Radar do Mercado: Eletrobras (ELET3) – Operação de venda de três de suas distribuidoras é consolidada
A Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras – informou ontem (30) aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi realizada, ainda ontem na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, a sessão pública do leilão de desestatização das companhias denominadas Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia.
No mesmo comunicado, a companhia lembrou que o processo de desestatização das referidas companhias de distribuição faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e do Plano Diretor de Negócio e Gestão da Eletrobras para o perído 2018-2022.
“Manteremos o mercado informado acerca do assunto em questão”, finalizou a Eletrobras.
Em relação à referida operação comunicada pela Eletrobras e feita no dia de ontem, é interessante destacar que os resultados do processo foram os seguintes:
Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre)
Foram ofertadas aproximadamente 87,61% do capital social total e votante da Eletroacre, em contrapartida ao pagamento de R$ 43.805,00 à Eletrobras.
A Energisa ofertou proposta de Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária de 31,00, o que significa renúncia de 31% da flexibilização tarifária de PMSO, 2,3% de perdas não técnicas e de cobertura tarifária da dívida junto à Reserva Global de Reversão (RGR) do período de designação em aproximadamente R$ 52,4 milhões. Adicionalmente, a Energisa se comprometeu ainda a aportar cerca de R$ 238,8 milhões na Eletroacre.
Além disso, será assegurado à Eletrobras o direito de, dentro de 6 meses a contar da data de liquidação da operação, aumentar a sua participação societária em até 30% do capital social total da Eletroacre.
Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron)
Foram ofertadas aproximadamente 90% do capital social total e votante da Ceron, em contrapartida ao pagamento de R$ 45.000,00 à Eletrobras.
A Energisa ofertou proposta de Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária de 21,00, o que significa renúncia de 21% da flexibilização tarifária de PMSO, 3,1% de perdas não técnicas e de cobertura tarifária da dívida junto à Reserva Global de Reversão (RGR) do período de designação em aproximadamente R$ 110,3 milhões. Adicionalmente, a Energisa se comprometeu ainda a aportar cerca de R$ 253,8 milhões na Ceron.
Além disso, será assegurado à Eletrobras o direito de, dentro de 6 meses a contar da data de liquidação da operação, aumentar a sua participação societária em até 30% do capital social total Ceron.
Boa Vista Energia
Foram ofertadas aproximadamente 90% do capital social total e votante da Boa Vista Energia, em contrapartida ao pagamento de R$ 45.000,00 à Eletrobras.
O Consórcio Oliveira Energia (Oliveira Energia), ofertou proposta de Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária de 0%, o que significa que não houve renúncia da flexibilização tarifária de PMSO, de perdas não técnicas e de cobertura tarifária da dívida junto à Reserva Global de Reversão (RGR) do período de designação. Adicionalmente, a Oliveira Energia se comprometeu ainda a aportar cerca de R$ 176 milhões na Boa Vista Energia.
Além disso, será assegurado à Eletrobras o direito de, dentro de 6 meses a contar da data de liquidação da operação, aumentar a sua participação societária em até 30% do capital social total da Boa Vista Energia.
Em relação ao fato citado pela estatal, certamente o desejo das pessoas que enxergam o mercado de capitais como um fascinante mecanismo de impulsiona a humanidade para o seu progresso e desenvolvimento é de que a Eletrobras e suas subsidiárias fossem, de fato, privatizada por completo.
Dito isso, apesar de ser essa uma notícia positiva para o mercado, entendemos que existe ainda muito a ser feito no processo de privatização dessa empresa.
Portanto, preferimos seguir de fora da Eletrobras por avaliarmos que existem oportunidades melhores em empresas privadas do mesmo segmento.