Radar do mercado: Itaúsa (ITSA4) adquire da Petrobrás participação na Liquigás

A Itaúsa comunicou hoje, em Fato Relevante, a aquisição da Liquigás Distribuidora S.A., em conjunto com a Copagaz e a Nacional Gás Butano. O valor da transação será de R$ 3,7 bilhões e ainda pode ser revisado, conforme as condições acordadas no contrato firmado entre os adquirentes e a Petrobrás.

Curiosamente, a Petrobrás foi capaz de vender por um valor bastante maior do que foi oferecido no ano passado pelo grupo Ultragás. Na época, o valor ofertado para a petroleira foi de R$ 2,8 bilhões, mas a operação foi vetada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

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Doravante, a controladora da Liquigás será a Copagaz, e a Itaúsa e Nacional terão participação minoritária, mas ainda grande, no capital social da companhia.

A venda faz parte de um conjunto de desinvestimentos realizado pela Petrobrás para reduzir sua alavancagem financeira. A Liquigás é uma conhecida distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP).

O mais provável destino dos recursos será o pagamento dos 2 blocos que arrematou na cessão onerosa desta última quarta-feira, dia 6. A estatal tem se desfeito de ativos periféricos e focado em exploração de petróleo em águas profundas.

A transação ainda requer a aprovação do CADE para ser concluída. A aquisição é parte da estratégia da companhia de diversificar seu portfólio e reduzir sua dependência do Itaú Unibanco. Em 2017 a holding comprou participação de 86% da J&F na empresa Alpargatas (ALPA4), junto com a Cabuhy e Brasil Warrent.

Segundo a companhia, os resultados deste exercício social da Itaúsa não serão afetados. O portfólio da Itaúsa agora é composto pelo Itaú Unibanco, Alpargatas, Duratex, Itaútec e a NTS, transportadora de gás que atua no Sudeste que foi adquirida também em 2017 em conjunto com Brookfield Brasil Asset Management.

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Tiago Reis
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6 comentários

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  • Paulo 8 de novembro de 2019
    Parabéns pelo conteúdo informativoResponder
  • Paulo 8 de novembro de 2019
    Gostaria de saber se a Itausa está reduzindo a sua participação no Itaú Unibanco.Responder
    • Lauro Daniel gLassmann 26 de novembro de 2019
      Lógico que não amigoResponder
    • Davi de Souza 16 de maio de 2020
      Ela está diversificando o capital, ou seja, aumentar o seu capital em outras empresas de setores diversos, não diminuir sua participação no Itaú porque, afinal a Itaú é excelente, mas a ideia é de diversificar é para diminuir sua dependência a Itaú, porque se ela diminuir seu lucro líquido (igual agora nos resultados do 1T-2020) afeta diretamente a Itaúsa. Os demais ativos subiram bem em relação a crise, exceto a Alpargatas. Se o capital da Itaúsa fosse bem distribuído, seu capital não iria cair drasticamente igual atualmente, 59% de queda, pelos dados apresentados no 1º trimestre de 2020.Responder
  • Celso 8 de novembro de 2019
    Quais as possíveis consequências nas ações da Petro e Itausa?Responder
  • Carlos André 8 de novembro de 2019
    Oxalá a estratégia seja bem focada e vencedora. Considero extremamente relevante que a ITAÚSA busque outras fontes de receita além do próprio Itaú a fim de consolidar sua posição como a Berkshire Hathaway. Desta forma, sugiro ao conselho da holding que estude a possibilidade de participação em empresas energéticas, tais como Envo e BYD.Responder