A companhia divulgou ontem (17), por meio de Fato Relevante, que a Polícia Federal realizou mandado de busca e apreensão nas unidades de São Bernardo do Campo, com o auxílio do GAECO (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, com colaboração do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Houve suspensão da negociação do ativo entre as 14h00 e 14h20.
A ação faz parte da Operação Pacto, que investiga cartel de ‘cegonhas’ no transporte ferroviário. A operação está sendo executada em diversos estados, como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
O suposto acordo fixaria o valor de frete de veículos novos e partilharia fatias de mercado das empresas envolvidas. A operação envolve aproximadamente 60 policiais federais. Segundo o CADE, as empresas intencionalmente não competiam por novos contratos com as empresas importadoras e as montadoras de veículos.
O business da empresa consiste em serviços de logística, distribuição e transporte para o setor automotivo. Ela transporta os veículos das montadoras para as concessionárias e portos. O modelo de operação é bastante asset light, considerando que cerca de 90% dos caminhões cegonhas são alugados ou terceirizados.
Ela também gere a alocação dos pátios das montadoras. Anualmente, ela distribui mais de 1 milhão de veículos e detém aproximadamente 30% do market share brasileiro. Além disso, atua com serviços de PDI (PRE-DELIVERY INSPECTION), que consiste na instalação de acessórios nos veículos (travas elétricas, película, adesivagem, etc.), armazenagem e logística industrial.
A operação ocorre num momento em que a companhia está reduzindo significativamente seu endividamento e elevando expressivamente seu EBITDA. A título de comparação, o EBITDA da companhia passou de R$ 136,85 milhões em 2017 para R$ 182,71 milhões em 2018, mostrando um aumento na ordem de 33,51%.
As ações da Tegma (TGMA3) fecharam em queda de 11,56%, encerrando as negociações do dia no preço de R$ 31,15.
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