O Banco Santander divulgou ontem (24) os seus números operacionais referentes ao primeiro quarto de 2018 e, de acordo com o reportado, foi possível perceber que a companhia seguiu com o seu foco na produtividade e controle de custos, reforçando, assim, o seu empenho em potencializar a sua geração de resultados.
Com isso, as suas receitas totalizaram R$ 14.298 milhões no período, com aumento de 13,7% em doze meses (ou R$ 1.721 milhões) e crescimento de 4,1% em três meses, patamar esse resultado de uma margem financeira que alcançou R$ 10.163 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 14,6% em doze meses e 7,0% em três meses, em função de maiores receitas de crédito e atividades com o mercado. Esses crescimentos compensaram a redução das receitas de captações impactadas pela queda na taxa de juros.
Já as comissões totalizaram R$ 4.134 milhões, crescimento de 11,5% em doze meses, suportadas pela maior vinculação e transacionalidade dos seus clientes, com destaque para receitas de cartões de crédito e adquirência, serviços de conta corrente e comissões de seguros. Em três meses, essas receitas apresentaram redução de 2,5% devido à sazonalidade de cartões e de seguros no período.
Neste cenário, as despesas gerais do Santander totalizaram R$ 4.805 milhões no primeiro trimestre de 2018, aumento de 3,8% em doze meses, principalmente devido à maior despesa de pessoal em razão da distribuição de participação nos lucros alinhada a performance dos seus negócios.
Assim sendo, em três meses, as suas despesas apresentaram queda de 7,3%, atribuída em grande parte à maior despesa com tecnologia e marketing no trimestre anterior.
Dessa maneira, o índice de eficiência no trimestre alcançou 40,0%, atingindo o melhor patamar histórico, representando uma melhora de 4,9 p.p. em doze meses e 4,3 p.p. em três meses.
Adicionalmente, o índice de inadimplência superior a 90 dias do Santander atingiu 2,9% em março de 2018, estável em doze meses. Em três meses o índice melhorou 0,2 p.p. devido à resolução, nesse primeiro trimestre, do caso pontual no segmento de grandes empresas, que havia impactado este indicador no quarto trimestre de 2017.
Ainda, o custo de crédito alcançou 3,4% em março de 2018, com aumento de 0,3 p.p. em doze meses e queda de 0,1 p.p. em três meses, ao passo que o índice de cobertura alcançou 216% no terceiro mês desse ano, com redução de 13,1 p.p. em doze meses. Em três meses o índice aumentou 13,7 p.p. em função da resolução do caso pontual, como citado.
Já os indicadores de qualidade de carteira se mantiveram sob controle, suportados pela assertividade dos modelos de riscos do banco.
Ainda, as captações com os seus clientes alcançaram R$ 316.818 milhões no final do primeiro quarto, incremento de 5,4% em doze meses e 3,0% em três meses.
Assim, a companhia manteve a tendência de crescimento em depósitos à prazo, 68,1% em doze meses e 11,9% em três meses, em função da redução de captações com debêntures e letras financeiras ao longo dos últimos trimestres. Os depósitos de poupança aumentaram 14,7% em doze meses e 2,1% em três meses.
Diante disso, o lucro líquido gerencial do Santander somou R$ 2.859 milhões no primeiro trimestre de 2018, atingindo o maior patamar histórico, com crescimento de 25,4% em doze meses e aumento de 3,9% em três meses.
Esse desempenho continua sendo sustentado pelo crescimento da vinculação e maior transacionalidade de seus clientes.
Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), ajustado pelo ágio, atingiu 19,1%, aumento de 3,2 p.p. em doze meses. Essa evolução evidencia o crescimento recorrente de suas receitas totais, com ganho de eficiência.
Não bastasse, no trimestre, o Santander Brasil destacou o montante de R$ 600 milhões na forma de juros sobre o capital próprio (JCP) pagos a partir de 26 de abril de 2018.
“Essa evolução acompanha o ritmo de crescimento da nossa carteira e evidencia que mantemos níveis adequados de provisionamento”, relatou trecho do informe do balanço da instituição financeira.
Pelos números e informações disponibilizadas pelo Santander em seu resultado, confirmamos nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia, e também o segmento bancário no Brasil como um todo, como um ecossistema que apresenta um dos ambientes mais rentáveis do planeta, por conta disso, gostamos muito da conjuntura do setor bancário no país.
O que não gostamos, contudo, é do atual preço de cotação do Santander, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.
O Brasil é um país de oportunidades, e acreditamos que a qualquer momento possa surgir uma janela interessante para indicação neste valioso banco.
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