Em função da pandemia do coronavírus e do impacto sobre toda a economia, principalmente o setor de varejo, a companhia teve que propor um acordo para o reperfilamento do seu endividamento financeiro. O acordo é um plano de recuperação extrajudicial aplicado a todos os seus credores financeiros.
Nesta situação, os credores financeiros são as instituições financeiras e os debenturistas. Fornecedores, colaboradores ou qualquer outro parceiro não estão inclusos.
A companhia ressaltou que o acordo não tem interferência nas operações atuais e está sujeito à homologação e ratificação em Assembleia Geral de Acionistas. Após a homologação, as dívidas seguirão os novos termos e condições acordadas, aplicáveis a todos os credores financeiros.
Os termos do acordo estipulam uma carência de 12 meses para o início do pagamento de juros, contados a partir da homologação. Já o pagamento das parcelas do valor principal será iniciado em junho de 2023, sendo que mais de 70% do total da dívida vencerá no fim de junho de 2025.
Em relação ao custo financeiro, ele será de CDI +2,7% e CDI +2,9%, de acordo com as modalidades previstas no acordo, o que é muito próximo do custo financeiro total atual da companhia.
O plano envolve a renegociação de R$ 1,43 bilhão, o que representa três quintos do que a companhia deve às instituições financeiras. O seu principal credor é a Planner Trustee, seguido pelo Banco Santander. A lista de credores ainda é composta por Bradesco, Banco Votorantim, Banco ABC Brasil, Banco Fibra e Banco Rendimento.
Além disso, o plano também prevê um aumento de capital de R$ 150 milhões até o fim de 2021.
Por fim, a companhia ressaltou que a celebração do acordo não altera as projeções financeiras divulgadas em maio referentes aos exercícios sociais de 2020 a 2025.
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