um investidor, pois nesses demonstrativos as transações somente são lançadas no momento do pagamento ou recebimento.
Por exemplo: um cliente recebe a conta pelos serviços prestados por uma empresa num valor de R$ 10.000, no dia 2 de junho.
Porém, esse cliente decide que não quer pagar na data do termino do serviço, mas sim no dia 20 de novembro. Nesse caso, a entrada desta transação será registrada de maneira diferente nos métodos de caixa e competência.
Sendo assim, a receita gerada pelos serviços prestados somente será reconhecida pelo método de caixa quando o dinheiro é recebido pela empresa.
No entanto, no método de competência a empresa já poderá lançar, no de 2 de junho, a receita oriunda dos seus serviços, independente de possíveis inadimplências futuras. Nesse caso, a empresa deverá corrigir esse dado futuramente em seu balanço.
Quando usar o Regime de Competência e Regime de Caixa?
Ao analisar de forma detalhada os dois regimes, vê-se que ambos são muito úteis ao investidor.
Por um lado, o regime de competência favorece a previsibilidade operacional das empresas, mas tende a distorcer suas operações financeiras caso seja avaliada sem o devido contexto.
Por outro lado, o regime de caixa permite verificar entrada e saída de caixa de uma empresa, mas eventos atípicos podem distorcer seus resultados.
Sendo assim, fica claro que ambos são úteis quando usados de forma integrada. É preciso avaliar uma empresa seguindo vários critérios, e não de forma isolada, evitando erros de investidores iniciantes.
Por fim, compreende-se que uma análise conjunta desses dois tipos de norma contábil tende apenas a favorecer o investidor.
Ainda ficou com alguma dúvida sobre regime de competência? Comente abaixo!