A Petrobras informou ontem (16) que foram protocolados na mesma data pela Petrobras Distribuidora (BR), o pedido de registro de companhia aberta, perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e pela Petrobras, o pedido de registro de distribuição pública secundária de ações ordinárias de emissão da BR, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado.
De acordo com o noticiado, todos os atos necessários para realização da oferta estão sujeitos à análise e à aprovação dos órgãos internos das duas companhias, notadamente quanto ao preço e percentual das ações a serem ofertadas, que deverá ficar entre 25% e 40% da participação acionária detida pela Petrobras na BR.
A oferta estaria também sujeita ao registro na CVM e na B3, que deverá aprovar o pedido de listagem ao Novo Mercado.
Apesar do reportado pela Petrobras, a estatal afirmou que tal comunicado não deve ser considerado como anúncio de oferta, cuja realização dependerá dos registros na CVM e na B3, bem como de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional.
Apesar de ainda não possuir caráter definitivo, entendemos que o IPO referenciado acima como bastante positivo, isto por que a Petrobras vem se desfazendo de ativos para reduzir o seu endividamento.
A BR Distribuidora é um dos principais ativos que está no plano de desinvestimentos da Petrobras que, como já mencionado em outras ocasiões, pretende levantar US$ 21 bilhões em 2017 e 2018 e, por consequência, reduzir parte da dívida líquida que, mesmo vindo apresentando uma gradual redução, ainda continua num patamar que julgamos ser bastante alta, representando ainda pouco mais de 100% do patrimônio líquido da estatal.
Fonte: Economática / Suno Research
Por ainda não possuir apresentar caráter definitivo em relação a este IPO, preferimos seguir de fora do negócio, muito por conta de entendermos que as estatais, na grande maioria das vezes, consideram os interesses dos minoritários como sendo de último plano.
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