A Lojas Renner comunicou ontem (28) aos seus acionistas e ao mercado em geral que dará continuidade à expansão internacional, anunciada em maio de 2016.
De acordo com o informado, a companhia segue estudando o mercado latino americano e anuncia a abertura de até 3 lojas na Argentina no 2º semestre de 2019.
Como complemento ao comunicado feito acima, cabe acrescentar que, conforme salientou a própria Lojas Renner em seu comunicado, a chegada ao Uruguai foi importante para o ganho de experiência em operar no exterior e testar o seu modelo de negócio.
Ainda segundo a companhia, a operação apresenta resultados acima das expectativas, com ótima aceitação dos produtos pelos clientes locais.
Por essa razão, a companhia segue estudando o mercado latino americano e anunciou a abertura de até 3 lojas na Argentina no 2º semestre de 2019, nas cidades de Buenos Aires e Córdoba, as quais seguirão o mesmo padrão de lojas e posicionamento dos países em que atua.
De acordo com o informado, a escolha da Argentina justifica-se pelo tamanho daquele mercado, pelo ambiente competitivo favorável e pelas oportunidades comerciais do Mercosul, assim como pela similaridade e proximidade com a região Sul do Brasil, onde estão localizados a sede administrativa e um dos centros de distribuição da Lojas Renner.
Mesmo avaliando como positiva a notícia dada pela companhia, o nosso racional acerca da Lojas Renner segue inalterado.
A Lojas Renner é a maior varejista de moda no Brasil, com 326 lojas Renner (incluindo 3 lojas no Uruguai), 98 Camicado e 85 Youcom em março de 2018, além das suas plataformas online e a marca exclusiva do e-commerce, Ashua.
Neste sentido, a companhia desenvolve e vende roupas, calçados e moda íntima de qualidade para mulheres, homens, adolescentes e crianças sob 17 marcas próprias, e também vende acessórios e cosméticos por meio de duas marcas próprias e oferece mercadorias em determinadas categorias sob marcas de terceiros.
É importante salientar, entretanto, que apesar dos resultados positivos da companhia, com aumento gradual de Ebitda e lucro líquido, além de diminuição de sua alavancagem, preferimos nos manter de fora do negócio por entendermos que a companhia atua num segmento que depende, dentre muitos fatores, da assertividade no lançamento de suas coleções – o que é uma tarefa um tanto quanto complexa e desafiadora – e da aceitação perante o mercado de seus produtos disponibilizados ao público.
Entendemos, assim, que o varejo, como um todo, é um segmento bastante desafiador, e que o varejo de moda, por conta do que comentamos acima, pode ser seguramente considerado como desafiador “ao quadrado”.
Por conta disso, achamos mais prudente seguir de fora das Lojas Renner nesse momento.
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