Radar do mercado: Petrobras (PETR4) divulga teaser para venda de ativos de E&P na Bacia do Espírito Santo
A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informou, no último dia 05, que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade referente à venda da totalidade de suas participações nos campos de produção de Peroá e Cangoá, e na concessão BM-ES-21 (Plano de Avaliação de Descoberta de Malobe), localizados na Bacia do Espírito Santo.
A venda incluirá as instalações de produção e de escoamento, assim como o gasoduto terrestre até a chegada na Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC).
Vale ressaltar que a Petrobras detém 100% de participação nos campos de Peroá e Cangoá, ambos localizados em águas rasas, cuja produção atual é de cerca de 900 mil metros cúbicos por dia de gás não-associado, e 88,9% de participação no bloco exploratório BM-ES-21, localizados em águas profundas, em que se encontra a descoberta de Malombe.
Os campos de Peroá e Cangoá são operacionais desde 2006 e 2009, respectivamente. O pico de produção do cluster, superior a 7,3 milhões de metros cúbicos por dia de gás não-associado, se deu em 2008. Até o final do ano de 2018, a produção de gás acumulada foi de 9,499 bilhões de metros cúbicos.
O sistema de produção consiste em seis poços conectados à plataforma não habitada PPER-1, localizada sobre uma lâmina d’água de 67 metros, além de um polo diretamente ligado ao gasoduto que conecta PPER-1 à Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC). A Petrobras ressalta que a plataforma e o gasoduto fazem parte do perímetro da Potencial Transação.
No caso de Malombe, sua descoberta se deu em 2011, com a perfuração de um poço exploratório localizado na concessão BM-ES-21, adquirida em 2004. Atualmente, a área está sob um Plano de Avaliação da Descoberta, com declaração de comercialidade prevista para o segundo semestre de 2019.
Conforme publicado no Diário Oficial da União no dia 11 de junho de 2019, a Repsol está abrindo mão de seus 11,1% de participação na concessão em favor da Petrobras. A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, mas ainda está sujeita à aprovação da ANP.
Caso a ANP aprove a saída da Repsol, a participação da Petrobras no campo de Malombe aumentará de 88,9% para 100%, no decorrer do processo. Caso tal aumento de participação seja confirmado, a Petrobras irá enviar um posterior adendo, comunicando a mudança e requisitando novas ofertas, conforme o caso, pela participação de 100% no campo.
Por fim, mantemos nosso racional quanto à Petrobras, de modo que nos mantemos de fora, aguardando o desenrolar de seus desinvestimentos.