Radar do Mercado: Petrobras (PETR4) sobre arrendamento e alienação de ativos
A companhia, em conformidade com o comunicado divulgado no início de agosto que discorria sobre arrendamento do Terminal de Regaseificação (TR-BA) de gás natural liquefeito na Bahia, afirmou abdicar “à totalidade das capacidades de entrada dos Pontos de Recebimento de São Sebastião do Passé (BA) e de São Francisco do Conde (BA)”, por todo o período do arrendamento.
A Petrobras reafirmou seu compromisso com a regulação brasileira e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como os limites impostos aos volumes de injeção e retirada nos respectivos pontos de recebimento e as zonas de entrega.
O Terminal consiste num píer similar a uma ilha, com as capacidades para atracar e amarrar embarcações do tipo FSRU. A transferência do gás é realizada entre o FSRU e o supridor lado a lado. O TR-BA tem vazão máxima de regaseificação de 20 milhões de m³/d (@ 1 atm e 20°C). O FSRU não foi ofertado como parte do arrendamento.
O Terminal dispõe de gasoduto de 45km de extensão e diâmetro de 28 polegadas, interligando-o à São Francisco do Conde e à São Sebastião do Passé. O arrendamento inclui equipamentos para geração e suprimento de energia do Terminal Aquaviário de Madre de Deus.
Adicionalmente, a Petrobras iniciou a fase não vinculante da venda da totalidade do capital de cinco concessões de campos terrestres, conhecidos como Polo Norte Capixaba, no Espírito Santo. O Polo, em agosto deste ano, produziu 7,3 barris de óleo por dia. A produção diária de gás foi de 60 mil m3.
O Polo é constituído pelos campos de Fazenda Santa Luzia, Fazenda São Rafael, Fazenda Alegre e Cancã. A venda faz parte da estratégia da Petrobras de se desfazer de ativos periféricos e se concentrar no pré-sal, que goza de um lifting cost consideravelmente baixo.