A Vale (VALE3) informou que sua subsidiária Vale Canada Limited (VCL) assinou um acordo vinculante de opção de venda de sua participação na Vale Nouvelle-Calédonie (VNC), sinalizando que as negociações entre as empresas estão avançando.
Em novembro, a companhia havia anunciado um período de exclusividade para negociações com um consórcio composto pela Prony Resources, liderado pela atual administração e por funcionários da VNC e apoiado pelas autoridades caledonianas e francesas, com a Trafigura como acionista minoritária.
“A notícia de hoje sinaliza o sucesso das discussões sobre a transição e continuidade das operações da VNC da VCL para uma nova estrutura societária com participação doméstica significativa”, afirmou a empresa em comunicado.
Segundo a Vale, a nova estrutura leva em consideração os objetivos de responsabilidade social e ambiental, especialmente o lançamento do projeto de empilhamento a seco chamado Lucy.
Além disso, segundo a mineradora, o acordo garante o cumprimento dos compromissos do Pacto para o Desenvolvimento Sustentável do Grande Sul, mantendo os benefícios sustentáveis entregues à Nova Caledônia, especialmente à população Kanak do Grande Sul.
Em setembro deste ano, a Vale tentou vender a participação à New Century Resources Limited (NCZ), mineradora australiana, mas a operação não foi adiante. A VNC é produtora de níquel.
A venda da participação da VNC deve ser concluída no primeiro trimestre de 2021. Nesse sentido, uma reserva de US$ 500 milhões será refletida nas demonstrações financeiras consolidadas da Vale.
Por fim, a Vale anunciou que receberá R$ 1,2 bilhão depois que o BNDES Participações (BNDESPar), braço de investimentos do BNDES, exercer a opção de compra das ações da empresa VLI Logística.
A companhia afirmou que foi notificada pelo BNDESPar sobre o exercício integral da opção de compra das ações da VLI detidas por ela. Com o exercício de opção, a Vale passará a deter 29,6% do total das ações da VLI.
Leia mais sobre Radar do Mercado