Radar do Mercado: QGEP (QGEP3) – Companhia divulga sua produção do 4º trimestre de 2018
A QGEP Participações divulgou na última sexta-feira (04) a sua produção no 4º trimestre de 2018 e, segundo a companhia, a sua produção total no período foi de 1.852 mil barris de óleo equivalente (boe), ou produção média diária de 20,1 mil boe.
Segundo o informado, este valor inclui gás e óleo, bem como o condensado produzido no Campo de Manati.
A título de ilustração, segue abaixo as informações detalhadas por campo:
É interessante lembrar que, em meados de setembro, o Tribunal Arbitral declarou a validade da expulsão da Dommo Energia S.A. do consórcio BS-4 e a perda de 20% de participação para a QGEP no Campo de Atlanta. A decisão está sendo implementada perante o Tribunal Arbitral e as autoridades brasileiras competentes.
No mais, a QGEP Participações é uma das grandes empresas produtoras de controle privado no setor de Exploração e Produção do Brasil, além de ser a primeira e única empresa privada brasileira a operar na área premium do pré-sal na Bacia de Santos.
Além disso, a companhia possui um diversificado portfólio de ativos de exploração e produção, e, de acordo com comunicados feitos num passado recente, a empresa pretende potencializar seu processo de atuação através dos fechamentos dos acordos realizados em leilões.
No entanto, o fato inegável e que não pode deixar de ser lembrado, de que a companhia é alvo de investigações no âmbito da operação Lava-Jato, tendo sido citada diversas vezes em noticiários a respeito de escândalos de pagamentos de propinas a políticos influentes e que resultaram, inclusive, na prisão de um ex-presidente e um ex-diretor da companhia em meados de 2016.
Gostamos muito da estratégia de Décio Bazin em seu livro Faça Fortuna com Ações, a qual sugere que os investidores evitem empresas que tenham seus nomes relacionados a notícias negativas, e por isso preferimos continuar de fora da companhia.
Além disso, entendemos que a cadeia de óleo e gás como um todo no Brasil, apresenta muitas dificuldades e, por consequência disso, as opções de boas companhias no segmento são muito restritas, isto por que poucas dessas empresas (ou quase nenhuma) apresentam características de serem boas geradoras de caixa, pagadoras de dividendos e/ou com potencial de crescimento.
Dessa forma, entendemos que existe uma carência muito grande de alternativas no setor, e por isso preferimos nos manter de fora da QGEP nesse momento.