As companhias informaram aos seus acionistas que foi concluída a captação de recursos de longo prazo de sua subsidiária ESTE (Empresa Sudeste de Transmissão de Energia S.A).
A 1ª emissão da Taesa consiste em debêntures simples, não conversíveis em ações, com garantia real e garantia adicional fidejussória, de série única, de acordo com o a Lei 12.431. O volume da oferta foi de R$ 415 milhões, com vencimento bastante longo, em 15 de dezembro de 2044.
O pagamento de juros será semestral, com carência até dezembro de 2022, e, durante a carência, sendo incorporado ao saldo devedor. A amortização será semestral e customizada, com carência até junho do ano de 2025.
A ESTE é um empreendimento referente ao leilão de transmissão número 013/2015 (parte 2), do lote 22. O leilão foi realizado em outubro de 2016. A Taesa e a Alupar participam em parceria, com proporção de 49.98% e 50,02%, respectivamente.
O RAP (Receita anual permitida) total do empreendimento é de R$ 112,2 milhões para o ciclo de 2019-2020. O CAPEX (investimento em bens de capital) Aneel é de R$ 486 milhões. Localizado entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, com extensão de cerca de 236 quilômetros de linhas de transmissão.
É importante lembrar que se as companhias conseguirem um CAPEX inferior ao do Aneel, com sua expertise e controle de custos, a taxa interna de retorno do empreendimento se torna maior que o estimado.
Os retornos dos investimentos de transmissão de energia são muito previsíveis e, por isso, o custo de captação para tais empresas costuma ser relativamente baixo.
A ANEEL estipulou o prazo para a energização da ESTE em fevereiro de 2022.
A Taesa reforçou seu compromisso com a entrega dentro do prazo de 8 projetos em construção, totalizando R$ 3.5 bilhões em investimentos e R$ 607 milhões em RAP, sem incluir o stake da Alupar.
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