No primeiro trimestre do ano, a Suzano (SUZB3), gigante brasileira de papel e celulose, divulgou um prejuízo de R$ 2,76 bilhões, um resultado que reverte o substancial lucro líquido de R$ 5,91 bilhões do trimestre anterior, mas que superou o seu prejuízo de R$ 13,4 bilhões no 1T20. O lucro da companhia foi impactado principalmente pela depreciação do real em relação ao dólar, o que influencia o seu resultado financeiro.
Em sua receita líquida de R$ 8,89 bilhões, a empresa obteve um acréscimo de 27% na comparação com o 1T20. Em relação ao 4T20, os números apresentados foram 11% melhores.
Já em seu EBITDA ajustado, a empresa registrou R$ 4,86 bilhões (+61% vs. 1T20 e +23% vs. 4T20). O importante avanço foi impulsionado pelos preços mais elevados da celulose e do papel – sobretudo na China –, que tendem a incrementar os resultados da companhia gradativamente.
Assim, a margem EBITDA ajustada ficou em 55%. O acréscimo foi de 11 pontos percentuais na comparação anual e de cinco pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 8,67 bilhões. Trata-se de uma melhoria em relação ao resultado financeiro negativo de R$ 22,4 bilhões no 1T20, porém uma piora na comparação com os R$ 6,24 bilhões positivos do último trimestre.
O número ajuda a explicar a performance no resultado líquido, tanto na comparação anual quanto na trimestral. Em relação ao 1T20, os números refletem um impacto menor da variação cambial negativa sobre a dívida da empresa e derivativos, demonstrando o oposto do que ocorreu na comparação com o 4T20.
Em seu endividamento, a companhia reportou um indicador dívida líquida/EBITDA ajustado 3,8x em dólar, apresentando um patamar mais saudável em relação ao número de 4,8x registrado no 1T20.
A empresa também anunciou a aprovação para a construção de uma nova fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul. A nova operação, com início previsto para 2024, deverá ter capacidade produtiva anual de 2,3 milhões de toneladas.
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