Radar do Mercado: PetroRio (PRIO3) comunica aquisição de embarcação, farm-in em Tubarão Martelo e atualiza sobre Polvo

Nesta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, a companhia comunicou a aquisição da embarcação OSX-3, no valor de US$ 140 milhões e de 80% do Campo de Tubarão Martelo (“TBMT”), onde a embarcação encontra-se afretada. Com as aquisições, será possível uma interligação entre os campos de Polvo e TBMT, gerando sinergias significativas e redução de custos.

Figura 1: Configuração inicial dos ativos

Após a implementação das sinergias previstas, a empresa estima uma economia de cerca de US$ 120 milhões. Atualmente, os custos operacionais combinados dos campos somam US$ 200 milhões e, com a operação, passarão a menos de US$ 80 milhões. Da mesma forma, estima-se que o custo de extração do barril atinja valores menores que US$ 16,00.

Além disso, a companhia acredita que a operação promoverá maior recuperação de óleo nos reservatórios, e que a vida econômica dos ativos poderá se estender até 2035. Isso representa             um prolongamento de mais de 10 anos e incremento de 40 milhões de barris frente à atual reserva do Campo de Polvo.

A operação de conexão entre os campos foi amplamente estudada e analisada por executivos da companhia e por sua equipe técnica, além de ter sido corroborada por estudos paralelos desenvolvidos pela empresa Dommo. Com as análises, foi determinado que o capex seria entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões, quase que totalmente utilizado no primeiro semestre de 2021.

Figura 2: Configuração final dos ativos após interligação

Até a finalização da conexão, serão de direito da PetroRio 80% do óleo comercializado por TBMT e de sua responsabilidade os gastos da embarcação adquirida. Nesta fase, a empresa terá ainda um ressarcimento de US$ 840 mil por mês por parte da Dommo.

Na fase seguinte, com a finalização da conexão, a empresa terá os mesmos custos que tinha na fase anterior, mas sem o ressarcimento da Dommo. E ainda terá direito sobre 95% do óleo do polo Polvo+TBTM até os primeiros 30 milhões de barris, e 96% do óleo do polo após 30 milhões de barris produzidos.

No que se refere à questão ambiental, as sinergias geradas diminuirão em até 35% as emissões absolutas do polo. Isso é possível dado o menor número de ativos operados.

No mesmo documento, a companhia atualizou sobre a campanha de perfuração em Polvo, na qual, por meio da perfuração de poços pilotos, confirmou a presença de óleo em dois reservatórios carbonáticos e em um reservatório arenítico. Embora tendo satisfeitas as expectativas sobre um dos reservatórios carbonáticos, ainda houve a necessidade de mais testes laboratoriais para poder tirar suas conclusões. Por fim, a companhia afirmou que assim que os detiver, comunicará ao mercado os próximos passos.

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Tiago Reis
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5 comentários

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  • Augusto gonçalves Gomes 4 de fevereiro de 2020
    Tiago.... a SUNO mantém o parecer de ficar fora deste case?? augusto Gonçalves GomesResponder
  • Charles Tutia 4 de fevereiro de 2020
    Boa tarde Tiago, Excelente conteúdo, claro e objetivo! É possível produzir o mesmo em podcast? Seria ótimo se os relatórios produzidos pela Suno também tivessem essa opção. Forte abraço,Responder
  • Eser Pio Servio 5 de fevereiro de 2020
    A privatização é a melhor maneira de destravar a economia da nossa pátria o BRASIL, veja o exemplo da PETRORIO.Responder
  • Ricardo 5 de fevereiro de 2020
    Petrobras reafirmando o compromisso de só ficar com a exploração de petróleo.Responder
  • Murilo 10 de fevereiro de 2020
    E a análise de custo da ação?Responder