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Radar do mercado: Vale (VALE3) informa sobre acordo com Ministério Público do Trabalho de MG

A Vale S.A. informou ontem (16) que, na data anterior, firmou acordo com o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT), com a participação de sindicatos, por meio do qual será iniciada a fase de execução individual dos termos do acordo.

Segundo a companhia, a partir do momento em que foi firmado o acordo, os familiares dos trabalhadores vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, poderão se habilitar para receber reparação, iniciando a execução do acordo individual.

 

Para isso, devem ser observadas algumas premissas:

Deste modo, por exemplo, a família de um trabalhador que deixou esposa, dois filhos, pai, mãe e dois irmãos receberia o montante de R$ 3,8 milhões, considerando os valores explicitados na lista acima. Vale lembrar que a proposta que a Vale havia feito algumas semanas depois da queda da barragem previa a indenização de, no máximo, R$ 300 mil.

Além disso, o acordo também prevê estabilidade aos trabalhadores próprios e terceirizados, lotados na Mina do Córrego do Feijão no dia do rompimento da barragem. Já para os sobreviventes que estavam trabalhando em tal momento, a estabilidade é prevista pelo prazo de três anos, contados a partir de 25 de janeiro de 2019, isto é, da data do rompimento. A companhia ressaltou que tal estabilidade pode ser convertida em pecúnia.

A empresa informou que o acordo determinou ainda a liberação do valor de R$ 1,6 bilhão, depositado judicialmente em garantia no processo.

Nos resultados do 1T19, a Vale apresentou provisão de R$ 949 milhões, que diziam respeito ao acordo preliminar assinado com o MPT em 15 de fevereiro. Eventuais ajustes à tal provisão serão realizados no resultado do segundo trimestre, que será divulgado ao final do mês, em 31 de julho. Estes ajustes incluirão o depósito de 400 milhões, que será realizado pela companhia a título de dano moral coletivo em 06 de agosto, ficando à disposição do juízo.

Pelo boletim da Defesa Civil de Minas Gerais, divulgado no último dia 5, o número de mortos decorrentes da tragédia estava em 246. Havia, portanto, 24 pessoas ainda desaparecidas.

No mais, ficamos contentes em ver a Vale mostrando esforços para reparar os estragos oriundos da tragédia. Acreditamos que não seja um momento favorável para entrar no papel. Assim, nos mantemos de fora, observando o case de VALE3.

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