A Suzano Papel e Celulose, uma das maiores produtoras integradas de celulose e papel da América Latina, anunciou ontem (26) os seus resultados consolidados do terceiro trimestre (3T17) e dos nove primeiros meses do ano (9M17).
Os destaques dos números da companhia ficaram para o Ebitda ajustado – que desconsidera itens não recorrentes e/ou não caixa – que atingiu o patamar de R$ 1.041/ton, e a robusta geração de caixa operacional – que considera o Ebitda ajustado menos o capex de manutenção – de R$ 795/ton no trimestre.
Cabe destacar que o Ebitda ajustado do 3T17 em relação ao 3T16 e ao 2T17 foi impactado, principalmente, pela valorização do preço lista da celulose, parcialmente compensada pela apreciação do real.
Nos 9M17, o aumento deste indicador em relação aos 9M16 se deu, principalmente, pela valorização do preço lista da celulose, e foi negativamente impactado pela apreciação do real e pela menor receita com as vendas de papel no mercado externo.
Outro ponto que merece destaque foi a redução do endividamento bruto e líquido da Suzano, além do alongamento expressivo no perfil de amortização (de 62 meses para 80 meses).
Em relação à alavancagem da empresa, em 30/09/2017, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado ficou em 2,3x contra 2,7x em 30/06/2017.
A redução desse indicador se deu pela redução da dívida bruta e pela maior geração de caixa no período.
Como consequência, a Suzano registrou, no período, um lucro líquido de R$ 800,9 milhões no 3T17 em comparação ao lucro líquido de R$ 52,8 milhões no 3T16 e ao lucro líquido de R$ 198,5 milhões no 2T17. No acumulado do ano, o lucro vem sendo de R$ 1.449,6 milhão.
Cabe mencionar, ainda, que a geração de caixa operacional da Suzano (Ebitda ajustado menos Capex de manutenção) foi de R$ 905,7 milhões no 3T17 e de R$ 2,4 bilhões no acumulado do ano.
Os números do trimestre passado demonstram um comprometimento bastante eficiente da gestão da companhia no que diz respeito à geração de valor para seus acionistas e, por conta disso, entendemos que a Suzano é a empresa de maior destaque no seu setor de atuação.
O que não gostamos, contudo, é do seu preço, visto que se papel SUZB5 fechou o pregão de ontem (26) cotada a R$ 20,05.
Este preço de seus papéis nos força a aguardar o surgimento de alguma janela de oportunidade a qual possibilite proporcionar a indicação do ativo com uma margem de segurança satisfatória a nossos assinantes.
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